A organização do ponto de venda implica definir
o melhor layout possível tendo como elemento principal o circuito de deslocação
dos clientes mas, implica também definir a distribuição das categorias. Essa tarefa
é imperativa porque é um elemento da transformação dos clientes em compradores a
100%.
Organizar a placa de venda é uma tarefa complicada
Organizar
a placa de venda pressupõe apostar que a loja, tal como estiver aberta aos clientes,
obterá uma boa faturação. A tarefa é árdua porque as fases da organização da
placa de venda são complexas. Todos os participantes na minha formação OPV-
Organização do Ponto de Venda, sabem que desenhar o layout de uma loja envolve um
conjunto de “sub-tarefas” complexas e que se completam.
No terreno,
os técnicos que reorganizam as lojas sabem que o processo é demorado e cheio de
obstáculos.
O layout e o circuito de deslocação são os
elementos de base da organização da placa de venda
Numa
perspetiva de facilitar o contato entre todas as partes da placa de venda e os
clientes, refletir sobre o circuito de deslocação dos clientes é a tarefa
técnica de maior relevância. Todavia, a articulação do layout em função de um
circuito pertinente representa apenas o esqueleto da loja. Para que o layout
tenha o maior impacto possível é preciso que as categorias de produtos
apresentadas estejam bem distribuídas.
A distribuição das categorias é a tarefa técnica
que fecha a reestruturação da placa de venda
Uma boa
distribuição das categorias deve levar o cliente a entrar no circuito de deslocação
previsto e, a ler de forma simples e rápida a maioria da oferta de produtos
proposta pela loja. A ideia é diminuir todos os estímulos que podem causar ansiedade
e inibição ao cliente, e aumentar no sentido inverso todos os estímulos que
favorecem o bem-estar, a descontração, e à-vontade dos clientes, sabendo que
todos estes elementos positivos são aliados da loja na transformação dos
clientes em compradores a 100% e rentáveis.
Distribuir
as categorias de produtos no layout idealizado é complexo porque as categorias
devem ser encadeadas entre elas de maneira sequencial e coerente.
A cada
passo da tarefa de distribuição das categorias, o técnico encarregue desta
tarefa deve perguntar a si próprio: “depois de ter visto esta categoria, esta subcategoria,
este segmento de produtos, o que é que o cliente pode querer ver?”
A distribuição das categorias deve ser um
ponto de convergência de competências técnicas
Em
primeiro, o técnico encarregue da distribuição das categorias deve conhecer o
mercado no qual está inserida a loja;
Ele deve
ter em mente os objetivos da loja em termos de conquista do mercado;
Ele deve conhecer
os equipamentos de apresentação dos produtos;
Ele deve
conhecer os produtos e a sua utilização, condição sine qua none para decidir qual o segmento de produtos que deve ser
colocado depois de um outro;
Devo dizer
que vejo regularmente distribuições de categorias mal feitas porque quem faz
esta tarefa parece não conhecer os produtos que compõem a categoria ou o
segmento, e o que deve colocar no sitío certo. Obviamente a consequência de não
saber para que serve um produto ou como utilizá-lo consiste na colocação desse
produto no sítio errado.
A distribuição de categorias é uma tarefa técnica de grande importância
para qualquer ponto de venda. Na medida em que as lojas do retalho alimentar
independente ou associado deverão reposicionar-se progressivamente numa lógica
de maior especialização, por causa dos limites impostos ao tamanho das placas
de venda, a tarefa de distribuição das categorias será cada vez mais um ponto nevrálgico
do sucesso das lojas. A distribuição de categorias não é uma tarefa limitada às lojas
do retalho alimentar. É uma tarefa também necessária e importante na
articulação de um cash, onde os retalhistas fazem as suas compras. Aliás, pude
constatar que os erros observados nos cashes correspondem aos erros observados
nas lojas dos retalhistas clientes desses cashes.
Boa
reflexão e, bom trabalho.
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB
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