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domingo, 10 de setembro de 2017

O fator chave é a gestão das novas tecnologias!

As novas tecnologias tornaram-se, incontestavelmente, o elemento incontornável da nossa época e, isto aplica-se a todos os setores de atividade e a todos os estratos da sociedade. O setor retalhista já passou por diferentes períodos durantes os quais, segundo o momento, liderou a produção, o marketing, o comercial e as compras e, a logística. Os grupos que lideram atualmente a distribuição alimentar são aqueles que souberam adaptar-se a cada um desses momentos e que estão altamente presentes na vida dos consumidores através das novas tecnologias. 

O retalho independente ou associado de pequena dimensão está bastante atrasado em relação à implementação das novas tecnologias no seu dia-a-dia. Este atraso tem as suas raízes no modo de funcionamento do retalho há várias décadas, baseado na procura do melhor preço de compra para obter a melhor margem possível. 
Ninguém pode condenar um retalhista por querer lucrar; o lucro é para cada retalhista uma recompensa merecida pelo seu trabalho gastador de tempo e energia e, pelos riscos assumidos. 
Também, cada comerciante, sozinho no seu cantinho, não tem os meios suficientes para utilizar as ferramentas tecnológicas modernas; O comerciante não tem forçosamente os conhecimentos técnicos suficientes e não tem meios para, sozinho, pagar os recursos humanos especializados neste setor e as ferramentas necessárias. 

As empresas grossistas e as centrais de compra, de que são sócias ou acionistas, deveriam avançar no desenvolvimento de ferramentas que permitem colocar ao dispor dos retalhistas meios modernos de gestão das suas lojas, quer nas suas relações com os consumidores quer na obtenção dos bons produtos com boas condições de compra com os produtores e fornecedores. 

Desenvolver e colocar as ferramentas tecnológicas ao dispor dos retalhistas permitiria que as centrais e/ou os grossistas fidelizassem os retalhistas ao respetivo projeto de rede de lojas. Pois é, basear a lealdade de retalhistas a partir da ideia de melhores condições de compra não é suficiente e torna qualquer projeto sujeito à predação de outros operadores. De facto, qualquer predador pode entrar numa loja propondo preços esmagados, mas a entrada de predadores em lojas ligadas a vantagens tecnológicas seria muitíssimo mais dificultada, ou até impossível. 

Nos próximos anos, vamos ver centenas de lojas do retalho alimentar fechar porque os donos irão reformar-se de vez ou por falta de clientes. Este movimento será, não tenho dúvida nenhuma, largo no interior do país. Para as lojas urbanas e suburbanas, as centrais de compra ou de negociação deverão continuar as suas atividades comerciais, de marketing e logísticas mas, se não se dotarem rapidamente de novas tecnologias, elas serão marginalizadas e desaparecerão. 


Boa reflexão, 
O seu sucesso está nas suas mãos! 
RB

domingo, 3 de setembro de 2017

Mais pessoas, menos dinheiro e mais receios

Pelo segundo ano consecutivo a atração turística foi forte em Portugal; um pequeno país encalhado no fundo da Europa que se tornou uma alternativa de boas férias para muitos europeus. No Algarve, o turismo estrangeiro foi forte e, notou-se também a vinda de Portugueses de todo o país. Mas embora a quantidade tenha estado presente, a qualidade deixou a desejar…

