Com uma quota de perto de 57% das vendas, os frescos representam
um universo extraordinariamente importante para qualquer loja de retalho
alimentar. No entanto, apesar dos esforços visivelmente feitos pelas centrais
de compra e pelos grossistas, a falta de condições para expor e valorizar as
categorias envolvidas prejudica em primeiro as próprias lojas de retalho e, por
ricochete, o conjunto da cadeia de abastecimento.
Os “frescos” representam o coração de
qualquer minimercado ou supermercado
Os “frescos”, compostos pelas
frutas e legumes, os lacticínios, a charcutaria, o talho, o pronto a comer, a
peixaria, a padaria e pastelaria e os congelados, são produtos do dia-a-dia da
vida das pessoas. São categorias responsáveis pela ida dos consumidores às
lojas, com um ritmo de várias vezes por semana ver diário. Os “frescos” correspondem
aos produtos que compõem a solução alimentar diária das famílias. Eles são
portanto produtos extremamente estratégicos.
Os produtos frescos precisam de cuidados
redobrados
Os produtos frescos são
bastante sensíveis à imagem que projetam e, nessa ótica os consumidores não
perdoam a mediocridade. A lealdade dos clientes em termos de compra dos “frescos”
está em correlação com o grau de qualidade de tratamento dos respetivos
produtos. Assim, um nível de higiene, de limpeza, de qualidade superior dos “frescos”
permite fidelizar os clientes.
Os cuidados englobam vários pontos nevrálgicos
na relação com os clientes
- O nível de qualidade
geral da loja: circuito, iluminação, limpeza e higiene;
- Os equipamentos de
exposição e de conservação dos produtos frescos: os produtos são valorizados
quando são expostos em equipamentos limpos e iluminados, e quando são
implantados de maneira a tornar a oferta visível e legível;
- Os próprios produtos são
vetores de comunicação da qualidade da oferta: as frutas e verduras devem ser
acompanhadas durante todo o dia, para remover os produtos que por estarem
manchados, picados ou já apresentarem uma parte apodrecida, comunicam uma
qualidade baixa ou muito baixa da loja em geral e dos produtos expostos em particular.
A busca de valor acrescentado tem este preço!
- Os empregados, no seu
aspeto geral e na sua forma de tratar os equipamentos e os produtos, são também
elementos chave na valorização dos produtos expostos e na imagem de qualidade
superior da loja.
Os equipamentos devem ser adequados à oferta
e, devem ser modernos
Na introdução sublinhei que
os “frescos” representam aproximadamente 57% das vendas de uma loja. O impacto
dos “frescos” na faturação de uma loja deveria levar os retalhistas do retalho
alimentar de LPMD (Loja de Pequena e Média Dimensão) a investir em equipamentos
adequados e modernos, para propiciar as melhores vendas possíveis desses
produtos.
O que observo regularmente é
uma inadequação dos equipamentos nas LPMD (Loja de Pequena e Média Dimensão), o
que prejudica fortemente os resultados que as mesmas poderiam alcançar.
Pistas de envolvimento das centrais de compra
Os retalhistas parecem precisar de apoios
técnicos para dar o salto necessário para adaptar as suas lojas à venda moderna
de produtos frescos. Habituados a vender sobretudo produtos empacotados e
enlatados, eles tem bastantes dificuldades em imaginar a reorganização das suas
lojas em torno do universo “Frescos”.
As centrais de compra ou organizações retalhistas deste setor do
mercado retalhista deveriam:
- Difundir as informações marketing que permitam
aos retalhistas perceber melhor as evoluções do mercado e, em consequência, os
passos que deveriam dar nas suas lojas para adaptá-las ao consumo do momento;
- Apoiar os retalhistas na reorganização das
suas lojas em termos de definição do circuito, do cardex pertinente, da distribuição
das categorias de produtos, da implantação dos produtos e de formação dos seus
colaboradores;
- Negociar com fornecedores de equipamento para
que os retalhistas possam comprar equipamentos em condições corretas e com um
acompanhamento técnico fiável.
O crescimento das vendas de produtos frescos
nas lojas de tipo LPMD poderá ser limitado e ficar comprometido a curto prazo
caso, não haja uma tomada de consciência do facto das lojas terem de ser atualizadas.
Qual é o retalhista que pode aceitar perder metade da faturação possível
da sua loja, sem reagir?
Boa
reflexão e bom trabalho,
O seu sucesso está nas suas mãos!
