A multiplicação das iniciativas no setor do
retalho alimentar para atrair candidatos à abertura de novos pontos de venda,
quer recém-chegados à profissão quer retalhistas já existentes, no seio de uma
organização, quer grossista quer retalhista, é um facto. É a consequência dos
movimentos no terreno que têm todos como objetivo ganhar a guerra da
proximidade. Mas, o que é um retalhista?
Um retalhista do setor alimentar é antes de
tudo o mais um comerciante
Um
comerciante é uma pessoa que tem o sentido do mercado dos consumidores e que
sabe encontrar e negociar os produtos que lhes darão satisfação, e que incansavelmente
procura apresentar esses produtos de maneira a valorizá-los, com o objetivo de
obter lucros de bom nível para remunerar o seu trabalho e os riscos tomados.
O retalhista do setor alimentar
- Percebe
as tendências do momento, as expetativas das pessoas de uma determinada
comunidade;
- Sabe
determinar os produtos e os serviços que podem responder a essas expetativas;
- Sabe
definir quais devem ser as características principais da melhor localização do
ponto de venda, que será de facto o ponto de contato entre os consumidores e os
produtos;
- Sabe
encontrar os fornecedores e negociar as melhores condições de acesso aos produtos
que vai vender;
- Sabe que
para vender os seus produtos ele deve imaginar uma apresentação sedutora
destes.
Obviamente, um retalhista do setor alimentar
deve ser também um gestor
O gestor
trata de definir as condições imperativas para fazer funcionar a ideia imaginada
pelo comerciante e, de gerir os meios necessários para o sucesso do negócio.
Assim o retalhista alimentar deve utilizar o
seu lado de gestor para:
- Avaliar
a pertinência de uma determinada localização de uma loja;
- Definir
o cardex mais adaptado ao mercado dos consumidores dessa localização;
-
Articular o melhor layout possível para maximizar as vendas;
-
Selecionar os equipamentos necessários para a atividade;
- Distribuir
as categorias de produtos de maneira a dinamizar o conjunto da placa de venda;
- Implantar
os produtos de maneira a otimizar os lucros;
- Avaliar
os recursos humanos que exige o negócio e a amplitude horária da abertura da
loja;
- Procurar
diariamente soluções para fazer crescer o seu negócio e o seu nível de
rentabilidade.
Porque o comerciante deve possuir uma faceta
de gestor, ele deve possuir também uma faceta de investidor
De facto,
as evoluções do mercado, quer em termos de novas tendências de consumo, quer em
termos de inovações tecnológicas e de processo de trabalho, obrigam o
comerciante a tomar decisões de investimento. É normal e faz parte da rotina do
comerciante. O anormal seria que o comerciante tivesse uma aversão ao
investimento pois isso quereria dizer que chegou ao seu patamar máximo de
desenvolvimento!
Numa altura em que várias insígnias do setor do retalho
alimentar estão a recrutar franquiados para a sua expansão é importante relembrar
e sublinhar que o sucesso de uma loja do retalho alimentar é devido em primeiro
lugar à capacidade do seu dono de ser comerciante. Em geral, quando a principal
característica do franquiado é a mentalidade de investidor, os resultados não
são nada espetaculares ou pior o resultado é o fracasso.
Boa
reflexão e bom trabalho,
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB