Minipreço Dia é com certeza uma insígnia que
faz parte da cultura comercial portuguesa
Quem não conhece a insígnia
Minipreço Dia? Quem é que nunca entrou numa loja Minipreço Dia? E, quem é que
nunca comprou numa loja Minipreço Dia?
Vista do lado do consumidor
português, para 2 gerações, Minipreço Dia é uma insígnia que conta. É uma
vantagem indiscutível! Nos anos 90, os centros urbanos, foram palco de batalha
de 2 insígnias da distribuição organizada, Pingo Doce e Minipreço Dia. A
primeira tinha evoluído para lojas mais requintadas, iluminadas e limpas e a
segunda tinha escolhido um posicionamento soft discount, de preços baixos com
lojas (sobretudo depois da integração com Dia%), rudimentares, em termos de sortido,
de arrumação, de higiene e limpeza e, totalmente baseadas no controlo dos
custos.
Será que a insígnia Minipreço Dia faz sonhar
o consumidor?
Nos últimos anos, a Minipreço
Dia tentou avançar com novos conceitos para rejuvenescer as lojas, mas as lojas
continuam na trajetória do passado e, no que me diz respeito não me fazem
sonhar. O ADN é o que é, e ainda não foi conseguido um “upgrade” capaz de
mostrar que a insígnia Minipreço Dia tenha mudado. Nem a organização das placas
de venda, nem os equipamentos utilizados, nem o sortido proposto, nem a relação
dentro da loja e os clientes, mudaram de molde.
Será que a insígnia Minipreço Dia pode fazer
sonhar um empreendedor?
O público, atento às notícias,
lembra-se com certeza do mau humor de franchisados que nos últimos anos achavam
que as relações com a estrutura da Minipreço Dia eram desequilibradas em favor
do franchisador.
O que se dizia era que os
franchisados estavam demasiado dependentes das decisões da estrutura a montante
e, que o nível da margem bruta era demasiado baixo para que a atividade tivesse
uma rentabilidade conforme às suas expetativas.
Para se “safar” um franchisado
da Minipreço Dia devia ter um escoamento elevado incompatível com a rudeza do
mercado.
Para que um projeto faça
sonhar um empreendedor é preciso que:
-o empreendedor tenha perspetivas de ganhos de bom nível;
-os seus esforços e os
sacrifícios consentidos sejam compatíveis com um aumento do património e do
nível de vida;
-ele possa intervir a
qualquer momento para tomar decisões estratégicas e táticas.
Será que a Minipreço Dia o
permite?
Um enigma subsiste
Dia está a passar uma fase
de recomposição. Por exemplo, em França a insígnia desapareceu.
Em Portugal, Dia não parece
estar a passar um bom momento e ao mesmo tempo, a Mercadona anuncia querer
abrir rapidamente uma centenas de lojas. Sabendo que o prazo para abrir 100
lojas é extremamente dilatado, podemos pensar que o plano de expansão da
Mercadona passa pela compra de um outro grupo.
Hipoteticamente, se a Mercadona
comprasse as lojas Minipreço Dia%, quantas lojas ficariam de fora por não
corresponder às exigências do modelo Mercadona? Neste caso, qual seria o
futuro dos franchisados da Minipreço Dia? Ficariam juntos numa estrutura
reduzida e incapaz de ter impacto no mercado? Teriam de se tornar totalmente
independentes, sem estrutura para ajudá-los?
Minipreço Dia – Enigmático sonho!
Boa
reflexão e bom trabalho,
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB
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