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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Feliz ano 2015

RB

sábado, 27 de dezembro de 2014

Pistas de reflexão para o retalho independente e/ou associado!

É claro que o momento é de guerra dos PVP (preços de venda ao público). O benefício imediato para o consumidor não deve fazer esquecer que uma economia deflacionista não é o melhor que há para a economia do país e portanto para cada cidadão. Uma inflação moderada e controlada é mais desejável, porque propicia uma melhor dinâmica económica e social. Esta guerra dos PVP é uma guerra de posição, para evitar perder quota de mercado e opõe tanto as marcas de produtores como as marcas de distribuidores.

O curto prazo não deve fazer esquecer a visão a médio e longo prazo. O futuro prepara-se hoje ou seja, é refletido, planeado, organizado e coordenado hoje. E, este futuro engloba mais, muito mais do que uma guerra de PVP sem fim!

Organizar a integração tecnológica deve

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Utilizar as tendências do mercado para o sucesso dos retalhistas independentes!

Na atividade económica as tendências do mercado têm o mesmo papel que o barómetro para os meteorologistas. O que acontece pode ser pior ou melhor do que o que foi anunciado, mas se o meteorologista diz que vai chover, com certeza vai chover.
Ora bem, para animar o aniversário da cooperativa Sóprei, situada na Sertã, foram convidados vários especialistas para abordar temas de relevo para os retalhistas. O Dr. Jorge Macôr de Brito, Retailer Services Associate Manager da The Nielsen Company, fez uma excelente apresentação, sobre o mercado retalhista em Portugal. Desta apresentação, utilizei alguns elementos que reforçam de forma evidente o trabalho diário levado a cabo por toda a equipa da UniMark.

Gráfico de evolução do retalho no decorrer do período 2000-2013

Observando este

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Costco-Um peso pesado à conquista da Europa

Aproveitei a segunda-feira passada, dia 08 de dezembro de 2014, dia feriado em Portugal, para visitar a loja Costco de Sevilha, uma insígnia americana, peso pesado da distribuição, à conquista da Europa.

A loja Costo de Sevilha está localizada a Norte da cidade, a pouca distância da Isla Mágica, numa zona comercial vasta e de fácil acesso.
Existem duas zonas de parqueamento para os carros, uma zona situada no exterior da loja e uma zona de parqueamento subterrânea.
O aspeto exterior é espartano, apenas sobressalta a insígnia, uma verdadeira assinatura que marca a presença da loja.

Ninguém entra na loja sem

domingo, 30 de novembro de 2014

Libertar a dinâmica individual para fazer a diferença!

O momento é de grande morosidade! Pior ainda, não se vê alegria nem nos líderes, nem nos seguidores! Nos líderes, os responsáveis parecem assustados, provavelmente em consequência de uma “estrutura de funcionamento” ultra forte e que não deixa espaço suficiente aos indivíduos.
Nos seguidores, os responsáveis parecem paralisados só de pensar nos outros concorrentes, e sem capacidade para enfrentar a dureza do mercado atual.

A liberdade de empreender é um elemento incrivelmente forte para levar os indivíduos a dar o melhor deles próprios para alcançar o sucesso.
A centralização em termos de recursos humanos, que em Portugal aconteceu nas últimas duas décadas, foi tão longe que hoje chegámos a um ponto de rutura. As decisões são tomadas longe

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

A associação dos comerciantes - um elemento do mix-marketing

A dinâmica de uma rua resulta largamente do somatório da dinâmica de cada loja que compõe a oferta comercial, e também das decisões tomadas pelo poder político. A associação dos comerciantes deveria ser vista por cada comerciante como uma entidade coletiva capaz de defender os interesses comuns, com impacto direto na defesa dos interesses particulares.

A associação dos comerciantes pode defender um ponto básico: Onde há comércio, há vida e, a vida aberta é

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Ninguém dá nada a ninguém!

A expressão “Ninguém dá nada a ninguém” é muitíssimo bem conhecida e muitas vezes utilizada. No entanto aparecem sempre situações que demonstram que por motivos emocionais, este adágio é momentaneamente esquecido e deixa espaço à tomada de decisões que têm consequências bastante negativas.

