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domingo, 15 de novembro de 2015

Quando há conflito de interesses, o interessado serve-se primeiro!

Após quase uma década de crise económico-financeira aguda, podemos observar uma dinâmica no mundo da distribuição.
Em termos de lojas de pequena dimensão (LPD), vemos que os filhos de comerciantes, que outrora não queriam saber do negócio dos pais, e que o achavam demasiado pesado, cansativo e pouco valorizado, percebem que, pelo contrário, a função de comerciante é uma função nobre, indispensável para a sociedade tanto ao nível económico como ao nível social e, que pode trazer imensas satisfações profissionais e pessoais.

A dinâmica do retalho de proximidade está a provocar um apetite generalizado
Até há poucos anos, existia um pensamento ecuménico, partilhado entre grandes distribuidores, fornecedores de grandes marcas e consultores universitários, que apontava para um desaparecimento puro e simples das lojas alimentares de pequena dimensão. Por exemplo, nos anos 2000, a Makro redefiniu as suas prioridades baseando-se neste pressuposto.
Hoje, o formato LPD está claramente a interessar toda gente, desde os grandes atores da distribuição até ao individuo que decide ser um retalhista independente puro e duro!

Investir numa loja é arriscado
Uma das características de um investimento é o risco. O primeiro risco que toma um candidato a uma loja em franchising ou noutra forma do comércio associado é relativo ao conflito de interesses que existe quando quem garante que o local é apropriado para fazer uma loja é também responsável pela expansão de uma insígnia. Como acreditar que um responsável da expansão vai defender os interesses do futuro comerciante, se for premiado para abrir novos Pontos de Venda? Há com certeza conflito de interesses!
Podem voltar a ler o post “ Ninguém dá nada a ninguém”

Os grossistas independentes são garantia de um investimento mais seguro
Os grossitas independentes estão entre os parceiros mais recomendáveis, porque em geral estão pouco virados para um aconselhamento duvidoso. A razão essencial é que o destino de um grossista independente está muito ligado à dinâmica comercial do território onde atua e, a este título, não pode tomar o risco de mal aconselhar um comerciante que será uma fonte de rendimento e de imagem de seriedade e de competência!
O leitor interessado na abertura de uma loja de retalho alimentar poderá visitar os sites da Euromadi Portugal e da UniMark, que agrupam grossistas independentes sérios e que costumam proporcionar um acompanhamento profissional aos seus retalhistas.

Uma outra solução consiste em recorrer a um consultor externo: Neste caso, podem contatar-me por mail brichard@sapo.pt
Ainda na semana passada analisei a localização de uma loja no Porto, e dei um parecer negativo. O comerciante tinha nas mãos um projeto de loja alimentar de +/- 100m2, pronto para avançar com um investimento, sem contar com o valor do espaço que já lhe pertencia, na ordem de 95000€.
Há custos de consultoria irrisórios quando confrontados ao risco do investimento.

Bom trabalho.
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB

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