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terça-feira, 23 de maio de 2017

Vendedores especialistas do Ponto de Venda

Na perspetiva de favorecer o ESCOAMENTO dos produtos vendidos, a empresa grossista Pereira & Santos situada em Adémia – Coimbra, associada da central de compras Unimark e inserida no projeto de lojas Aqui é Fresco, promoveu uma formação “Organização do Ponto de Venda e Merchandising” para os seus Vendedores que diariamente visitam retalhistas do setor alimentar, donos de lojas de pequena e média dimensão. 

Porquê organizar uma formação com este tema para os Vendedores? 
A razão é simples e baseia-se numa lógica evidente: Os vendedores modernos devem ter como objetivo principal, quando vendam produtos aos seus clientes retalhistas, facilitar o escoamento das mercadorias vendidas. Esta visão moderna do comércio deveria permitir uma interação benéfica entre todos os elementos que constituem a cadeia de distribuição, partindo do fornecedor para chegar ao consumidor final: Os produtos vendidos aos retalhistas devem chegar o mias rapidamente possível aos consumidores finais. 

Diferenças entre Vendedores do passado e Vendedores modernos 
O vendedor do passado tem como objetivo principal encher a loja do retalhista de mercadoria. Por um lado, o vendedor fica satisfeito por receber os prémios e as comissões e, por outro lado, cabe ao retalhista vender o que comprou, sendo que se não vender bem é ele o culpado 
O Vendedor moderno tem como objetivo favorecer e facilitar o escoamento das mercadorias que vendeu ao seu cliente retalhista. Claramente ele está ao lado do retalhista para o ajudar a vencer! 

Ao sucesso do Vendedor deve corresponder também o sucesso do Retalhista! O Vendedor moderno é portanto o aliado do retalhista na procura das melhores soluções para ESCOAR as mercadorias. 

A formação que teve uma duração de 3 dias, com um ritmo de 1 sábado por mês durante 3 meses, parece, segundo o debriefing de fim de formação, ter sido muito bem recebida pelos vendedores participantes. Os participantes realçaram o aspeto extremamente prático da formação, para todos os subtemas abordados. 

Para quem estiver interessado, posso, caso-a-caso, difundir os elementos de elaboração desta formação. Basta contatar-me para os contactos divulgados na imagem no fim do “post”. 

Galeria de Fotografias





 

Bom trabalho e boa reflexão 
O seu sucesso está nas suas mãos! 
RB

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Que loja para o meio urbano?

As cidades estão na mira de todos os grupos da distribuição organizada, basicamente porque a forte concentração de população nestes espaços geográficos aguça com certeza o apetite comercial destes grandes “players”. Esta pressão dos grupos organizados vai obrigar os empresários independentes, que são os comerciantes do setor do retalho alimentar, a redefinir qual será a loja alimentar de bairro que mais se adequará às expetativas dos consumidores, sabendo que os centros urbanos são zonas multifacetadas.

Os centros urbanos são de facto grandes puzzles 
E, tal como um puzzle, os centros urbanos são constituídos por muitas peças que se encaixam umas nas outras para perfazer um conjunto aparentemente uniforme. A uniformidade é obviamente aparente porque nos pormenores, cada freguesia, cada bairro que compõe uma zona urbana, tem as suas próprias características que o distinguem dos outros.
Diferenças em termos de ritmo de vida das zonas 
Existem freguesias ou bairros que se caracterizam por terem fluxos fortes nas extremidades do dia; serão zonas de convergência no início do dia. Estes bairros podem ter perfis diferentes em termos de atração; uns podem ter um perfil ligado à atividade industrial, outros terão um perfil ligado à atividade administrativa, outros ainda um perfil mais comercial e, ainda pode ser focado um perfil ligado às atividades culturais e de lazer. 
Há freguesias ou bairros que são zonas residenciais onde vivem as famílias. São zonas vazias durante o dia, depois dos seus residentes terem feito parte da enchente das zonas de convergência citadas supra. 
Há freguesias ou bairros híbridos, ou seja são tanto residenciais (onde vivem pessoas) como de convergência (em razão da sua forte atividade económica). 
Diferenças em termos de tipologia das habitações 
Em termos de zonas urbanas, existem zonas de moradias, de prédios e zonas mistas, cada segmento podendo ser dividido em subsegmentos relativamente ao estatuto social e ao rendimento dos lares. A compreensão de cada zona é muitíssimo importante numa ótica de desenvolvimento de um projeto comercial baseado no contato diário com os consumidores. 
Diferenças em termos de idade 
O ciclo de vida das pessoas obriga a pensar na classificação etária das freguesias, porque o nível de idade dos indivíduos condiciona a estrutura dos lares e a estrutura das despesas desses lares. 
Diferenças em termos dos rendimentos 
Numa zona urbana existem zonas de concentração de lares mais modestos e de lares mais ricos. O nível de consumo e o tipo de consumo são diferentes segundo a riqueza da população de uma freguesia ou de um bairro e, este facto é um eixo incontornável na reflexão do posicionamento de uma loja alimentar. 

Outras diferenças podem ser realçadas confortando a ultra necessidade de bem observar e analisar o mercado local, antes de abrir uma loja de bairro. Passar ao lado desta reflexão feita de olhos bem abertos pode ser muitíssimo prejudicial para o comerciante. 

