Provavelmente, a partir de
agora, ou os retalhistas do comércio independentes e associados têm placas de
venda de uma superfície superior a 200m2 ou, deverão enfrentar pesadas dificuldades.
As razões têm a ver com as evoluções do mercado.
Por um lado, como foi
sublinhado no "post" de 03 de Janeiro de 2016 (“2016 será um ano de viragem paraas lojas de pequena e média dimensão”), os consumidores estão a adotar novas
forma de viver. O aparecimento e o desenvolvimento do “Street food” é uma parte
visível desta mudança. O consumo, sobretudo o consumo urbano, está a evoluir. Trata-se
de uma evolução interna a Portugal, que será acompanhada por novas forma de
consumir e de se relacionar trazidas pelos imigrantes vindos do Norte para
Portugal, os recentes reformados franceses que fogem do rigor fiscal francês e
que procuram um pais calmo, com um bom clima e no qual a vida é bastante
segura.
Por outro lado, as grandes insígnias
estão a lutar para conquistar os centros urbanos e periurbanos, e para isso
implementam uma relação de proximidade excecional, utilizando as ferramentas informáticas
que possuem para desenvolver o “click and go”, uma aplicação local do “click
& collect” anglo-saxónico.
A especialização é o eixo principal de posicionamento e de desenvolvimento
As noções de proximidade e
de defesa do poder de compra dos consumidores são de facto confiscadas pelas
grandes insígnias de distribuição, através de um marketing de comunicação
agressivo.
Qual é o retalhista
independente ou do comércio associado que consegue competir em termos de proximidade,
sem ter um nível de sofisticação informático comparável às grandes insígnias?
Como combater a ideia,
falsa mas difundida, segundo a qual as insígnias de grande envergadura têm
preços de venda mais baixos?
A especialização permite um
posicionamento reconhecido e valorizado pelo mercado. A especialização permite
o desenvolvimento de serviços que fidelizam os clientes e que criam valores! A
especialização permite evitar um confronto diário desequilibrado com as grandes
insígnias da distribuição organizada!
O universo dos “Frescos” é ideal par fomentar e articular um
posicionamento de especialista.
A análise da faturação de
uma loja do retalho alimentar mostra que perto de 60% do negócio é baseada na
venda de produtos frescos. Indubitavelmente, os frescos representam o maior eixo
de especialização, o resto do sortido devendo ser reduzido e visto como uma oferta
complementar curta e pouco profunda.
Os “Frescos” englobam o
talho, a charcutaria, os queijos, a peixaria, o take-away, a padaria e a
pastelaria, os lacticínios e as frutas e legumes, cada categoria podendo ser
segmentada segundo a localização da loja e, portanto, em função do uso em
termos de segmentos frescos em L.S. ou com serviço e a peso, enlatados,
congelados.
Com sublinhado no post de 03 de Janeiro de 2016, “2016 será umano de viragem para as lojas de pequena e média dimensão”. Será necessário repensar
a forma de gerir as lojas de pequena e média dimensão em termos de layout, de
distribuição de categorias, de posicionamento, de dinâmica comercial …etc.
Esquema
Bom trabalho.
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB
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