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domingo, 25 de junho de 2017

Frases do Verão de 2017

Bom trabalho e boa reflexão 
O seu sucesso está nas suas mãos! 
RB

domingo, 18 de junho de 2017

Intermarché de Lagos, um MUNDO de soluções

A reorganização do Hipermercado Intermarché de Lagos foi feita em torno da ideia de facilitar a vida dos consumidores que compõem a sua zona de atração. O resultado é muito positivo e demonstra claramente que os retalhistas devem refletir sobre as SOLUÇÕES a desenvolver ou a implementar para responder às expetativas dos consumidores.

Franck e Anne Saintemarie, casal dono do Intermarché de Lagos, apostaram de forma muitíssimo visível num posicionamento que privilegia as “SOLUÇÕES DE VIDA”. Este posicionamento pode ser descrito assim: O cliente não vai à loja para comprar produtos mas sim para resolver “problemas de vida”. 

As respostas da loja aos pedidos de soluções dos clientes são variadíssimas. Cada cliente pode assim encontrar a sua solução, seja qual for a sua motivação do momento. De facto, a procura de uma solução é baseada na motivação ou nas motivações do momento. 
-O take-away, a pizaria, o cantinho dos sushis, o cantinho das frutas cortadas frente ao cliente e colocadas em caixas de plástico, são pontos que respondem aos pedidos de rapidez, de liberdade, de comida entre amigos, de tempo salvaguardado para fazer outra coisa do que cozinhar, de frescura, de autenticidade, de saúde…etc. 
-O take-away em livre serviço, apresentado em acondicionamentos individuais, a fonte de sumo de laranja, a padaria em livre-serviço, a charcutaria em L.S. e os queijos em L.S. e em autosserviço respondem aos pedidos de liberdade, de frescura, de rapidez de compra, de satisfação individual de cada membro da família…etc. 

Quando se sabe que perto de 55% das vendas de uma loja são realizadas nos frescos, não há dúvidas que a aposta é bem acertada! 

O resto da loja segue o mesmo eixo de reflexão. Uma definição de corredores largos permite oferecer aos clientes um espaço de deslocação bastante agradável. O uso de gondolas da La Fortezza permitiu, graças à forma de encaixar as prateleiras sobre os prumos, ganhar 10cm em cada gondola ou seja, de ganhar espaço para alargar os corredores e proporcionar um bem-estar suplementar aos clientes. Nota-se a utilização de uma articulação das categorias baseada no uso dos produtos, o que é ideal para facilitar as compras dos clientes, colocando-os numa situação de leitura da oferta permitindo lembrar o que pode faltar em casa. 
Galeria de fotografias 














Este modelo de organização é, na minha opinião, imperativo numa lógica de loja urbana ou suburbana com forte concentração populacional. É um modelo imperativo porque corresponde às evoluções da forma de viver dos consumidores que querem comprar soluções centradas na sua satisfação do momento, porque “eles merecem!”. 

Bom trabalho e boa reflexão 
O seu sucesso está nas suas mãos! 
RB

domingo, 11 de junho de 2017

Um Homem prevenido vale por dois

O vídeo - O que está a mudar na mesa portuguesa? - que se segue neste “post”, obra da Deloitte, reconhecida e conceituada empresa de auditoria e de consultoria empresarial, apresenta um conjunto de elementos extremamente interessantes em termos de perceção das expetativas dos consumidores atuais. 
Na medida em que foi muitas vezes sublinhado e repetido neste blogue, que uma loja alimentar devia responder às expetativas dos consumidores, condição “sine qua non” de sucesso, os retalhistas encontrarão elementos de reflexão para o futuro dos seus negócios. 

O que está a mudar na mesa portuguesa? Deveria provocar nos retalhistas, uma tomada de consciência em termos: 
-do sortido a ter para responder às expetativas dos consumidores; 
-dos equipamentos necessários a ter, para apresentar os produtos em condições ótimas de valorização e de conservação; 
-dos serviços a implementar para responder às exigências que a “Vida” atual impõe aos consumidores, como por exemplo em termos de gestão do tempo. 


Boa visualização do vídeo e boa reflexão 
O seu sucesso está nas suas mãos! 
RB

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Não, eu não concordo!

Agora está na Lei; deficientes e grávidas têm sempre prioridade nas filas e nos supermercados, a prioridade impõe-se seja qual for a caixa. Afinal, esta Lei penaliza e é discriminativa para muitas pessoas. 

Concordar com este Lei é fácil. Quem é que não quer ser bom para o próximo? A maioria das pessoas preocupa-se genuinamente com o bem-estar das pessoas que a rodeiam. Os exemplos não faltam, basta ver o sucesso das recolhas para o Banco Alimentar e de outros donativos feitos para dar a quem precisa. 