Avec un poids de près de 57% des ventes,
les produits frais représentent un univers extraordinairement important pour
tous les magasins du détail alimentaire. Pourtant, malgré les efforts
visiblement faits par les centrales d’achat et par les grossistes, le manque de
conditions concernant l’exposition et la valorisation des catégories de
produits en cause pénalise en premier les magasins de détail eux-mêmes et, par
ricochet, l’ensemble de la chaine d’approvisionnement.
Les produits frais
représentent le cœur de toute épicerie en libre-service ou supermarché
Les produits frais, composés des fruits et légumes, des
produits lactés, de la charcuterie, de la boucherie, du prêt à manger, de la poissonerie,
de la boulangerie et de la pâtisserie et des congelés, sont des produits du
quotidien des consommateurs. Ce sont des produits qui poussent les
consommateurs à se déplacer aux magasins, selon un rythme de plusieurs fois par
semaine et même quotidien. Les produits frais correspondent aux produits qui
composent la solution alimentaire des familles. Ils sont donc des produits extrêmement
stratégiques.
Les produits frais
doivent faire l’objet d’une attention toute particulière
Les produits frais sont relativement sensibles à l’image
qu’ils projettent et, dans cette optique, les consommateurs ne pardonnent pas
la médiocrité. La loyauté des clients en termes d’achat des produits frais est
en corrélation avec le degré de qualité de traitement des produits. Ainsi, un
niveau d’hygiène, de propreté, de qualité supérieure des produits frais permet
de fidéliser les clients.
Les attentions portées
aux produits englobent plusieurs points névralgiques en termes de relation avec
les clients
- Le niveau de qualité général du magasin : circuit,
illumination, propreté et hygiène ;
- Les équipements d’exposition et de conservation des
produits frais : les produits sont valorisés lorsqu’ils sont présentés
dans des équipements propres et illuminés, et lorsqu’ils sont implantés de
façon à rendre l’offre visible et lisible ;
- Les produits eux-mêmes sont vecteurs de communication
de la qualité offerte : les fruits et légumes doivent être accompagnés
tout au long de la journée, pour que soient retirés les produits tachetés,
piqués, ou qui présentent une partie pourrie, qui communiquent une qualité basse
ou très basse du magasin en général et des produits exposés en particulier. C’est
le prix à payer pour gagner de la valeur ajoutée !
- Les collaborateurs, en fonction de leur aspect général
et de leur manière de s’occuper des équipements et des produits, sont aussi des
éléments-clé pour la valorisation des produits exposés et en ce qui concerne l’image
de qualité supérieure du magasin.
Les équipements doivent
être adéquats à l’offre et, doivent être modernes
Dans l’introduction j’ai souligné que les produits frais
représentaient près de 57% des ventes d’un magasin. L’impact des produits frais
dans la facturation d’un magasin devrait amener les détaillants du détail
alimentaire des MPMD (Magasins de petite et moyenne dimension) à investir en
équipements adéquats et modernes, pour favoriser la maximisation des ventes de
ces produits.
Dans les magasins MPMD (Magasins de petite et moyenne
dimension) j’observe régulièrement une inadéquation des équipements, ce qui
pénalise fortement les résultats que ces magasins pourraient atteindre.
Pistes d’implication des centrales d’achat
Les détaillants
semblent avoir besoin d’appuis techniques pour réussir à adapter leurs magasins
à la vente moderne de produits frais. Habitués à vendre surtout des produits
emballés ou en conserve, ils ont d’énormes difficultés à imaginer la réorganisation
de leurs magasins à partir de l’univers des produits frais.
Les centrales d’achat ou les organisations
de détaillants de ce secteur du marché devraient :
-Diffuser
les informations marketing permettant aux détaillants de comprendre mieux les
évolutions du marché et, en conséquence, ce qu’ils devraient faire dans leurs
magasins pour les adapter à la consommation du moment ;
-Appuyer
les détaillants dans la réorganisation de leurs magasins en termes de définition
du circuit, d’assortiment pertinent, de distribution des catégories de
produits, d’implantation des produits et de formation de leurs collaborateurs ;
-Négocier
avec les fournisseurs d’équipement pour que les détaillants puissent acheter
des équipements avec des conditions correctes et avec un suivi technique
fiable.
L’augmentation
des ventes de produits frais dans les magasins de type MPMD pourra être limitée
et être compromise à court terme, en l’absence de prise de conscience que les
magasins doivent être actualisés.
Quel détaillant peut accepter de perdre la
moitié de la facturation possible de son magasin, sans réagir ?
Bonne réflexion et bon travail,
Votre succès est entre vos mains !
RB