O comércio on-line é uma realidade e, o seu desenvolvimento vai
continuar. Ele fará parte do panorama comercial e - como foi sublinhado no post
“o mercado é um mil-folhas” https://alojadaminharua.blogspot.com/2016/11/o-mercado-e-um-mil-folhas.html - será mais uma forma de chegar aos
consumidores. As lojas físicas não vão desaparecer e podemos notar, para apoiar
essa ideia, que os gigantes do comércio on-line, como Amazon e Alibaba
compraram cadeias de supermercados.
Porque é que as lojas físicas não vão
desaparecer?
Quando se
fala de comércio fala-se principalmente de encontro, de contacto entre pessoas.
Os humanos são gregários e uma das suas mais patentes características é a vida
social feita de relações com os outros. As pessoas precisam de falar com
alguém, de encontrar outras pessoas, de ver a vida fora das suas casas.
Quando se
fala de loja, fala-se de produtos. Os produtos têm quase uma vida própria, eles
têm uma forma, dimensões, peso, estética, textura, podem ter cheiro…etc. No
contexto de uma loja os produtos não são isolados, eles completam-se uns aos outros,
fazem sonhar o cliente. Na loja qualquer produto ganha expressão, vive.
Portanto não há razão para preocupações; a
vida será como dantes?
Não, o que
acontece é que o comércio on-line é mais um canal de distribuição, com as suas
próprias características. Os analistas do comércio preveem que o comércio
on-line representará até 25% das vendas no futuro e ficará nessa meta. Os
líderes do comércio on-line perceberam bem este limite e é por causa disso que
Amazon e Alibaba entre outros compraram cadeias de lojas.
Poderá haver razão para preocupações; tudo dependerá da postura
dos comerciantes.
- A
preocupação será mínima para os atores da distribuição que tenham desenvolvido
uma estratégia omnicanal.
- A
preocupação será outra para os atores da distribuição perdidos no tempo da
idade dourada da distribuição e, que não terão dado os passos necessários para
adaptar as suas empresas às novas evoluções tecnológicas e de comportamento do
mercado.
- As
preocupações serão muito piores mas, muito piores mesmo para aqueles que além
de fazerem uma gestão caótica das suas lojas, menosprezando os frescos que
representam +/-57% das vendas, deverão por ainda cima arcar com a perda
potencial de 25% das suas vendas.
A entrada
em vigor do novo Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) deve ter
mostrado de forma esclarecedora à maioria dos profissionais da distribuição – dos
quais os leitores deste blog fazem parte - que falar do impacto das novas
tecnologias no comércio alimentar, e da forte necessidade de dotar as lojas de
meios apropriados, não é nem um evento menor nem um capricho de consultor.
Boa
reflexão e bom trabalho,
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB
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