Mas ver os limites desta Lei também é muito fácil. Se por um lado esta Lei visa ajudar pessoas com dificuldades, por outro lado ela é totalmente cega em relação às necessidades de muitas outras pessoas e aos abusos de direito! 
Milhares de pessoas passam o dia a correr para pôr as crianças e ir buscá-las à escola, levá-las à explicação, às atividades paraescolares, para fazer o jantar, tratar da casa, da roupa …etc., sem falar de tantas outras pessoas que, porque vivem longe do sítio onde trabalham, devem imperativamente gerir o tempo de deslocação para evitar os momentos de maior transito. Lembro-me de uma mãe solteira que vivia na Margem Sul e que devia acordar o seu filho de 4 anos todos os dias da semana à 4h da manhã. Uma criança que já com 4 anos tinha olheiras de uma pessoa adulta! Estas pessoas não deveriam ser prioritárias e, não deveriam ser ainda mais prioritárias do que muitas grávidas? 
Porque de verdade - e penso que muitos leitores deste “Post” concordarão com o seguinte - muitas pessoas abusam de um direito que lhes proporciona uma Lei insatisfatória. Quantas vezes se veem idosas passar à frente, fazendo prevalecer a sua condição, e depois ficarem já fora das caixas, de pé, a falar tempo sem contar com conhecidos?! Quantas vezes se veem grávidas fazer prevalecer a sua condição e depois vê-las em outra ocasiões a saltar, nadar, jogar à bola na praia! Os exemplos não faltam. Regularmente, parece-me a mim que as crianças são levadas às compras como sendo uma chave, um meio de regatear e poder passar à frente de toda a gente. 

Verdade seja dita, também há idosas e grávidas que não fazem prevalecer a sua condição porque se calhar não se sentem pessoas assim tão diminuídas, e eu faço votos para que seja essa a razão principal. Mas também se veem muitos empregadas(os) de caixa a chamar essas pessoas para que passem à frente, prejudicando desta forma as pessoas que estiverem à frente delas, pessoas que se calhar têm imperativos de vida também pesados e tão importantes como a gravidez ou a idade. 

Se o legislador quer favorecer a natalidade, em vez de dar prioridade às grávidas em todas as caixas como bónus, que se debruce sobre os meios de proporcionar um bom futuro às gerações vindouras sem penalizar as outras franjas de população; as mães ficarão agradecidas! 

Boa reflexão 
O seu sucesso está nas suas mãos! 
RB

terça-feira, 23 de maio de 2017

Vendedores especialistas do Ponto de Venda

Na perspetiva de favorecer o ESCOAMENTO dos produtos vendidos, a empresa grossista Pereira & Santos situada em Adémia – Coimbra, associada da central de compras Unimark e inserida no projeto de lojas Aqui é Fresco, promoveu uma formação “Organização do Ponto de Venda e Merchandising” para os seus Vendedores que diariamente visitam retalhistas do setor alimentar, donos de lojas de pequena e média dimensão. 

Porquê organizar uma formação com este tema para os Vendedores? 
A razão é simples e baseia-se numa lógica evidente: Os vendedores modernos devem ter como objetivo principal, quando vendam produtos aos seus clientes retalhistas, facilitar o escoamento das mercadorias vendidas. Esta visão moderna do comércio deveria permitir uma interação benéfica entre todos os elementos que constituem a cadeia de distribuição, partindo do fornecedor para chegar ao consumidor final: Os produtos vendidos aos retalhistas devem chegar o mias rapidamente possível aos consumidores finais. 

Diferenças entre Vendedores do passado e Vendedores modernos 
O vendedor do passado tem como objetivo principal encher a loja do retalhista de mercadoria. Por um lado, o vendedor fica satisfeito por receber os prémios e as comissões e, por outro lado, cabe ao retalhista vender o que comprou, sendo que se não vender bem é ele o culpado 
O Vendedor moderno tem como objetivo favorecer e facilitar o escoamento das mercadorias que vendeu ao seu cliente retalhista. Claramente ele está ao lado do retalhista para o ajudar a vencer! 

Ao sucesso do Vendedor deve corresponder também o sucesso do Retalhista! O Vendedor moderno é portanto o aliado do retalhista na procura das melhores soluções para ESCOAR as mercadorias. 

A formação que teve uma duração de 3 dias, com um ritmo de 1 sábado por mês durante 3 meses, parece, segundo o debriefing de fim de formação, ter sido muito bem recebida pelos vendedores participantes. Os participantes realçaram o aspeto extremamente prático da formação, para todos os subtemas abordados. 

Para quem estiver interessado, posso, caso-a-caso, difundir os elementos de elaboração desta formação. Basta contatar-me para os contactos divulgados na imagem no fim do “post”. 

Galeria de Fotografias





 

Bom trabalho e boa reflexão 
O seu sucesso está nas suas mãos! 
RB

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Que loja para o meio urbano?

As cidades estão na mira de todos os grupos da distribuição organizada, basicamente porque a forte concentração de população nestes espaços geográficos aguça com certeza o apetite comercial destes grandes “players”. Esta pressão dos grupos organizados vai obrigar os empresários independentes, que são os comerciantes do setor do retalho alimentar, a redefinir qual será a loja alimentar de bairro que mais se adequará às expetativas dos consumidores, sabendo que os centros urbanos são zonas multifacetadas.

Os centros urbanos são de facto grandes puzzles 
E, tal como um puzzle, os centros urbanos são constituídos por muitas peças que se encaixam umas nas outras para perfazer um conjunto aparentemente uniforme. A uniformidade é obviamente aparente porque nos pormenores, cada freguesia, cada bairro que compõe uma zona urbana, tem as suas próprias características que o distinguem dos outros.
Diferenças em termos de ritmo de vida das zonas 
Existem freguesias ou bairros que se caracterizam por terem fluxos fortes nas extremidades do dia; serão zonas de convergência no início do dia. Estes bairros podem ter perfis diferentes em termos de atração; uns podem ter um perfil ligado à atividade industrial, outros terão um perfil ligado à atividade administrativa, outros ainda um perfil mais comercial e, ainda pode ser focado um perfil ligado às atividades culturais e de lazer. 
Há freguesias ou bairros que são zonas residenciais onde vivem as famílias. São zonas vazias durante o dia, depois dos seus residentes terem feito parte da enchente das zonas de convergência citadas supra. 
Há freguesias ou bairros híbridos, ou seja são tanto residenciais (onde vivem pessoas) como de convergência (em razão da sua forte atividade económica). 
Diferenças em termos de tipologia das habitações 
Em termos de zonas urbanas, existem zonas de moradias, de prédios e zonas mistas, cada segmento podendo ser dividido em subsegmentos relativamente ao estatuto social e ao rendimento dos lares. A compreensão de cada zona é muitíssimo importante numa ótica de desenvolvimento de um projeto comercial baseado no contato diário com os consumidores. 
Diferenças em termos de idade 
O ciclo de vida das pessoas obriga a pensar na classificação etária das freguesias, porque o nível de idade dos indivíduos condiciona a estrutura dos lares e a estrutura das despesas desses lares. 
Diferenças em termos dos rendimentos 
Numa zona urbana existem zonas de concentração de lares mais modestos e de lares mais ricos. O nível de consumo e o tipo de consumo são diferentes segundo a riqueza da população de uma freguesia ou de um bairro e, este facto é um eixo incontornável na reflexão do posicionamento de uma loja alimentar. 

Outras diferenças podem ser realçadas confortando a ultra necessidade de bem observar e analisar o mercado local, antes de abrir uma loja de bairro. Passar ao lado desta reflexão feita de olhos bem abertos pode ser muitíssimo prejudicial para o comerciante. 

As diferenças obrigam a pensar no “leque de tipologias possíveis de loja” 
Será que a loja deve ser: 
Uma mercearia clássica que vende um pouco de tudo?
Uma mercearia de conveniência, que venda gota a gota produtos de desempanagem? 
Uma mercearia focada nos produtos frescos clássicos – frutas e legumes, lacticínios, charcutaria, congelados? 
Um mini-mercado ou um supermercado que dá enfoque ao snacking, logo à entrada da loja? 
Um mini-mercado ou um supermercado que prevê uma zona de refeição de snacking e outra comida vendida “in sítio”? 
Um mini-mercado ou um supermercado que aposta no serviço ao cliente ou ao contrário que aposta no Livre-Serviço? 
Um mini-mercado ou um supermercado que incorpora as novas tecnologias de maneira a alagar a oferta da loja através de um catálogo on-line de produtos? 
Esquema
O tema das lojas urbanas é um ponto central da estratégia de muitas empresas da distribuição organizada e, será provavelmente também central para muitas empresas grossistas e retalhistas de pequena e média dimensão; os primeiros para finalizar a malhagem do espaço geográfico português e, os outros para continuar a estar presentes em zonas de alta densidade populacional e de grande interesse comercial. 

Bom trabalho e boa reflexão 
O seu sucesso está nas suas mãos! 
RB