Nos últimos quatro anos a palavra proximidade voltou a estar na
moda, como se se tratasse de uma vitória para os retalhistas tradicionais; para
os retalhistas do retalho tradicional de pequena dimensão, os consumidores
perceberam que os grandes centros comerciais não eram uma boa solução para
fazer as suas compras e voltaram a dar às lojas de bairro o valor que elas merecem.
Cada um tem o direito de acreditar no que quiser!
O que é a proximidade
Segundo o dicionário
Priberam, https://dicionario.priberam.org/proximidade
a proximidade é um substantivo feminino que significa 1. Qualidade do que está
próximo, 2. Curto espaço. = Vizinhança.
A proximidade no contexto do comércio de retalho alimentar
No contexto do universo do
retalho alimentar, podemos considerar que uma loja é de proximidade quando está
próxima das pessoas em termos de distância a percorrer, ou dito de outra forma,
quando está situada na vizinhança de um conjunto de indivíduos. Assim, em termos de mercado, a proximidade pode
ser definida como sendo o universo de todas as pessoas que se situam perto de
algo e, no caso da distribuição alimentar esse algo é uma loja de retalho.
A proximidade é uma noção mais complexa do que parece
De facto, a proximidade
pode englobar várias situações:
- Uma loja situada numa
zona industrial onde trabalham milhares de pessoas é uma loja de proximidade;
- Uma loja pode ser
considerada de proximidade por estar a pouca distância de casa a pé mas, também
por estar a pouca distância de carro;
- Os cacifos de recolha das
mercadorias compradas “online” são
meios que respondem à lógica de conveniência, de proximidade de casa, do
trabalho ou de um ponto no percurso habitual do cliente;
- Amazon ou outras
plataformas de entrega ao domicílio podem ser qualificadas de empresas que
trabalham a híper-proximidade;
- As empresas de
distribuição que começam a entregar as compras dos seus clientes diretamente no
frigorífico ou na dispensa trabalham a híper-proximidade;
- E, amanhã, os frigoríficos
conectados serão aparelhos que permitirão às organizações retalhistas
preparadas para isso de serem empresas que trabalharão a híper-proximidade.
Portanto a proximidade não pode ser reduzida a algumas lojinhas de
bairro. A proximidade é um mercado de milhões de indivíduos, cobiçado por todas
as organizações, empresas, insígnias que querem vender algo aos consumidores
finais.
Quais/quem são os atores que atuam no mercado da proximidade?
Em termos dos atores do
retalho vamos encontrar grandes operadores tais como:
-Os hipermercados
Continente, quando estão situados num contexto de mercado de proximidade. Por
exemplo, o Continente do C.C. Colombo é ou não é de proximidade? Basta lá ir às
19h para se convencer que é uma loja que responde ao mercado da proximidade de
Carnide, Benfica, Pontinha… zonas populacionais fortes que rodeiam o centro
comercial.
-O hipermercado Intermarché
de Lagos é também uma ilustração forte de uma relação estreita entre uma loja
de grande dimensão e o mercado de proximidade.
-Os Supermercados Continente
Modelo, Intermarché, Pingo Doce, Pão de Açúcar, Guarita, quando situados em
zonas de boa densidade populacional. Aliás, podemos observar regularmente
fregueses que vão a pé fazer as suas compras a estas lojas.
-Os supermercados Modelo Bom
dia, My Auchan, Intermarché Contact que pelo seu ADN são lojas de centros
urbanos.
-As lojas Lidl, que em
termos gerais têm uma localização de centro urbano afirmada e que registam uma
frequentação elevada de pessoas que vão lá fazer as suas compras a pé. Na mesma
lógica encontram-se também as lojas Aldi.
-As lojas das insígnias Meu
Super, Coviran, Spar, Froiz são também lojas que atuam no mercado da
proximidade. Somando estas insígnias que
pertencem a grupos organizados da distribuição retalhista alimentar, devemos estar
perto das 2 Mil lojas!
E então, qual é o lugar do retalho tradicional neste mercado?
O retalho tradicional deve entender que não representa a proximidade mas que é
apenas um ator do aparelho de distribuição, que pretende captar uma parte
significativa das despesas dos lares.
A densificação dos grandes
centros urbanos em termos populacionais mostra que o mercado da proximidade é
muito vasto e representa um número elevadíssimo de indivíduos a conquistar. Todavia, a concorrência é forte e obriga
aqueles que querem entrar e permanecer neste mercado a fazer um trabalho de
excelência em termos de escolha da localização, de layout, de distribuição das
categorias, de seleção do sortido, de acolhimento e atendimento, de serviços
oferecidos (a pagar ou não) aos clientes…etc.
