O indicador faturação das lojas mostra que o retalho de LPMD –
Lojas de pequena e média dimensão está a viver um período complicado. A retoma
económica não parece ter tido consequências duradoras para este tipo de
retalho.
Uma “sessão” de bons negócios sem seguimento
Os últimos 4 anos foram
anos excecionais. Através de uma política fiscal aliciante e por via do início
da reforma de centenas de milhares de cidadãos europeus prontos a viajar,
Portugal conseguiu atrair milhares de pessoas e dar a volta a crise que o
assolava.
As mercearias, os
minimercados viveram uma ”sessão” de muito bons negócios quando apareceu a
primeira vaga de pessoas que vieram a Portugal, como meros visitantes. A falta
de reorganização e de modernização das lojas levou os “visitantes”, que numa
segunda fase vieram para cá viver, a optar por lojas com melhores condições.
Em muitos casos, os
comerciantes não perceberam ou não quiseram ver que, para viver melhor, deviam
melhorar a sua forma de trabalhar em termos de gestão do espaço, do layout, da
distribuição das categorias, da seleção da gama de produtos…etc.
Que fazer para revitalizar o seu negócio?
Existem sempre casos de
lojas que, por causa de uma péssima localização, não podem continuar com as
portas abertas. Mas em geral nunca é tarde demais para modernizar uma loja. Isto
depende da vontade do retalhista de dinamizar o seu espaço de venda.
10 Pontos-chave fáceis para pôr em prática
01 Tratar da fachada ou seja
da capacidade da loja em seduzir quem passa na rua e levá-lo a entrar na loja;
02 Divulgar as promoções do
momento ou do dia, através de um cavalete colocado de forma visível no passeio;
03 Cuidar da iluminação
interior da loja para atrair o transeunte e convidá-lo a entrar;
04 Cuidar da higiene e da
limpeza da loja logo a partir da entrada. Trata-se de divulgar o nível da
qualidade geral da loja mal o cliente entra na loja;
05 Organizar o layout da loja
de maneira a tornar agradável e simples o momento das compras;
06 Fazer o necessário para
que, nas horas de maior movimento, não haja nada no chão impedindo a circulação
fácil dos clientes;
07 Propor um sortido baseado
na procura normal e diária dos clientes, evitando perder linear desenvolvido
com segmentos ou referências pouco atrativos ou em duplicado (caso da
multiplicação de MDD num mesmo segmento);
08 Organizar a distribuição
das categorias tendo em conta a utilização dos produtos, no intuito de ajudar
cada cliente a comprar a sua solução;
09 Preocupar-se em implantar
os produtos de forma visível, legível e acessível, para facilitar a escolha dos
clientes;
10 Praticar um acolhimento e
um atendimento dos clientes simultaneamente profissional e humano. A passagem
na caixa deve ser vista como um momento crítico. É um elemento do bom
atendimento e o tempo de espera para pagar deve ser reduzido ao mínimo.
Os cuidados a ter para evitar perder as rédeas do negócio
Os comerciantes devem
perceber e admitir que hoje em dia os consumidores não estão “presos” a uma única
loja. A facilidade de deslocação das pessoas faz com que qualquer loja esteja ao
alcance de qualquer consumidor. Se uma pessoa não tiver meios próprios de
deslocação ela tem sem dúvida um vizinho, um amigo, um familiar que lhe pode
dar uma boleia. Perder um cliente nunca foi tão fácil!
- O comerciante deve
implicar-se na sua loja em termos de gestão. A gestão não se limita apenas à
compra pelo preço mais barato no grossista; isso é insuficiente. O comerciante
deve participar em ações de formação técnicas para adaptar regularmente o seu
negócio às evoluções do mercado.
- O comerciante deve
procurar informações sobre as tendências do mercado e sobre os produtos que
estão na moda e, aqueles que estão em vias de desaparecer. O comerciante deve
solicitar essas informações altamente importantes junto do seu cash fornecedor
principal.
- O comerciante deve ter a
coragem de pôr tudo em causa para defender o seu negócio. Fico regularmente
surpreendido com a entrega total de retalhistas a insígnias rígidas do comércio
associado, que propõem um layout e uma organização de lojas que me parecem
contestáveis, colocando o retalhista numa situação complicada.
Um proverbio chinês diz: “Quando o vento sopra mais forte, algumas pessoas erguem paredes e
outras constroem moinhos”. Eu diria aos meus
clientes e amigos comerciantes que estamos numa altura em que é mais acertado
construir moinhos!
Boa
reflexão e bom trabalho,
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB
Magasins de petite et moyenne dimension – Un appauvrissement
qui saute aux yeux
L’indicateur facturation des magasins
montre que le commerce de détail de MPMD – Magasins de petite et moyenne
dimension vit une période compliquée. La reprise économique ne paraît pas avoir
eu de conséquences durables pour ce type de commerce de détail.
