Após quase uma década de
crise económico-financeira aguda, podemos observar uma dinâmica no mundo da
distribuição.
Em termos de lojas de
pequena dimensão (LPD), vemos que os filhos de comerciantes, que outrora não
queriam saber do negócio dos pais, e que o achavam demasiado pesado, cansativo
e pouco valorizado, percebem que, pelo contrário, a função de comerciante é uma
função nobre, indispensável para a sociedade tanto ao nível económico como ao
nível social e, que pode trazer imensas satisfações profissionais e pessoais.
A dinâmica do retalho de proximidade está a provocar um apetite
generalizado
Até há poucos anos, existia
um pensamento ecuménico, partilhado entre grandes distribuidores, fornecedores
de grandes marcas e consultores universitários, que apontava para um desaparecimento
puro e simples das lojas alimentares de pequena dimensão. Por exemplo, nos anos
2000, a Makro redefiniu as suas prioridades baseando-se neste pressuposto.
Hoje, o formato LPD está claramente
a interessar toda gente, desde os grandes atores da distribuição até ao individuo
que decide ser um retalhista independente puro e duro!
Uma das características de
um investimento é o risco. O primeiro risco que toma um candidato a uma loja em
franchising ou noutra forma do comércio associado é relativo ao conflito de
interesses que existe quando quem garante que o local é apropriado para fazer
uma loja é também responsável pela expansão de uma insígnia. Como acreditar que
um responsável da expansão vai defender os interesses do futuro comerciante, se
for premiado para abrir novos Pontos de Venda? Há com certeza conflito de
interesses!
Podem voltar a ler o post “
Ninguém dá nada a ninguém”
Os grossistas independentes são garantia de um investimento mais
seguro
Os grossitas independentes
estão entre os parceiros mais recomendáveis, porque em geral estão pouco
virados para um aconselhamento duvidoso. A razão essencial é que o destino de
um grossista independente está muito ligado à dinâmica comercial do território onde
atua e, a este título, não pode tomar o risco de mal aconselhar um comerciante
que será uma fonte de rendimento e de imagem de seriedade e de competência!
O leitor interessado na
abertura de uma loja de retalho alimentar poderá visitar os sites da Euromadi Portugal e da UniMark, que agrupam grossistas
independentes sérios e que costumam proporcionar um acompanhamento profissional
aos seus retalhistas.
Uma outra solução consiste em recorrer a um consultor externo: Neste
caso, podem contatar-me por mail brichard@sapo.pt
Ainda na semana passada
analisei a localização de uma loja no Porto, e dei um parecer negativo. O comerciante
tinha nas mãos um projeto de loja alimentar de +/- 100m2, pronto para avançar
com um investimento, sem contar com o valor do espaço que já lhe pertencia, na
ordem de 95000€.
Há custos de consultoria irrisórios
quando confrontados ao risco do investimento.
Bom trabalho.
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB
Sem comentários:
Enviar um comentário
O Blog foi feito para proporcionar um espaço de expressão dos atores do mundo do comercio. Encorajo cada leitor a intervir, e a ser um elemento valioso de trocas construtivas para todos.