Inscritos como seguidores do blog

domingo, 26 de março de 2017

Privilegiar a chegada ao consumidor

Se a maior parte das pessoas concorda em dizer que estamos a viver momentos de MUDANÇAS em termos civilizacionais - mudanças nas nossas relações com o ambiente, com os outros, numa sociedade de comunicação complexa e interativa, sob o efeito das evoluções tecnológicas - parece que em muitos casos os donos de lojas de tipo LPD (Lojas de Pequena Dimensão) estão a viver num mundo que, à imagem de um disco em vinil, patina sem fim nas recordações do fim do século passado. 

A visão que privilegiava as compras teve a sua época. 
No período que corresponde ao último quarto do século passado, as compras representaram o braço armado de qualquer empresa grossista ou retalhista. As economias de penúria e de países em vias de desenvolvimento permitem pôr a tónica na compra. 

A época atual privilegia a chegada aos consumidores 
O mercado mudou, a visão marketing ganhou a liderança no processo industrial. De fato, a análise do mercado vai ditar a estratégia de conquista das empresas. As políticas do “mix marketing” são os meios de chegar aos consumidores. Assim se define o que deve ser feito em termos de produto, de distribuição, de comunicação, de distribuição, de serviços e em termos de recursos humanos. A ideia é chegar ao maior número de consumidores do segmento considerado e, torná-los compradores dos produtos. 

No retalho, privilegiar a chegada aos consumidores é também imperativo 
O consumidor é o alvo essencial, tudo o resto sendo meros meios. Numa visão de comerciante, o cliente deve ser o objetivo primeiro, tudo o resto sendo meios para atingir o objetivo. Para o comerciante a lista de base destes meios é a seguinte: 
- A localização; 
- As dimensões e a geometria da loja; 
- Os equipamentos para expor os produtos e servir os clientes; 
- A alimentação da loja em energia, água…etc.; 
- A organização do Ponto de Venda; 
- As técnicas de implantação utilizadas; 
- Os produtos para vender; 
- Os Recursos Humanos para fazer funcionar a empresa. 
As compras são feitas por colaboradores especializados mas estes são apenas um elemento dos R.H. Aliás, em muitos casos, as negociações comerciais são feitas por uma equipa de profissionais ao nível de uma central de compras que serve um conjunto de associados ou seja, o comerciante beneficia do trabalho feito a montante por especialistas. 

A preocupação primeira de qualquer retalhista moderno deve ser o consumidor. Contrariamente ao que se vê ainda demasiadas vezes no terreno, nas lojas, a preocupação não deveria ser saber qual é o fornecedor que oferece as melhores condições de compra mas sim, QUAL É O FORNECEDOR QUE OFERECE AS MELHORES CONDIÇÔES DE ESCOAMENTO! 

O consumidor sabe que pode gastar o seu dinheiro para comprar o que quiser em lojas bem localizadas, bem organizadas, com produtos bem implantados, com um bom nível de serviço. O Preço? É certamente um elemento mas não é sempre o mais essencial, senão as grandes insígnias da distribuição portuguesa estariam na falência e o retalho independente de pequena dimensão numa posição de liderança do mercado. Força é de constatar que não é o caso! 

Esquema 
Bom trabalho e boa reflexão 
O seu sucesso está nas suas mãos! 
RB

Sem comentários:

Enviar um comentário

O Blog foi feito para proporcionar um espaço de expressão dos atores do mundo do comercio. Encorajo cada leitor a intervir, e a ser um elemento valioso de trocas construtivas para todos.