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segunda-feira, 4 de maio de 2015

Há uma coisa mais cara do que a informação; é a ignorância!

O título deste “post” é uma citação de J.F. Kennedy e resume por si só o perigo que representa a falta de informação. E no entanto, a informação é essencial para qualquer trabalho de reflexão e de análise.

O grande obstáculo para a modernização do sector do retalho alimentar é a negação da informação que permitiria a muitos retalhistas perceber que estão a passar ao lado das evoluções, colocando em perigo a sobrevivência da sua empresa.
O retalho alimentar é um sector de atividade claramente em constante movimento, um movimento que deve ser acompanhado para evitar que as lojas do retalho alimentar independente ou associado percam a sua atração. As receitas de ontem já não são válidas para competir no contexto atual e, serão ainda menos pertinentes para sobreviver a curto prazo.
A confusão vem provavelmente da má interpretação da noção de satisfação do cliente. Obviamente que procurar satisfazer o cliente foi, é e será, a ideia de base da atividade retalhista. O que muda com o tempo não é este pressuposto, mas sim as respostas que devem ser desenvolvidas para responder às expetativas dos clientes.

A adaptação do retalho alimentar passa por um conhecimento das evoluções
- Evoluções dos consumidores que compõem o território onde atua a loja. Os consumidores seguem de facto uma trajetória de envelhecimento, que modifica a sua forma de consumir. Assim uma loja que nos anos 90 estava inserida num bairro de famílias jovens deve agora, 25 anos mais tarde, adaptar a sua forma de atuar para responder às expetativas de um mercado mais envelhecido, com menos indivíduos por lar e um consumo em decréscimo;
- Evoluções da concorrência e das respetivas características das insígnias que competem no mesmo território e que querem captar a maior fatia das despesas dos consumidores;
- Evoluções da oferta em termos de produtos e de marcas, que aparecem para responder a novas tendências detetadas no mercado;
- Evoluções das novas tecnologias, hoje em dia incontornáveis porque fazem parte do dia-a-dia da maioria dos consumidores.
Para um retalhista, virar as costas a estas evoluções é colocar a sua loja na rampa, muitas vezes irreversível, do declínio!

Esquema de síntese

A adaptação passa também, e de forma quase imperativa, pelo uso das estatísticas de venda
Não é redundante relembrar que uma loja de retalho alimentar vive da sua capacidade de atração geral e, que esta atração é em parte a consequência de uma adaptação da sua oferta (articulação do seu sortido) às características do seu mercado (território de atuação da loja).
Os 2 quadros que se seguem fazem a síntese de quotas de venda constatadas em lojas urbanas de média dimensão, e têm como objetivo levar os retalhistas leitores a refletir sobre o que convém fazer quando as estatísticas de vendas da sua loja estão muitas afastadas destas médias.
Não é demais relembrar que as frutas e legumes não conseguem por si só atrair diariamente os consumidores. A atração através dos “frescos” faz-se com um mix composto também pela qualidade da oferta em termos de pão, de lacticínios e do talho.
As receitas que vingaram ontem ficaram para a história; gerir o presente é gerir, o mais rapidamente possível, as adaptações às novas realidades.
O futuro terá de ser conquistado com a capacidade dos retalhistas em absorver rapidamente as evoluções e em aplicar rapidamente as respostas pertinentes.

Mais uma boa razão para aderir a uma rede de lojas de comércio associado tal como a rede Aqui é Fresco.

Boa semana.
RB


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