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domingo, 24 de maio de 2015

Quer abrir uma Loja sua de Pequena Dimensão (LPD)? Força, é o momento certo!

No blog “a loja da minha rua” foi muitíssimas vezes abordado o tema das LPD – Lojas de Pequena Dimensão. Não por capricho ou por sensacionalismo, mas simplesmente porque depois da conquista “dos territórios” necessários aos hipermercados e aos supermercados da distribuição organizada, quer integrada, quer associada, parece que tecnicamente ficariam apenas por colmatar os “buracos pequenos” com modelos de lojas de tamanho à escala humana, próximas das pessoas, seja qual for o sentido da palavra “próximo”.

Os indicadores nunca foram tão bons, desde há décadas.
Em preambulo, é preciso sublinhar que, infelizmente, a crise económico-financeira tem um papel na mudança de comportamento do mercado. Após ter adotado um ritmo de consumo baseado no crédito, os portugueses começaram a contar os “tostões” antes de consumir. No dia-a-dia, isso traduz-se por um controlo das despesas, quer em quantidade, quer em valor, quer ainda em termos de escolha de um Ponto de Venda onde fazer as compras. Neste último ponto parece que as pessoas tentam diminuir tudo o que provoca despesas de gasolina para ir e vir e, tudo o que provoca compra impulsiva em lojas onde a tentação de compra é uma ferramenta diária.

Quer abrir a sua loja própria – força!
Mas não se esqueça de alguns pontos.
- A localização da loja é o ponto de partida.
Se a loja estiver mal localizada, é provável que todos os esforços e todos os investimentos do mundo não sejam suficientes.
- Não entregue a elaboração do layout da sua loja a quem não sabe ou, a quem tenha interesses próprios afastados dos seus.
Um arquiteto ou um fornecedor de equipamento para lojas são provavelmente ótimos profissionais na respetiva área de excelência, que consiste na construção e no design ou na fabricação e na venda de prateleiras e equipamentos para lojas mas, só quem tiver um conhecimento sintético de todos os parâmetros (espaço físico da loja, equipamento, conhecimento do mercado, gestão de categorias, gestão dos preços, gestão dos colaboradores e outros pontos técnicos) poderá elaborar um layout cujo objetivo será responder ao objetivo principal da loja que é LUCRAR, sabendo que o lucro será alcançado quando o comerciante tiver conseguido cumprir a missão que definiu em relação ao seu mercado.
- Seja, antes de tudo o mais, um comerciante independente.
A independência é reversível e evolutiva. Assim, um comerciante independente poderá – se assim o desejar – juntar-se a uma rede de lojas associadas que partilhem um conjunto de meios. Mas, o que dizer de quem começa por ser um comerciante associado, numa estrutura onde o líder da rede é demasiado rígido? Qual o seu futuro e que viravolta será possível?
- Não faça stock.
A mercadoria presente na loja ou na reserva deve corresponder a um escoamento regular e rápido. A época deflacionista que vivemos castiga quem faz um stock excessivo. O recomendado é que o Stock Médio (SM) seja o mais baixo possível, utilizando a entrega regular de mercadorias a partir do grossista ou da plataforma da central.
- Comunique e faça viver a sua loja no seu território.
A competição é forte ver mesmo feroz, entre as insígnias e os diferentes formatos do comércio. Comunicar é essencial para ir buscar CLIENTES que poderão ser transformados em COMPRADORES percorrendo a placa de venda.
- Defina a sua política de preço, sabendo que a loja é um ponto de venda e não um ponto de compra.
Erradamente, muitos comerciantes do setor alimentar ainda calculam o Preço de Venda ao Público (PVP) dos produtos utilizando um coeficiente de margem sobre a compra. O comerciante deve definir qual o melhor preço de mercado para cada referência que ele vende, ou seja o preço aceite pelos consumidores: o PVP deverá ser constituído pelo preço de compra ao qual será acrescida uma margem de lucro.
Também é imperativo que o comerciante seja capaz de calcular compensações de margens, de maneira a poder baixar preços por aqui e poder compensá-los por ali.
- Utilize um programa informático que permita uma gestão simples de cada segmento da sua loja.
As ferramentas informáticas devem ser “amigas” e devem permitir uma gestão rápida e fácil de cada compartimento da loja. Por exemplo, o sistema informático deveria permitir obter rapidamente em Excel os dados pedidos para uma análise de escoamento ou uma análise ABC.
- Junte-se a uma empresa grossista que quer que o comerciante VIVA.
No leque das empresas grossistas existentes é preciso escolher a empresa que melhor perceba que uma união de interesses é vital para a sobrevivência e o desenvolvimento de ambas. Neste aspeto, são os grossistas independentes que têm um interesse TOTALMENTE em fase com o interesse do retalhista alimentar.

Esquema

Quer mais apoio, contacte-me por email e/ou Tlm infra.
Boa semana
RB

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