Ninguém dá uma localização comercial de 1ª classe a ninguém.
Aparecem casos estupendos

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

IV Convenção da Rede “Aqui é Fresco”

No decorrer dos dias, domingo 05 e segunda-feira 06 de Outubro de 2014, teve lugar na Alfândega no Porto a IV Convenção da rede Aqui é Fresco, uma rede que está a pesar cada vez mais no retalho de pequena dimensão. Aliás, para falar da rede “Aqui é Fresco”, os números falam por si só, vejamos:
Estes dois dias foram articulados em torno de momentos fortes.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A corrida acabou de começar. Casino e Intermarché formam um conjunto que vale milhões!

Mal tinha escrito e publicado o post – “O elo perdido” que, no mesmo dia, poucas horas depois, recebi a noticia da aproximação entre Casino e Intermarché. É um exemplo que evidencia de forma clara que o mercado está em movimento e que nada está adquirido.

Em França, Casino e Intermarché representam respetivamente segundo Kantar Worldpanel (informação difundida por LSA) 11,5% e 14,3% de quota de mercado. Este conjunto vai representar

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O elo perdido ! - Le maillon manquant ! - The missing link!

“The missing link” não é um filme de ficção, é a realidade do dia-a-dia de qualquer Homem. Há sempre um elo perdido porque o Homem é insatisfeito por natureza e portanto sempre à procura de soluções.

Assim vai o mercado da distribuição. Há sempre um “elo perdido”, aquela qualquer coisa necessária para chegar mais aos consumidores, a todos os consumidores.
A recente notícia da parceria entre o grupo Auchan (grupo integrado) e o grupo Système U (grupo associado) responde a esta procura do elo perdido para chegar aos consumidores.

domingo, 21 de setembro de 2014

Checkout 360º - Uma evolução que terá consequências no Livre-Serviço!

Estamos a avançar rapidamente para a implementação de soluções inovadoras nas lojas; uma delas é o Checkout 360º, uma caixa equipada com um túnel revolucionário que permite ler qualquer produto bem etiquetado que for colocado no tapete da caixa de pagamento.

Esta evolução terá consequências na placa de venda.
A produtividade sendo 30% superior a uma caixa tradicional - segundo as informações conhecidas -, serão precisas menos caixas para fazer o mesmo número de operações;
O número de empregadas de caixa ou de “ assistentes de apoio” às caixas vai diminuir;
Com menos espaço necessário para a colocação de “checkouts” tradicionais, cada m2 de placa de venda suplementar será utilizado para faturar mais e maximizar os lucros;

Esta evolução não é a única a aparecer. De facto, muitas inovações vão chegar ao público nos próximos tempos, encostadas ao crescimento exponencial das soluções de telecomunicações. Aliás, o grupo Auchan, conhecido em Portugal através da insígnia Jumbo, está, em França, a avançar com soluções móveis de pagamento. Com certeza, os grandes “players” em Portugal não vão ficar para trás.

Vídeo Checkout 360º - origem You Tube

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

O retalho de pequena dimensão de novo em movimento!

O mercado está obviamente em movimento perpétuo. A amplitude e a celeridade do movimento são os poucos elementos que permitem ter consciência das convulsões. O que acontece num movimento sem amplitude, passa desapercebido.

A insígnia Meu Super, da galáxia Sonae, está numa fase de “low profile” depois de ter tido uma postura de conquistadora destemida. Pois é, depois de uma fase de fortes declarações, durante a qual Meu Super se apresentou como um projeto que ia arrasar, passámos a um período onde não se fala muito de Meu Super. Isso não quer dizer que Meu Super deixou de querer ter uma rede de lojas novas, estruturadas em função de um modelo predefinido como sendo respeitoso do projeto inicial. Continuam a aparecer, por aqui e por ali, lojas Meu Super de raiz mas, em paralelo, vemos lojas existentes que se estão a juntar à insígnia Meu Super. Facto surpreendente, estas últimas mudam muito pouco; em termos de visual, recebem um novo toldo, uma nova sinalética interior e em termos de sortido, o conjunto das referências da marca de distribuição de Continente.
Grão à grão, enche a galinha o papo. Hoje, a política seguida parece ser nitidamente baseada na conquista lenta mas progressiva do mercado das LPD (Lojas de Pequena Dimensão), seja qual for o ADN das lojas que aceitam juntar-se à insígnia.

Intermarché, grande ausente

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O porquê de gôndolas de 200cm de altura!

