Os hábitos estão a evoluir rapidamente no setor alimentar. A
comida, outrora preparada com os ingredientes do jardim, como as hortaliças e
as frutas, ou com a criação da casa, como o coelho, a galinha e o frango, sem
esquecer - para os habitantes do litoral - a pesca familiar, será cada vez mais
uma comida de "assemblagem", tal como nos restaurantes ou, uma comida comprada
totalmente num pronto-a-comer ao pé da casa.
Porque
é que está tendência vem para ficar e para crescer?
Simplesmente porque responde aos desejos
dos consumidores e de vários setores importantes da sociedade.
Os consumidores estão sujeitos a uma vida
extremamente stressante, causada pela necessidade de trabalhar para ganhar
dinheiro e poder ter acesso às propostas alicientes que têm todos os dias à frente
dos olhos, nos “outdoors”, na televisão, nas revistas e nas redes sociais e,
pelo tempo passado nos transportes para ir e vir do emprego. Cozinhar
diariamente tornou-se uma tarefa “chata”, opressiva, que faz perder tempo. Comprar
a comida já preparada na totalidade ou pré-elaborada para uma "assemblagem" final
em casa tornou-se a solução ideal para transformar o ato de cozinhar num
momento de lazer e festivo!
Os grupos de distribuição precisam de ter,
todos os dias, clientes nas suas lojas, com vontade de comprar a totalidade do
dia de Vida que é o que lhes proporciona a venda de uma solução alimentar preparada
ou pré-preparada. Portanto, eles seguem e até dinamizam a evolução dos hábitos
alimentares e, fazem evoluir os seus universos e as suas gamas de produtos. Os supermercados
de cidade, das insígnias líderes, estão agora todos a propor um layout que
articula claramente a SOLUÇÃO ALIMENTAR.
Os industriais dos setor alimentar estão a
organizar a cadeia de produção, na dupla perspetiva de poder responder ao
mercado e de maximizar os ganhos. Responder ao mercado implica ter uma
capacidade produtiva forte, para alimentar os milhões de indivíduos das cidades
e, maximizar os benefícios implica uma gestão apertadíssima dos custos. Portanto
a montante, a pressão da quantidade a produzir cria explorações agrícolas gigantescas
e a pressão dos lucros obriga a procurar a solução mais económica para
transformar quase toda, se não for toda, a matéria-prima em produtos de consumo
final. A evolução dos hábitos alimentares é para os industriais uma verdadeira bênção!
Esta tendência chegou para ficar e vai tornar-se a norma. Os
donos de lojas do setor do retalho alimentar de pequena dimensão devem saber
que fechar os olhos não vai fazer desaparecer os novos padrões de vida. Eles devem
preparar as suas lojas para acompanhar estas evoluções e prever a remodelação
dos seus “layouts” para incorporar mais SOLUÇÕES ALIMENTARES preparadas ou
pré-preparadas.
Na mesma ótica, as organizações grossistas devem fazer evoluir a
sua oferta de maneira a oferecer aos seus clientes retalhistas um acompanhamento
em termos de marketing e de equipamentos e, as gamas que correspondem a estas
evoluções.
Esquema
Os
retalhistas não podem fechar os olhos sobre esta evolução sem tomar o risco de
perder diariamente um fluxo importante de clientes e, em consequência, uma
parte significativa da sua faturação. Bom
trabalho e boa reflexão
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB
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