A indústria hoteleira parece ter tido uma boa atividade e, o alojamento local funcionou bem, e permitiu a muitas famílias ganhar algum dinheiro com o arrendamento momentâneo de um ou vários quartos, tendo também permitido absorver um enorme fluxo turístico. Isso tem de ser realçado para rematar a ideia segundo a qual o alojamento local é uma atividade que enriquece muito as pessoas. É como em tudo; alguns ganham muito enquanto a maioria consegue, através dessa atividade, manter o barco familiar a flutuar até ao próximo verão. Para muitas famílias, arrendar um quarto por um valor que vai até 30€ por noite não é o Eldorado, longe disso! 
O que se constatou em primeiro lugar, é que o turismo foi forte mas, corolário do turismo de massa, de fraca qualidade em termos de tipologia de pessoas, de comportamento das mesmas e de quantidade de dinheiro que tinham disponível para gastar. 
Em segundo, observou-se também uma tendência nítida das famílias para evitar despesas desnecessárias. Amanhã é uma grande incógnita para muitos cidadãos da União Europeia, habituados até aqui a viver com uma certa visibilidade e confiança no futuro imediato: 
- Os Ingleses não sabem o que vai dar o Brexit, nem se irá a seu termo; 
- Os Franceses estão ansiosos com as novas leis laborais que irão entrar em vigor a partir do fim de setembro de 2017 e que prometem flexibilizar o mercado do trabalho como nunca, num país em que as reformas foram sempre adiadas por todos os governos dos últimos 30 anos; 
- Na Itália o problema migratório tornou-se gigantesco; 
- Os cidadãos dos países Nórdicos começam também a mostrar uma certa febrilidade em relação à imigração; 
- As mudanças climáticas começam a assustar muitas pessoas; 
- As mudanças impostas pelos avanços tecnológicos em todos os setores de atividades assustam porque são vistas não como uma mudança de época, mas sim como uma mudança de civilização;…etc. 
O verão 2017, um verão de turistas receosos dos momentos futuros e atentos às despesas. 

Boa reflexão, 
O seu sucesso está nas suas mãos! 
RB

sábado, 26 de agosto de 2017

Quem é o culpado?

O tema das lojas alimentares de pequena dimensão em franchising continua a ser de atualidade. Uma tendência alimentada pelo sonho de riqueza de candidatos à franquia e pela vontade dos grupos económicos de encontrar meios de escoar mercadoria, sem tomar grandes riscos. Se para os grupos económicos más escolhas têm poucas consequências ou consequências insignificantes, para os franchisados, fracassar pode ser extremamente desestabilizador e condicionar profundamente a vida de toda uma família. 

Entre uma multitude de pontos críticos que condicionam o sucesso de uma loja, o item da localização é provavelmente o mais importante.
Esse tema merece reflexão e obriga a uma análise neutra, que foca os pontos positivos e os pontos negativos de forma isenta. 
1- A análise não deve ser feita para responder ao capricho de um candidato à franquia que quer a “todo custo ter a sua loja”, 
2- Nem deve ser feita para favorecer a expansão de uma insígnia de distribuição, ou seja abrir por abrir lojas a fim de ganhar expressão ao nível regional ou nacional. 
Em ambas as situações, é o franquiado que pagará os estragos! 

Ainda recentemente vi uma loja do retalho alimentar de pequena dimensão abrir em regime de franchising, num sítio que eu qualificaria de perigoso para a abertura de uma loja. 
Na zona não se vê grande movimento:
A maioria das pessoas que passam na rua, passam de carro; 
- Os prédios diretos são baixos ou seja representam um potencial de consumidores reduzido; 
- A uns 100m encontra-se uma loja bem implantada e bem gerida com ligações fortes com os fregueses; 
- A zona está ladeada por 2 ruas inclinadas que não propiciam uma deslocação de propósito, sabendo que na parte de baixo da zona existe um supermercado dinâmico e que na parte de cima existe um hipermercado incluindo um conjunto de insígnias de forte atração comercial. 

“In fine”, se o negócio correr mal, e infelizmente tem todas as características para isso, quem será o culpado? 
Cada leitor pode ter a sua própria opinião mas, podemos pensar que provavelmente apenas o dono da loja em regime de franquia arcará com as maiores consequências. 
Uma análise prévia dos pontos positivos e negativos de uma localização deveria ser feita imperativamente para qualquer projeto de abertura de loja. A análise deve ser isenta e concentrar-se em factos objetivos. 

E, na dúvida, ficará mais barato pagar um consultor externo do que perder uma década de vida num projeto sem pernas para andar. 

Boa reflexão, 
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB

sábado, 8 de julho de 2017

O Sr. Manuel Marques Teixeira sob os holofotes.

O 71º aniversário da empresa grossista Pereira & Santos, situada em Adémia, perto de Coimbra, que decorreu no dia 03 de Julho passado, foi um momento intenso marcado pela homenagem feita ao Sr. Manuel Teixeira pela sua família. 

