Em conformidade com os estudos e as prospetivas económicas e demográficas,
os grupos de distribuição estão a apostar com força nos centros urbanos.
A guerra de conquista dos “majores”, Jerónimo Martins, Sonae,
Lidl e Intermarché, independentemente do formato, da insígnia ou da fórmula
comercial utilizados, vai modificar por completo o panorama do retalho
alimentar urbano.
É evidente que os
retalhistas independentes ou associados a estruturas do comércio associado
“leve”, proprietários de lojas de pequena dimensão, terão dificuldades em competir
com as grandes cadeias
em termos de capacidade de investimento e de impacto comercial e marketing.
em termos de capacidade de investimento e de impacto comercial e marketing.
De facto, como fazer para
ter uma loja rentável, quando a maioria das referências de uma loja pequena
está constantemente em promoção nos folhetos dos grandes grupos?
A redefinição da atividade retalhista, relativamente
às lojas de muito pequena dimensão do setor alimentar nas zonas urbanas, é
necessária e passará obrigatoriamente pela definição, para cada retalhista, de
um eixo de especialização.
Iniciar a reflexão
Os retalhistas
das zonas urbanas confrontados a uma concorrência diariamente agressiva e
desequilibrada, deverão refletir sobre o eixo de especialização diferenciadora
que corresponde às características principais do seu mercado de consumidores
finais, às suas competências técnicas, à sua paixão ou relacionamento com os
produtos e, que seja lucrativo.
A
especialização terá como consequência inequívoca a existência de um segmento de
produtos de grande impacto, caraterizado por uma grande profundidade ou seja
uma escolha hipertrofiada.
Consequências para a loja
A superfície
de uma loja sendo limitada, o alargamento de um segmento de produtos tem como
consequência a necessária redefinição do resto do sortido, para recuperar o
espaço físico necessário. Provavelmente, categorias tais como o DPH poderão
desaparecer.
A
especialização obriga a uma teatralização da oferta, com expositores específicos,
uma exposição capaz de comunicar as caraterísticas de tais ou tais produtos.
A loja
deverá contar com colaboradores capazes de atender tecnicamente qualquer
cliente, ou seja, conhecedores dos produtos e das técnicas de venda.
Especialização e modernidade
Especialização
e modernidade são totalmente compatíveis e são duas noções complementares entre
elas.
A
especialização é inelutável para as lojas mais pequenas e responde às expetativas
dos consumidores, que mesmo com a riqueza da oferta na Internet, procuram lojas
onde possam ter contato com alguém.
A
modernidade será necessária, na teatralização da loja, na gestão da base de
dados dos clientes, no uso do(s) melhor(es) vetor(es) de comunicação com o mercado.
O mercado dá-se num movimento contínuo!
Boa reflexão
RB
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