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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O retalho alimentar e a problemática urbana

Em conformidade com os estudos e as prospetivas económicas e demográficas, os grupos de distribuição estão a apostar com força nos centros urbanos.
A guerra de conquista dos “majores”, Jerónimo Martins, Sonae, Lidl e Intermarché, independentemente do formato, da insígnia ou da fórmula comercial utilizados, vai modificar por completo o panorama do retalho alimentar urbano.

É evidente que os retalhistas independentes ou associados a estruturas do comércio associado “leve”, proprietários de lojas de pequena dimensão, terão dificuldades em competir com as grandes cadeias
em termos de capacidade de investimento e de impacto comercial e marketing.
De facto, como fazer para ter uma loja rentável, quando a maioria das referências de uma loja pequena está constantemente em promoção nos folhetos dos grandes grupos?

A redefinição da atividade retalhista, relativamente às lojas de muito pequena dimensão do setor alimentar nas zonas urbanas, é necessária e passará obrigatoriamente pela definição, para cada retalhista, de um eixo de especialização.

Iniciar a reflexão
Os retalhistas das zonas urbanas confrontados a uma concorrência diariamente agressiva e desequilibrada, deverão refletir sobre o eixo de especialização diferenciadora que corresponde às características principais do seu mercado de consumidores finais, às suas competências técnicas, à sua paixão ou relacionamento com os produtos e, que seja lucrativo.
A especialização terá como consequência inequívoca a existência de um segmento de produtos de grande impacto, caraterizado por uma grande profundidade ou seja uma escolha hipertrofiada.

Consequências para a loja
A superfície de uma loja sendo limitada, o alargamento de um segmento de produtos tem como consequência a necessária redefinição do resto do sortido, para recuperar o espaço físico necessário. Provavelmente, categorias tais como o DPH poderão desaparecer.
A especialização obriga a uma teatralização da oferta, com expositores específicos, uma exposição capaz de comunicar as caraterísticas de tais ou tais produtos.
A loja deverá contar com colaboradores capazes de atender tecnicamente qualquer cliente, ou seja, conhecedores dos produtos e das técnicas de venda.

Especialização e modernidade
Especialização e modernidade são totalmente compatíveis e são duas noções complementares entre elas.
A especialização é inelutável para as lojas mais pequenas e responde às expetativas dos consumidores, que mesmo com a riqueza da oferta na Internet, procuram lojas onde possam ter contato com alguém.
A modernidade será necessária, na teatralização da loja, na gestão da base de dados dos clientes, no uso do(s) melhor(es) vetor(es) de  comunicação com o mercado.

Esquematização

O mercado dá-se num movimento contínuo!
Boa reflexão
RB

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