Regularmente, na elaboração de layout, aparece a problemática da altura das gôndolas.
Eu recomendo o uso de gôndolas de 2,00 m de altura.

Apresento 3 argumentos fortes

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Coviran, uma dinâmica ao serviço do retalho independente!

O Sr. Juan Ramon Freiria Gallego administrador da Coviran Portugal enviou-me o link do vídeo sobre a parceria entre Coviran e Microsoft, divulgando as soluções que apoiam os retalhistas independentes.

Lembro que Coviran é uma das empresas que compõem a EuromadiPort, central de compras de grande relevo em Portugal na defesa dos interesses dos retalhistas independentes, e cujo Diretor Geral é o Engenheiro João Vieira Lopes, um rosto incontornável da distribuição grossista em Portugal.

Deixo-os ver com calma o vídeo:


Aproveito para cumprimentar toda a equipa da Coviran, que diariamente trabalha pelo sucesso da Coviran e dos seus sócios!

RB

quinta-feira, 31 de julho de 2014

A implantação numérica – Determinação do “facing” em função das vendas

No seguimento dos “posts” sobre a implantação numérica, queria abordar o cálculo do linear a atribuir a cada referência em função das vendas observadas. De facto, muitas vezes os dados que constam no sistema informático, verdadeiro tesouro em termos de dados da atividade da loja, são menosprezados ou mesmo nada utilizados.

O facing em função das vendas
Para adequar a atribuição de facings ao ritmo de venda da loja, existe um raciocínio que consiste em considerar a importância das vendas da semana e escolher o dia em que houver mais vendas.
De facto, se o stock na prateleira aguentar as vendas ou seja o escoamento desse dia de maiores vendas da semana, ele aguentará qualquer outro dia.
É claro que quando um sábado representa +/-25% das vendas da semana, o gestor da loja não quer perder nenhuma venda deste dia.
Perder vendas neste dia é terrível em termos de perda de faturação, mas também em termos de criação de situação de insatisfação do cliente que pode vir a tornar-se um cliente perdido.
Evitar perder vendas nos dias de maiores vendas é indubitavelmente uma vontade do distribuidor, mas também do fornecedor.

Como fazer?
Utilizam-se os dados vindos do sistema informático da loja.
Utilizam-se os dados de venda semanais para evidenciar o dia de maiores vendas
O dia de maiores vendas será utilizado para calcular a necessidade em mercadoria.

Formulação

Ou de forma mais directa, em função da disponibilidade dos dados


Fico ao vosso dispor para qualquer esclarecimento.
Bom trabalho!
RB

sexta-feira, 11 de julho de 2014

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Tema para as férias de verão de 2014

Se as férias de verão propiciam às pessoas momentos de paz, ideais para refletir sobre o futuro, o verão de 2014 e, provavelmente os futuros verões também, serão ricos em temas fortes e que condicionarão mais do que nunca a sociedade no seu conjunto.

Proponho como primeiro tema: Milhares de baby boomers vão entrar na reforma, serão os papy boomers
Motores das grandes mudanças sociais das décadas que se seguiram ao pós-2ª guerra mundial. Habituados a querer e, a ter…
- Como é que vão aceitar uma vida de 2ª “zona”, com uma reforma obviamente menor do que o salário de um ativo mas, provavelmente ainda mais reduzida porque a reorganização financeiro-económica, desejada ou não, terá um impacto deflacionista sobre as pensões?
- Como é que se vão resignar a ter um papel de segunda “zona”, a serem menos ouvidos e possivelmente postos em causa pelas gerações mais novas?
- E relativamente ao consumo, quais serão as suas opções em termos de habitat, em termos de consumo alimentar, de compra de bens culturais, de produtos e de serviços de conforto?

As suas opções políticas continuarão a ser as mesmas, ou mudarão e bloquearão a sociedade, impedindo-a de evoluir, ou levarão ainda a um extremismo político?
Em Portugal, o efeito do envelhecimento será ainda maior em razão da saída do país de jovens, dos quais, uma parte não voltará. O interior de Portugal será cada vez mais um deserto, com pouca densidade populacional e em vias de pauperização. 

Para o universo da distribuição, a evolução demográfica vai ter impactos brutais! 
- Quid da rentabilidade dos supermercados demasiado grandes que terão muitas dificuldades para sobreviver?
-  Pior ainda, qual será o futuro dos supermercados do comércio associado, pouco capazes de resistir em termos de rentabilidade - porque cada loja é uma loja independente - ao “efeito grupo” dos supermercados do comércio integrado?