As diferenças obrigam a pensar no “leque de tipologias possíveis de loja” 
Será que a loja deve ser: 
Uma mercearia clássica que vende um pouco de tudo?
Uma mercearia de conveniência, que venda gota a gota produtos de desempanagem? 
Uma mercearia focada nos produtos frescos clássicos – frutas e legumes, lacticínios, charcutaria, congelados? 
Um mini-mercado ou um supermercado que dá enfoque ao snacking, logo à entrada da loja? 
Um mini-mercado ou um supermercado que prevê uma zona de refeição de snacking e outra comida vendida “in sítio”? 
Um mini-mercado ou um supermercado que aposta no serviço ao cliente ou ao contrário que aposta no Livre-Serviço? 
Um mini-mercado ou um supermercado que incorpora as novas tecnologias de maneira a alagar a oferta da loja através de um catálogo on-line de produtos? 
Esquema
O tema das lojas urbanas é um ponto central da estratégia de muitas empresas da distribuição organizada e, será provavelmente também central para muitas empresas grossistas e retalhistas de pequena e média dimensão; os primeiros para finalizar a malhagem do espaço geográfico português e, os outros para continuar a estar presentes em zonas de alta densidade populacional e de grande interesse comercial. 

Bom trabalho e boa reflexão 
O seu sucesso está nas suas mãos! 
RB

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Porque “Eu mereço” está ancorado no consumidor

O Sr. Diogo, retalhista do setor alimentar na região da Grande Lisboa, entrou em contacto comigo de forma simpática, através da página FaceBook https://www.facebook.com/Alojadaminharua/, que é na realidade apenas uma porta de entrada para o blog “Alojadaminharua”. Num mercado caraterizado por um movimento acelerado, o Sr. Diogo procura saber quais poderiam ser as linhas diretrizes capazes de o ajudar a melhorar o seu negócio.

1: Saia da sua loja, e olhe para a fachada da sua loja como se fosse um consumidor que estivesse a passar na rua. 
A imagem que a loja projeta na rua é um indicador potente da qualidade esperada dentro do ponto de venda. Uma loja cuja fachada é maltratada em termos de pintura, de limpeza, de cartazes amontoados e ilegíveis, não tem características capazes de chamar o consumidor e de lhe dar vontade de entrar. 
A dinâmica exterior da loja em termos promocionais faz parte de uma promessa de dinâmica dentro da loja. A ausência ou a má colocação de um cavalete para comunicar com os transeuntes trava, à partida, a comunicação de uma dinâmica geral. A loja pode estar em risco de ser apenas uma loja para clientes habituais. 

2: Entra na sua loja e olhe para ela como se fosse um cliente 
Qual é a sua análise, sabendo que: 
A faturação até 60% é feita com a venda dos produtos frescos ou seja, as frutas e legumes, os lacticínios, a charcutaria tradicional e L.S, o talho, o pronto-a-comer fresco a peixaria e os congelados. Os produtos frescos vendidos na sua loja são atraentes em termos de frescura e de valorização dos produtos e, estão bem conservados? Os lacticínios têm um linear suficientemente alargado para apresentar um sortido de produtos frescos, cada vez mais procurados pelos consumidores? 
O circuito da sua loja deve permitir uma leitura rápida e fácil do sortido exposto e uma seleção rápida dos produtos a comprar. Existe um circuito de deslocação dos clientes na sua loja? Ou será que os clientes não percebem a organização da sua loja ou que se sentem armadilhados com um layout proposto? 
A distribuição das categorias deve realçar a simplicidade do circuito proposto. Na sua loja, será que o encadeamento das categorias foi bem pensado? É que a partir da entrada da loja, a distribuição das categorias deve funcionar como uma “linha de comboio” que leva o cliente até à saída da loja sem se sentir obrigado a nada, e que permite ver a maior parte do sortido, sabendo que a facilidade de leitura do sortido aumenta as vendas. 
A implantação dos produtos em cada categoria deve ser pensada para facilitar a legibilidade do sortido proposto e em consequência a escolha do consumidor. Se na sua loja a implantação estiver feita de forma horizontal, os seus clientes devem ter bastante dificuldade em comparar produtos entre eles e provavelmente, isso obriga-os a fazer idas e voltas desnecessárias. Se o tipo de implantação utilizada for a implantação verticalizada, os seus clientes podem, à vontade, ler a oferta de produtos e escolher com facilidade e rapidez aqueles que correspondem mais às necessidades do momento. 
O ambiente de uma loja contribui para a excelência da relação com os seus clientes. Se os equipamentos da loja são obsoletos em termos técnicos, de cores, de aspeto, de feitio…, provavelmente chegou o momento de fazer uma renovação profunda. Numa lógica empresarial, há investimentos necessários e incontornáveis! A vida da empresa tem custos inevitáveis ou seja, evitá-los é entrar numa espiral potencialmente mortífera! Em paralelo aos equipamentos, deve ser feita uma análise dos elementos ambientais da loja, da pintura, do teto falso (ver “post” Passo-a-passo, podemos ir longe …), da iluminação. Uma coerência é necessária entre a estética da loja, o circuito proposto, a distribuição das categorias e a implantação, porque cada elemento contribui para realçar o posicionamento decidido pelo retalhista para responder às características dos consumidores que constituem a sua zona de atração. 

Sr. Diogo, em conclusão deste “Post”, é verdade que em termos de gestão de uma loja, tudo é possível e que cada retalhista é livre de fazer o que quiser na sua loja, porque afinal é ele quem corre os riscos. No entanto, se ele quiser ter uma loja em adequação com o mercado, ele deve imperativamente aceitar que quem tem “in fine” a última palavra é o consumidor. 

E, falando do consumidor, não se esqueça que o “Eu mereço” está ancorado nele! 

Bom trabalho e boa reflexão 
O seu sucesso está nas suas mãos! 
RB