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terça-feira, 25 de junho de 2013

Pratica de implantação de produtos

Definir a implantação de produtos não é uma tarefa fácil porque existe um conjunto de parâmetros que devem ser refletidos.

A altura das gôndolas
1-A altura das gôndolas tem um impacto nítido na implantação dos produtos, porque da altura do mobiliário depende a quantidade de metros lineares desenvolvidos (LD) disponíveis. Por exemplo: uma gôndola composta por 5 elementos de 1,20m com uma altura de 1,55m, terá um LD disponível obviamente inferior ao LD disponível de uma gôndola de 1,83m, também composta por 5 elementos com 1,20m, destinada a implantar os mesmos tipos de produtos. 
Devemos ter em mente que uma loja tem como propósito a venda de produtos e que o comprimento da oferta, ou seja a quantidade de referências propostas, depende do Linear Desenvolvido. Esta reflexão é importante para qualquer loja do retalho alimentar de pequena dimensão (LPD). No entanto, quando se trata de lojas de tipo grande supermercado e hipermercado, é normal, considerando a importância da superfície das lojas, que existam zonas equipadas com gôndolas baixas, de maneira a criar um impacto visual e uma lógica de “Shop in the shop”.

2- Nas lojas de tipo LPD, é corrente ver gôndolas baixas – de 1,55m - para, segundo os donos das lojas, permitir que qualquer cliente chegue à prateleira de cima. Este raciocínio não tem em consideração a altura de preensão efetiva das pessoas. Em Portugal, em 2010, a altura média das mulheres é de 1,62m e, a altura média dos homens é de 1,72m. Esta medida não é a medida a ter em conta, porque as pessoas não pegam nos produtos com os olhos mas sim com as mãos. Assim, em função da altura média das pessoas, e do comprimento médio de um braço, a altura de preensão seria de +/- 1,90m para as mulheres e de +/-2,00m para os homens. De facto, devemos considerar a altura de preensão tendo em conta a altura da pessoa com o braço levantado.

A estrutura das gôndolas
As gôndolas utilizadas hoje em dia são gôndolas com prateleiras alinhadas em termos de profundidade. Outrora era costume utilizar gôndolas com prateleiras em cascata; a prateleira de baixo tinha uma profundidade de 50cm e a cada nível de exposição as prateleiras eram menos profundas até chegar à parte de cima com uma profundidade de 10 ou de 15cm. Hoje estes tipos de gôndolas estão totalmente ultrapassados.

A profundidade das prateleiras
Este post sendo dedicado aos donos de loja de pequena dimensão e de supermercados, considerarei apenas as prateleiras adequadas a estes formatos.
Para as gôndolas e as murais, proponho prateleiras com 40cm de profundidade. Isto, porque esta profundidade corresponde a uma capacidade de armazenamento suficiente para evitar ruturas e sobre stock, em função de uma gestão correta dos stocks.
Para os Topos de Gôndolas, proponho prateleiras com 30cm de profundidade. Isto, porque esta profundidade corresponde ao que se pretende de um TG; um impacto visual forte e um stock reduzido, adaptado a um escoamento normal de um produto em promoção e portanto destacado.
Nos 2 casos, a profundidade das prateleiras permite o alargamento dos corredores e portanto facilita a boa circulação dos clientes na loja.

Os elementos de canto
Os cantos, sejam quais forem, não apresentam uma mais-valia significativa. Os cantos são instáveis e obrigam a alinhar as prateleiras dos elementos vizinhos com as prateleiras do canto. Esta situação complica a gestão do espaço e tem portanto um impacto na gestão do linear e da implantação. Pessoalmente, evito utilizar elementos de canto.

O alinhamento das prateleiras
A importância do LD nas lojas de grande dimensão, em conjunto com a importância das quantidades expostas, permite um alinhamento das prateleiras. Todavia, nas lojas de tipo LPD, a importância da oferta, ou seja o comprimento do sortido, depende da quantidade de prateleiras. Assim, recomendo que – para preservar um efeito estético - as prateleiras de baixo, do 1º nível, e de cima, do último nível de exposição, sejam alinhadas mas, que as prateleiras entre estas 2 extremidades sejam colocadas em função do tamanho dos produtos. Desta maneira, dois elementos seguidos poderão ter uma quantidade de prateleiras diferente, permitindo rentabilizar o espaço, satisfazer mais os consumidores e afinal aumentar as vendas e otimizar o lucro por cada m2 da loja.

Boa reflexão. A continuar….
RB

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