- As lojas terão de ser alvo de um acompanhamento mais individualizado, porque entre uma loja urbana, uma loja suburbana e uma loja rural existirão diferenças fortes e profundas em razão das características de mercados específicos.

- As novas tecnologias, a par com a boa formação dos colaboradores, serão ferramentas impreteríveis para flexibilizar as tomadas de decisões. Vejo regularmente colaboradores de lojas com uma falta de formação que prejudica o próprio colaborador e, por consequência, a própria loja!

Para finalizar este “post” e deixar aos leitores, sobretudo os profissionais do setor, um ponto de reflexão, queria fazer a seguinte pergunta: Acham mesmo que gerir uma loja de tamanho <150 m2 é uma atividade menor, sem dificuldade e sem riscos? 
RB

sábado, 28 de junho de 2014

CoopLisboa – De volta e bem!

Após uma travessia do deserto que correspondeu ao início da crise económico-financeira, a CoopLisboa está de volta! 

A vida dá voltas e voltas, para as pessoas mas também para as empresas. A CoopLisboa conseguiu, nos anos 2000, federar um conjunto de cooperativas para constituir uma entidade cooperativista forte no universo do retalho alimentar. Na altura, o Engenheiro João Chaleira Damas e a sua equipa fizeram um excelente trabalho de fundo, questionando sem trevas a forma de trabalhar e formando os colaboradores de forma contínua, de maneira a tornar a CoopLisboa numa insígnia de relevo. 

A crise económico-financeira que abalou por completo todo o Portugal não permitiu que os esforços de todos, direção e colaboradores, tivessem o sucesso final desejado.

Em 2014, após o ano 2013 como ano de verdadeira transição, a CoopLisboa está de novo visível no mercado com uma vintena de lojas reabertas. A direção mudou, o Sr. Jerónimo Lopes “Diretor Geral” e a sua equipa direta, Jorge Santana “Diretor Geral Adjunto”, José Manuel Perdiz “Responsável do polo Pontos de venda”, e Luís Espinho “Responsável do polo Apoio técnico”, conseguiram mobilizar os colaboradores das lojas para relançar a atividade retalhista. 

Em termos pessoais, queria sublinhar uma característica que sempre sobressaltou na cooperativa CoopLisboa; a enfâse dada ao fator Humano. Alias, é provável que esta característica essencial da CoopLisboa seja o elemento chave da grande coesão dos colaboradores.Trabalhei regularmente com a CoopLisboa, tanto para a direção como para as lojas no terreno, e notei sempre a importância que tinha a camisola para qualquer colaborador!

Galeria de fotografias da Loja CoopLisboa que reabriu na passada quinta-feira, 26 de Junho de 2014, em Grândola

domingo, 22 de junho de 2014

Farmácias - Dores de cabeça sem remédios?

Nos anos que vêm, muito provavelmente iremos assistir em Portugal a uma profunda mudança no mercado das farmácias.

1. Uma multidão de farmácias irá fechar 
- As farmácias demasiadas pequenas em termos de superfície, dificilmente poderão ser vendidas ou trespassadas;
- As farmácias detidas por farmacêuticos envelhecidos, muitas vezes demasiadas pequenas e mal localizada em relação à articulação das cidades, bairros ou ruas, serão para fechar;
As farmácias “tradicionais” são confrontadas com uma perda importante de soberania. Hoje, as para-farmácias subtraem uma boa parte da clientela das farmácias clássicas, tal como as vendas on-line que vão continuar a crescer e a representar uma perda de faturação;
- O governo, seja ele qual for, terá todo o interesse em fomentar a concorrência de maneira a evitar um desequilíbrio em seu desfavor em termos negociais. 

2. Muitas farmácias serão empresas de pouca rentabilidade

terça-feira, 17 de junho de 2014

O grossista Marabuto apoia os retalhistas da grande região de Aveiro


No quadro da política de apoio da UniMark (central de compras grossista associada à EuromadiPort) ao fortalecimento e desenvolvimento dos retalhistas portugueses do setor alimentar, o grossista Marabuto iniciou um ciclo de formação técnica dos seus clientes. 
Marabuto é um grossita situado em Aveiro, e a partir daí atua numa zona geográfica alargada.

