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segunda-feira, 15 de julho de 2013

A NFC “Near Field Communication”.

O post, “O retalho em movimento”, publicado no dia 02/04/2012 na rúbrica novidades, mostrava a colocação de uma loja virtual no metro de Seoul na Coreia do Sul, utilizando como suporte as paredes envidraçadas do metro e como meio de comunicação o smartphone e a tecnologia “NFC”. 
A tecnologia “NFC” é uma tecnologia de comunicação sem fios baseada no uso da rádio frequência para a troca de dados entre um aparelho de leitura – neste caso o smartphone – e um alvo – neste caso um QR code ou um código de barras - situado a curta distância.

Esta tecnologia começa a ser difundida, mesmo que a um ritmo ainda lento, porque corresponde à evolução de vida dos indivíduos cada vez mais ligados ao seu smartphone desde o início até ao fim do dia. A sublinhar que o smartphone é de facto um computador miniaturizado, com funções múltiplas, uma delas sendo o telefone. Amanhã existirão muitas aplicações que se tornarão “quase” impreteríveis para cada um de nós. A nossa sociedade atual, para o bem e para o mal, é a sociedade da informação, tudo se sabe e se transmite com grande velocidade. Os marketeers, porque é o trabalho deles, estão empenhados em imaginar conteúdos, ações e formas de atrair os consumidores para o que querem promover, divulgar…etc.

A “NFC”, quer queiramos quer não, fará parte do nosso dia-a-dia, tal como já faz parte do dia-a-dia dos Sul-Coreanos. Não há dúvida de que os grandes grupos de distribuição vão utilizar esta tecnologia para se aproximarem ainda mais dos consumidores, para chegarem à noção do “One to One”.
 
Em termos do retalho independente, esta tecnologia pode representar uma ameaça ou uma oportunidade, segundo o empenho das associações de comerciantes, das centrais de compras ou de outras organizações profissionais que permitem de pôr os meios em comum.  
- A ameaça seria o fruto de não fazer nada e deixar as empresas organizadas de retalho integrado ou associado utilizar esta tecnologia, para obterem uma relação privilegiada numa perspetiva de serem únicas com cada consumidor. Nesse caso, os retalhistas independentes tornar-se-iam os donos de pontos de venda em vias de extinção. 
- A oportunidade seria o fruto de ter consciência de que estas ferramentas se vão tornar elementos de diferenciação em relação à concorrência e, de comunicação privilegiada com o mercado, visto numa lógica de tipologia de consumidores, ou numa lógica de segmentação do mercado, ou ainda numa lógica de relação de proximidade direta entre uma organização e o consumidor final. Neste caso, os retalhistas independentes tornar-se-iam donos de pontos de venda capazes de criar valor acrescentado, bastante interessante para o consumidor final, mas também para os fornecedores.

Numa altura em que se fala sobretudo do preço como sendo o parâmetro mais relevante do comércio, queria chamar a atenção dos retalhistas e das centrais de compras, porque de facto são parceiros de negócio, para a importância de refletir sobre as consequências do desenvolvimento do “NFC” e sobre as ações a desenvolver, de forma a subir para carruagem do comboio na altura certa.
 
O comboio não vai ficar parado à espera!
RB

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