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quarta-feira, 9 de julho de 2014

Tema para as férias de verão de 2014

Se as férias de verão propiciam às pessoas momentos de paz, ideais para refletir sobre o futuro, o verão de 2014 e, provavelmente os futuros verões também, serão ricos em temas fortes e que condicionarão mais do que nunca a sociedade no seu conjunto.

Proponho como primeiro tema: Milhares de baby boomers vão entrar na reforma, serão os papy boomers
Motores das grandes mudanças sociais das décadas que se seguiram ao pós-2ª guerra mundial. Habituados a querer e, a ter…
- Como é que vão aceitar uma vida de 2ª “zona”, com uma reforma obviamente menor do que o salário de um ativo mas, provavelmente ainda mais reduzida porque a reorganização financeiro-económica, desejada ou não, terá um impacto deflacionista sobre as pensões?
- Como é que se vão resignar a ter um papel de segunda “zona”, a serem menos ouvidos e possivelmente postos em causa pelas gerações mais novas?
- E relativamente ao consumo, quais serão as suas opções em termos de habitat, em termos de consumo alimentar, de compra de bens culturais, de produtos e de serviços de conforto?

As suas opções políticas continuarão a ser as mesmas, ou mudarão e bloquearão a sociedade, impedindo-a de evoluir, ou levarão ainda a um extremismo político?
Em Portugal, o efeito do envelhecimento será ainda maior em razão da saída do país de jovens, dos quais, uma parte não voltará. O interior de Portugal será cada vez mais um deserto, com pouca densidade populacional e em vias de pauperização. 

Para o universo da distribuição, a evolução demográfica vai ter impactos brutais! 
- Quid da rentabilidade dos supermercados demasiado grandes que terão muitas dificuldades para sobreviver?
-  Pior ainda, qual será o futuro dos supermercados do comércio associado, pouco capazes de resistir em termos de rentabilidade - porque cada loja é uma loja independente - ao “efeito grupo” dos supermercados do comércio integrado?

- As lojas terão de ser alvo de um acompanhamento mais individualizado, porque entre uma loja urbana, uma loja suburbana e uma loja rural existirão diferenças fortes e profundas em razão das características de mercados específicos.

- As novas tecnologias, a par com a boa formação dos colaboradores, serão ferramentas impreteríveis para flexibilizar as tomadas de decisões. Vejo regularmente colaboradores de lojas com uma falta de formação que prejudica o próprio colaborador e, por consequência, a própria loja!

Para finalizar este “post” e deixar aos leitores, sobretudo os profissionais do setor, um ponto de reflexão, queria fazer a seguinte pergunta: Acham mesmo que gerir uma loja de tamanho <150 m2 é uma atividade menor, sem dificuldade e sem riscos? 
RB

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