Os participantes, retalhistas ou colaboradores-chave de retalhistas clientes do cash Marabuto, frequentaram a primeira formação do ciclo de formações promovido pela UniMark, que terá uma frequência de 2 dias por mês. 
No decorrer deste ciclo de formações técnicas serão abordados temas de grande relevo para a adaptação contínua das suas lojas às evoluções do mercado tais como:
- A análise da zona de atração de uma loja;
- A organização do Ponto de Venda;
- O merchandising;
- A gestão do linear.

Todas as formações têm uma natureza prática, baseada na realidade diária dos retalhistas, e respondem por consequência às dúvidas dos profissionais do setor do retalho alimentar. A partir das formações do ciclo de formação promovido pela UniMark, e organizado no terreno pelo grossista associado, os retalhistas percebem melhor os desafios do momento e o que devem fazer nas suas lojas para maximizar as vendas e otimizar os lucros.

Fotografias da formação OPV organizada em Aveiro para o grossista Marabuto

domingo, 1 de junho de 2014

A Implantação numérica - Casos particulares 2

Continuação da série de “posts” relativos aos casos particulares em termos de Implantação numérica.

Implantação numérica de uma categoria que contém uma referência MDD – Marca de Distribuição
O ponto técnico: A MDD representa para o retalhista um elemento essencial em termos de política comercial, pois permite uma articulação da oferta em termos de pricing e representa - para a loja - um elemento de diferenciação em termos da concorrência e, de gestão da rentabilidade do segmento ou da categoria de produtos.
A solução: O gestor pode definir a importância estratégica da MDD para a sua empresa. Quer dar a conhecer a sua MDD? Quer jogar a diferenciação? Quer aumentar o mix de margem da categoria? Em função dessa reflexão, o gestor definirá de maneira autoritária o linear que quer atribuir à sua MDD dentro do seu respetivo segmento.
Esquematização 
Imaginemos o linear de uma categoria de produtos, constituído por 10 prateleiras de 1m de largura, cada uma. 
Neste caso, o linear desenvolvido para atribuir à categoria será de 10 X 1m= 10m
O gestor pode atribuir de maneira autoritária 0,60m de linear para valorizar visualmente a sua MDD no linear geral da categoria. Desta maneira, o linear da MDD fica reservado e bloqueado.
Assim:
- O linear geral é de 10m;
- O linear atribuído à MDD é de 0,60m;
- O linear de base dos cálculos de reimplantação é de 10m -0,60m = 9,40m .

Esta metodologia pode também ser aplicada para a incorporação de uma nova referência numa categoria. 
Bom trabalho!
RB

domingo, 25 de maio de 2014

A Implantação numérica - Casos particulares 1

No seguimento do post “ A implantação numérica – metodologia” de 30 de Abril de 2014, para responder a dúvidas expressas por leitores, queria especificar alguns detalhes em relação ao método de cálculo do linear a atribuir às referências de uma categoria de produtos, para casos particulares:

O que fazer no caso de uma referência ter uma expressão esmagadora em termos de Escoamento e de Volume de negócios? 
O problema: De facto, existem marcas que têm um impacto tão forte na sociedade que se tornam esmagadoramente líderes das suas respetivas categorias ou segmentos. 
Neste caso, é complicado calcular o linear a atribuir sem lhes entregar a maior parte do linear disponível. 
A solução: O gestor deve, de maneira autoritária mas refletida, atribuir um linear a uma referência de forte expressão. Em paralelo a está atribuição, o gestor deve definir as ações de acompanhamento a pôr em prática. Por exemplo, o gestor pode definir que tal referência deverá ser objeto de uma reposição com maior frequência, para evitar qualquer situação de rutura - e portanto de perda de faturação - e qualquer situação de insatisfação dos clientes.
Esquematização
Imaginemos o linear de uma categoria de produtos, constituído por 10 prateleiras. Se a performance de uma marca for de 90% das vendas, esta marca deveria obter 90% do linear da categoria.
Neste caso, se cada prateleira tiver uma largura de 1m, o linear desenvolvido seria de 10m;
9m, ou seja 90%, do linear para a marca líder e 1m, ou seja 10%, para as outras marcas concorrentes.

Todavia, e após reflexão, o gestor pode decidir atribuir metade do linear à marca líder, ou seja, 5m, e dividir o resto do linear (50%) ou seja 5m entre as outras marcas que competem no mesmo mercado.
 
Neste caso é preciso definir as medidas de acompanhamento para evitar as ruturas da marca líder. 

Em “Posts” futuros, explicarei o que fazer para atribuir um linear a uma nova referência, para a qual se desconhece a contribuição para o Escoamento, para o Volume de Negócios e para a Margem e, como atuar no caso das referências de Marca Própria. 
Bom trabalho!
RB


domingo, 18 de maio de 2014

Os talhos entre cataclismo e oportunidade

Nunca tinha abordado o tema dos talhos nos “posts” de meu “blog”. Este setor de atividade parecia prosseguir um caminho feito de uma relação diária e duradoura com os seus clientes, que pouca coisa podia abalar. 
As evoluções do panorama económico-financeiro e a pressão da concorrência estão a ter efeitos e, nota-se uma quebra das vendas que não parece ser passageira. 
Estará este setor à beira de um cataclismo mortífero para uma grande parte das empresas que o compõem? 
Será que existem soluções que permitem um novo posicionamento capaz de salvar as empresas de grandes dificuldades?

Para responder à primeira pergunta, diria que a concorrência exercida pelos grupos da grande distribuição está a ter consequências pesadas. As promoções semanais, rotativas e com grande comunicação, sobre os diferentes segmentos de carne; aves, bovinos, ovinos, porcinos, realizadas pelas grandes insígnias da distribuição estão a ter um impacto forte ao nível dos consumidores em termos de atração. Que família não se sentiria atraída por uma promoção de 25% até 50% na carne, quando deve gerir um orçamento cada vez mais apertado? Quem é que nesta altura pode fechar os olhos ao preço da carne, mesmo se reconhece a qualidade dos talhos tradicionais? As insígnias de supermercados e de hipermercados sabem que, com uma quota de mais ou menos 20% dos frescos, a carne representa um elemento da comunicação de preço de grande impacto! Utilizar a carne como chamariz, permite encher as lojas e vender por arrastamento o sortido global das mesmas.
Para os talhantes tradicionais isto é um drama e provoca uma hemorragia de clientes e lucros cessantes importantes.

O que podem fazer os talhantes para responder a esta evolução do mercado? As soluções podem ser múltiplas segundo as especificidades de cada ponto de venda mas, eu queria realçar uma possibilidade, uma via, que permitiria tornar perenes as empresas oriundas do setor do talho. Uma solução passa pela transformação dos talhos em lojas de retalho alimentar cujo posicionamento em termos de força seria a seção talho e charcutaria. Esta solução de reposicionamento de numerosos talhos deveria representar uma grande oportunidade para os talhantes, profissionais da carne, e também para os grupos de comércio de retalho alimentar que atuam no comércio independente e no comércio associado. 
Para os talhantes: Sabendo que o talho representa +/- 20% da faturação do Universo dos frescos de um supermercado, ou seja +/- 10% da faturação total de uma loja, a modificação em supermercado poderia significar a busca de uma faturação 9 vezes superior e também, uma capacidade realmente superior de atrair e fidelizar os clientes. Para isso seria preciso aproximar-se de um grupo ou de uma central de compras especializada no comércio com comerciantes independentes e/ou associados. 
Para os grupos ou as centrais de compras especializados no comércio independente ou/e associado: Abordar os talhantes no sentido de os levar a tornarem-se comerciantes do comércio alimentar de retalho pode representar uma oportunidade de tremenda importância, numa altura em que se constata um regresso dos consumidores à loja de proximidade. Em geral, os talhos estão bastante bem localizados nas zonas de grande passagem e nas zonas povoadas. Alguns talhantes poderão tornar-se retalhistas de LPD - Loja de pequena dimensão - mas, outros poderão tornar-se retalhistas donos de uma loja de boa envergadura de 400 até 1000m2. Ou seja, para os grupos que precisam de encontrar “franchisados” ou “afiliados” bem situados, a solução que exponho representa uma incrível vantagem.

