O retalho
independente está a viver momentos muito complicados, sob os efeitos conjugados
da crise financeira e económica global, da modificação do setor da distribuição
grossista e retalhista, e do aumento do nomadismo dos consumidores em
consequência das solicitações repetidas dos grupos mais fortes e mais
organizados.
O retalho independente atual está numa encruzilhada, porque tem
de sair de uma época ultrapassada e entrar claramente no futuro.
Os
principais males atuais do retalho alimentar independente de pequena dimensão que
devem ser resolvidos são:
- O
envelhecimento da profissão, com muitos retalhistas de idade superior a 60
anos;
- A má
localização de muitas lojas, outrora bem situadas mas que por várias
razões - como a alteração do trânsito nas cidades, a extensão das ruas, a
criação de novos bairros, a alteração das atividades económicas das zonas, o
envelhecimento da população…etc. – passaram a estar pessimamente situadas;
- A fraca
formação comercial dos retalhistas que os impossibilita de acompanhar o
mercado, e de competir com os outros intervenientes no mercado.
Em defesa de uma regeneração do retalho alimentar independente
devem ser apoiadas:
- A nova
onda de empresários que está a aparecer, porque a vida tem horror do vazio;
- Pessoas
com vontade de trabalhar por conta própria, com a capacidade de assumir riscos
e de trabalhar muito, e portanto de se tornarem retalhistas independentes de
grande interesse;
- As redes
grossistas que promovem o retalho alimentar, e que permitem uma sã concorrência
contra os grupos de comércio integrado;
- As
organizações que defendem o livre empreendedorismo e apoiam as pequenas e médias
empresas, familiares, inseridas em meios pequenos ou em mercados locais, capazes
de trabalhar para o desabrochamento das pessoas e da comunidade onde estão
inseridas.
RB