Une "session" de bonnes affaires
sans lendemain
Les 4 années passées ont été exceptionnelles. Par le
biais d’une politique fiscale attractive et parce que des centaines de milliers
de citoyens européens qui ont pris leur retraite sont prêts à voyager, le
Portugal a réussi à attirer des milliers de personnes et à dépasser la crise
qui le ravageait.
Les épiceries et les livres-services ont vécu une «session»
de bonnes affaires lorsqu’est apparue la première vague de personnes venues en
simples visiteurs. Le manque de réorganisation et de modernisation des magasins
a amené les "visiteurs", qui dans une seconde phase sont venus ici
pour y vivre, à opter pour des magasins présentant de meilleures conditions.
Nombreux sont les cas où les commerçants n’ont pas
compris ou n’ont pas voulu voir que pour vivre mieux ils devaient améliorer
leur manière de travailler en termes de gestion de l’espace, du layout, de la
distribution des catégories, de la sélection de la gamme de produits…etc.
Que faire pour revitaliser votre
entreprise?
Il existe toujours des cas de magasins, qui pour être mal
localisés, ne peuvent pas continuer à ouvrir leurs portes. Mais, en général il
n’est jamais trop tard pour moderniser un magasin. Cela dépend de la volonté du
détaillant de dynamiser son espace de vente.
10 points-clé – faciles à mettre en
pratique
01 S’occuper de la façade, de la capacité du magasin à
séduire toute personne passant dans la rue pour l’inviter à entrer dans le
magasin.
02 Communiquer les promotions du moment ou du jour, par le
biais d’un chevalet mis de manière visible sur le trottoir.
03 Être attentif à l’illumination intérieure du magasin
pour que le passant soit attiré et se sente invité à entrer.
04 Être attentif, au niveau d’hygiène et de propreté dès
l’entrée du magasin. Il s’agit de montrer le niveau de qualité générale, à
toute personne mettant un pied dans le magasin.
05 Organiser le layout du magasin de manière à rendre
agréable et simple le moment des courses.
06 Contrôler que lors des heures de forte affluence, rien
n’empêche la circulation facile des clients.
07 Proposer un assortiment basé sur la demande normale et
quotidienne des clients, en évitant de perdre du linéaire développé avec des
segments ou des références peu attractifs ou en doublon (cas de la
multiplication de MDD dans un même segment).
08 Organiser la distribution des catégories en prenant en
compte l’usage des produits, dans le but d’aider chaque client à acheter sa
solution.
09 Prendre soin d’implanter les produits de manière
visible, lisible et accessible, pour faciliter le choix des clients.
10 Pratiquer un accueil et un niveau de service client
simultanément professionnel et humain. Le passage à la caisse doit être vu
comme un moment critique. C’est un élément du service au client et l’attente à
la caisse doit être réduite au minimum.
Les précautions à avoir pour éviter de
perdre le contrôle de son entreprise
Les commerçants doivent comprendre et accepter qu’aujourd’hui
les consommateurs ne sont pas "prisonniers" d’un seul magasin. La
facilité de locomotion des personnes fait que tout magasin est à portée de tout
consommateur. Si une personne n’a pas de moyen de locomotion propre, elle a
sans doute un voisin, un ami, un familier qui peut la transporter. Perdre un
client n’a jamais été aussi facile !
-Le commerçant doit s’impliquer dans son magasin en
termes de gestion. La gestion ne se limite pas uniquement à l’achat du prix le
plus bas chez le grossiste ; cela est insuffisant. Le commerçant doit
participer à des actions de formation techniques pour adapter régulièrement son
entreprise aux évolutions du marché.
-Le commerçant doit rechercher des données sur les
tendances du marché et sur les produits qui sont à la mode et ceux qui sont en
voie de disparition. Le commerçant doit demander ces informations hautement
importantes auprès de son grossiste fournisseur principal.
-Le commerçant doit avoir le courage de remette tout en
cause pour défendre son entreprise. Je suis régulièrement surpris avec le
comportement de détaillants qui s’en remettent totalement à des enseignes
rigides du commerce associé, qui proposent un layout et une organisation des
magasins qui me paraissent contestables, mettant le détaillant dans une
situation compliquée.
Un
proverbe chinois dit : “ Quand le vent du changement se lève, certains construisent des murs et
d'autres des moulins à vent.”. Je dirais à mes clients et à mes amis
commerçants que nous sommes dans une période où le plus sûr est de construire
des moulins!
Bonne réflexion et bon travail,
Votre succès est entre vos mains !
RB
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