Recomendo aos talhantes de todo o país, aos responsáveis de centrais de compras, aos dirigentes grossistas e aos responsáveis de cadeias de lojas em franchising do comércio associado, de não desperdiçar esta oportunidade de uma aliança estratégica que se apresenta hoje. Amanhã poderá ser tarde demais! 
Bons contatos e, bom trabalho! 
RB

sábado, 10 de maio de 2014

Alisuper – fecho da formação Gestão do Linear

Ontem, sexta-feira, dia 09 de Maio de 2014, teve lugar o fecho da formação Gestão do Linear.
Esta formação juntou um grupo de 18 colaboradores, gerentes e subgerentes de lojas da insígnia Alisuper e, teve como tema a Gestão do Linear. 
Na origem desta formação está uma vontade politica forte da direção da UniMark, cujo Diretor Geral é o Engenheiro João Viera Lopes, também Diretor Geral da EuromadiPort e presidente da CCP “Confederação do comércio e serviços de Portugal”, em proporcionar aos seus associados as ferramentas técnicas para enfrentar as mudanças em curso no mercado português.
Esta formação teve uma duração de 4 dias e utilizou como “palco” de formação uma loja do grupo Alisuper. Os participantes na formação foram distribuídos em grupos que tiveram como tarefa dois trabalhos práticos:
- A crítica argumentada da loja palco da formação;
- A elaboração de uma proposta de melhorias, sendo imperativo que cada ponto técnico da proposta fosse argumentado; 

No fim do ciclo de formação, os gerentes e subgerentes da Alisuper participantes realçaram o nível técnico da formação e a aprendizagem de técnicas e de métodos de gestão do ponto de venda, que podem proporcionar um melhor escoamento, um nível de atividade comercial mais elevado, e permitir a preservação do nível de rentabilidade necessário para permitir que a respetiva atividade se torne perene.

Finalmente, como formador deste ciclo, não posso deixar de realçar a adesão e o forte empenho dos participantes na formação. 

Galeria de fotos
 



 
RB

terça-feira, 6 de maio de 2014

Coisas - o Shopping Online

Nos caminhos que levam os produtos aos consumidores, o canal que representa Internet é mais um meio em competição com os operadores clássicos. É um meio ativo, bem ativo e cada vez mais bem instalado.

Coisa – o Shopping Online é uma empresa portuguesa ligada à FixeAds – ver http://www.fixeads.com - que trata do comércio a partir da Internet que quer ganhar o seu espaço na corrida ao consumidor. A acreditar nos elementos que divulga sobre a sua atividade, a empresa Coisas soube seduzir uma boa quantia de consumidores; ela regista diariamente 100.000 cliques e abrange diferentes setores do comércio tais como a moda, os telemóveis, a informática, o áudio e vídeo, os produtos regionais entre outras coisas.

O comércio eletrónico não parece ser um fogo de palha, tendo em conta o impacto dos smartphones e tabletes, que hoje em dia fazem parte das ferramentas de vida de qualquer cidadão. Nunca nos devemos esquecer que, por não terem acreditado ou aceite as evoluções, empresas como a Nokia ou a Kodack desapareceram do mercado. Em Portugal, insígnias de distribuição famosas e líderes nos anos 80, como AC Santos, Sampedro, Europa, Novo Mundo etc. desapareceram exatamente pelas mesmas razões.

Todos os “players” de destaque atuam a partir da Internet, um meio de comunicação e de comercialização incontornável. A possibilidade de ter o cartão de fidelidade do Continente no smartphone representa mais um passo, numa ligação de todos os instantes com os consumidores. Fazer sonhar, aliciar, atrair, seduzir, comover… será possível a qualquer momento do dia com qualquer consumidor, segundo o seu perfil e os seus dados de consumo. É de prever que no próximo verão, os turistas portugueses que vierem por exemplo passear ao Algarve, sejam altamente solicitados pela galáxia Sonae!

Será que os retalhistas independentes precisam de ter medo disso?
- Para aqueles que não fazem nada para se tornaram visíveis a vida será provavelmente mais complicada; 
- Para os comerciantes independentes que têm força e vontade, soluções tais como a solução proposta pela empresa Coisas – o Shopping Oneline – ver www.coisas.com - poderão ser utilizadas e oferecerão uma nova janela de oportunidade; 
- Para os comerciantes que participam numa cadeia de comércio associado (tais como os aderentes da rede Aqui é fresco ou Coviran), e como a união faz a força, soluções de combate poderão ser desenvolvidas e implementadas a proveito de cada aderente.

Não haverá regresso ao passado; quem não apanhar o comboio na boa altura ficará de vez no cais. Cuidado: o comboio já não é um velho caracol, é de alta velocidade!
RB