Boa
reflexão e bom trabalho,
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB
Proximité des uns et proximité des autres
Au cours des 4 dernières années, le mot
proximité est redevenu à la mode, comme si cela était une victoire pour les
détaillants traditionnels ; pour les détaillants traditionnels de petite dimension,
les consommateurs auraient compris que les grands centres commerciaux n’étaient
pas la bonne solution pour faire leurs courses et donnaient de nouveau aux magasins
de quartier la valeur qu’ils méritent. Chacun a le droit de penser ce qu’il
veut !
Qu’est-ce que la proximité
Selon le dictionnaire Priberam, https://dicionario.priberam.org/proximidade la proximité est un substantif féminin qui signifie
1.Qualité de ce qui est proche, 2.espace court = voisinage.
La proximité dans le contexte du commerce
de détail alimentaire
Dans le contexte de l’univers du détail alimentaire, on
peut considérer qu’un magasin est de proximité lorsqu’il est proche des
personnes en termes de distance à parcourir, soit dit autrement, lorsqu’il est
situé dans le voisinage d’un ensemble d’individus.
Ainsi,
en termes de marché, la proximité peut être définie comme étant l’univers de
toutes les personnes qui se situent près de quelque chose et, dans le cas de la
distribution alimentaire cette chose est un magasin de détail.
La proximité est une notion plus complexe
qu’elle ne parait
En effet, la proximité peut englober un ensemble de
situations:
- Un magasin situé dans une zone industrielle où travaillent
des milliers de personnes est magasin de proximité ;
- Un magasin peut être considéré de proximité pour être à
une distance proche à pied, mais aussi proche en voiture;
- Les casiers où les consommateurs vont retirer leurs
achats faits “online” sont des moyens
qui répondent à une logique de proximité, proche du domicile, du travail ou d’un
autre endroit du parcourt habituel du client ;
- Amazon ou d’autres plateformes de livraison au domicile
peuvent être qualifiées d’entreprises qui travaillent l’hyper-proximité;
- Les entreprises de distribution qui commencent à livrer
leurs clients directement dans leur réfrigérateur ou dans leur garde-manger
travaillent l’hyper-proximité;
- Et, demain, les réfrigérateurs connectés seront des
appareils qui permettront aux organisations de détail, préparées pour cela, d’être
des entreprises qui travailleront l’hyper-proximité.
Donc, la proximité ne peut pas être déduite
à quelques magasins de quartier. La proximité est un marché de millions de
personnes, désiré par toutes les organisations, entreprises, enseignes qui
veulent vendre aux consommateurs finaux.
Quels/qui sont les acteurs qui agissent
dans le marché de la proximité?
Les acteurs du détail que nous rencontrons sont les
grands opérateurs tels que :
-Les hypermarchés Continente, lorsqu’ils sont situés dans
un contexte de marché de proximité. Par exemple, le Continente du C.C. Colombo est-il
oui ou non de proximité ? Il suffit de s’y rendre à 19h pour être
convaincu que c’est un magasin qui répond au marché de proximité de Carnide,
Benfica, Pontinha… des zones populationnelles fortes qui entourent le centre commercial.
-L’Hypermarché de Lagos est lui aussi une illustration
forte d’une relation étroite entre un magasin de grande dimension et le marché
de proximité.
-Les Supermarchés Continente Modelo, Intermarché, Pingo
Doce, Pão de Açúcar, Guarita, lorsqu’ils sont situés dans des zones de bonne
densité populationnelle. Du reste, on peut observer régulièrement des habitants
qui vont à pied faire leurs achats dans ces magasins.
-Les supermarchés Modelo Bom dia, My Auchan, Intermarché
Contact qui de par leurs ADN sont des magasins de centres urbains.
-Les magasins Lidl, qui en général possèdent une
localisation de centre urbain affirmée et qui enregistrent une fréquentation
élevée de personnes qui vont y faire leurs courses à pied. Dans le même
registre on trouve aussi les magasins Aldi.
-Les magasins aux enseignes Meu Super, Coviran, Spar,
Froiz sont aussi des magasins qui agissent dans le marché de la proximité.
En sommant ces enseignes qui appartiennent à des groupes organisés
de la distribution alimentaire, on doit ne devrait pas être loin des 2000
magasins!
Et alors, quelle est la place du détail
traditionnel dans ce marché?
Le détail
traditionnel doit comprendre qu’il ne
représente pas la proximité mais qu’il n’est qu’un acteur de l’appareil de
distribution, qui désire capter une partie significative des dépenses des
ménages.
La densification des grands centres urbains en termes
populationnels montre que le marché de la proximité est très vaste et
représente un nombre élevé de personnes à conquérir. Cependant, la concurrence
est forte et oblige ceux qui veulent entrer et rester dans ce marché à faire un
travail d’excellence en ce qui concerne le choix de la localisation, de layout,
de distribution des catégories, de sélection de l’assortiment, de relation avec
le client, de service offerts (gratuit ou non) aux clients …etc.
Bonne réflexion et bon travail,
Votre succès est entre vos mains!
RB