A cerimónia teve como ponto de partida as instalações do cash & carry Pereira & Santos em Adémia, com a apresentação da sua última remodelação que visou a preparação da empresa para enfrentar as mudanças em curso ao nível do mercado. Para este evento foram convidadas numerosas pessoas que contam na atividade diária da empresa, tais como os empregados do grupo, fornecedores, representantes de diversas organizações, etc. 
Depois da visita ao cash, a cerimónia prosseguiu com um agradável momento de convívio na Quinta do Loreto, onde, no fim do jantar, os convidados tiveram o prazer de ouvir um recital do célebre cantor André Sardet. 

O jantar foi um momento intenso durante o qual foi homenageado o Sr. Manuel Teixeira, administrador da empresa, pela sua ação incansável desde 25 de Outubro de 1971, data da adquisição da empresa Pereira & Santos Lda., uma empresa criada em 1946. 
Homenagear o Sr. Manuel Teixeira é fazer o elogio de 46 anos de trabalho, de esforços, de compromissos, de apostas nas pessoas e no futuro, de uma grande capacidade em ultrapassar os momentos de adversidade, de uma capacidade em encarar as evoluções e de responder aos novos desafios inerentes às mudanças incessantes da sociedade. 

Hoje Pereira & Santos é um grupo que agrupa também duas filiais, uma de retalho alimentar e uma atividade grossista especializada na venda de congelados. 

O grupo Pereira & Santos mostrou a sua capacidade de resiliência, conseguindo crescer mesmo durante os anos negros, onde se notou fortemente o impacto da crise económico-financeira, enquanto outros operadores desapareceram pura e simplesmente. No gráfico que se segue - “vendas do Grupo Pereira & Santos”- pode ser observada a combatividade da empresa em tempos de grandes turbulências. 

Para fazer funcionar estas 3 atividades, a empresa teve de aumentar o número de colaboradores. No gráfico abaixo faltam os dados de 2017, que mostrariam que o número de colaboradores ultrapassou uma centena de pessoas. Apostar na permanência dos empregados é evidenciado pelos seus anos de “casa”. Por exemplo, e para falar apenas de um caso entre muitos outros, o Sr. Jacinto, colaborador no departamento administrativo, já tem 44 anos de atividade no seio da empresa. Isso fala, por si só, da relação que o Sr. Manuel Teixeira construiu com os seus colaboradores. 

A situação atual da empresa é também uma consequência das opções feitas em termos de adesão a uma central de compras. Beneficiar da força da central de negociação EuromadiPort, através da central Unimark da qual Pereira & Santos é sócia, representa indubitavelmente uma mais-valia extraordinária para a empresa Pereira & Santos em termos de acesso a boas condições comerciais mas também em termos de dinâmica geral, como por exemplo através da sua participação na rede de lojas Aqui é Fresco, a insígnia líder no retalho associado de pequena e média dimensão. 

O sucesso empresarial do Sr. Manuel Teixeira tem provavelmente uma parte da sua origem no notável equilíbrio familiar que construiu, uma retaguarda feita de apoio, de compreensão e de carinho. Este primeiro círculo, constituído pela família, é composto pela sua mulher - a dona Maria – pelas suas duas filhas - Edite e Teresa - e pela sua neta - a Raquel. São, sem dúvida nenhuma, peças importantíssimas quer na vida privada quer na vida profissional do Sr. Manuel Teixeira, sendo a Dra. Edite responsável administrativa e financeira e a D. Teresa responsável do retalho da empresa e do sector dos seguros. 

A vida do Sr. Manuel Marques Teixeira é um belo exemplo de construção de um percurso a custo de trabalho e de vontade, de um rapaz nascido a 20 de Julho de 1936 que começou a sua vida profissional muito jovem, aos 11 anos de idade, com a função de empregado comercial e que 70 anos mais tarde continua ativo como administrador de uma empresa sólida. 

Como será amanhã? Podemos apostar que amanhã verá a continuidade da linha traçada pelo Sr. Manuel Teixeira em termos da forma de lidar com as pessoas e o ambiente socioeconómico da empresa porque, com a sua neta Raquel, que se quer formar em economia, está a nascer profissionalmente a próxima geração de gestores da empresa Pereira & Santos. 
Galeria de fotografias 
Colaboradores do cash

Colaboradores das lojas Aqui é Fresco

Colaboradores do cash

Colaboradores do cash

Clientes do cash

Manuel e Maria Teixeira

Teresa - Manuel Teixeira - Edite

Cash remodelação - 2017
Caro Manuel, para ti, uma salva de palmas bem merecida! 
RB