Inscritos como seguidores do blog

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Uma loja feia, suja e mal organizada não tem futuro!

A abertura de lojas de retalho alimentar detidas por chineses está a assustar os profissionais do setor. A pergunta é saber se os “chineses” conseguirão fazer no alimentar o que fizeram no não alimentar.

O mercado é por natureza um espaço onde tudo pode acontecer. A tentativa de entrada dos chineses no setor alimentar é portanto um elemento normal e faz parte da dinâmica geral. Aliás, existe também, e isso é bem visível em Lisboa, um conjunto de lojas detidas por indianos. Podemos ver esta diversificação chinesa como um indicador de dificuldades que encontram no setor não alimentar. Dificuldades ligadas a uma imagem de qualidade fraca, que o fator do preço baixo não consegue compensar.

Podemos admitir que haverá sempre casos específicos que fugirão da linha principal mas, o que se nota é que os consumidores querem boas condições comerciais, mas também boas condições ambientais nos pontos de venda.
Assim, seja qual for a origem dos donos de lojas alimentares, a tendência futura será marcada por lojas com condições de ambiente cada vez mais adaptadas a uma procura exigente. O retalhista deverá propor numa loja bem localizada:
- um sortido adaptado à zona de atração do Ponto de Venda;
- um layout que favorece compras simples, fáceis e rápidas;
- uma dinâmica promocional visível e de todos os dias;
- um nível de higiene e de limpeza de acordo com os padrões de um pais desenvolvido;
- um nível de serviço ao cliente capaz de criar um laço de lealdade e fidelidade;
- uma politica de preço de acordo com todos os itens citados supra.

Afinal, voltamos aos fundamentais da distribuição, fundamentais aplicados diariamente pelos grupos que se destacam pelas suas performances. Para memória, em Portugal, as insígnias Continente e Pingo Doce, ou seja apenas 2 grupos, têm 50% de quota de mercado. Estes grupos representam o que os consumidores reconhecem com sendo o que procuram, o que gostam. Eles representam um ponto de comparação para qualquer consumidor.

Os retalhistas alimentares independentes devem refletir sobre a articulação das suas lojas em função dos padrões de funcionamento que agradam e atraem os consumidores. Para todos os comerciantes, chineses ou não, o caminho a seguir é a qualidade em todos os campos da loja. Quem baixar a qualidade da sua loja correrá o risco de um grande fracasso!

Bom trabalho.
RB

Sem comentários:

Enviar um comentário

O Blog foi feito para proporcionar um espaço de expressão dos atores do mundo do comercio. Encorajo cada leitor a intervir, e a ser um elemento valioso de trocas construtivas para todos.