Estamos a viver um momento estranho. Por um lado, Portugal está
ainda numa situação financeiro-económica difícil, a dívida do país contínua
elevadíssima e sem perspetivas de grande melhoria a curto prazo e, por outro
lado, o lado dos consumidores, estamos a assistir de novo a um comportamento de
consumo híper-dinâmico.
Com certeza, haverá consequências ao nível do mercado dos
retalhistas do setor alimentar.
Durante
o período de crise intensa, no intervalo 2008/2014, vimos uma tendência de
redescoberta do comércio de proximidade. Os consumidores, assustados com a brutal
queda da economia portuguesa e a colocação do país sob a tutela de organismos
europeus e internacionais, originando a perda significativa de rendimento, para
largos segmentos da população, voltaram a descobrir a “lojinha do lado”, para
pouparem nas despesas de alimentação e de gasolina com a deslocação a lojas de
maior dimensão mas mais longe.
Durante
os últimos dois anos, o setor imobiliário voltou a crescer, chegando a níveis
de atividade superior ao período ante crise. Se as informações difundidas estão certas,
em 2016, 20.000 casas teriam sido vendidas a Franceses em Portugal. A este
número devem ser acrescentadas as vendas feitas a Suecos, Ingleses, Chineses,
etc..
Estas pessoas vieram a Portugal para
“sentir” o mercado, e ver se podiam viver aqui, tendo-se notado no Verão de
2016 uma explosão turística. Isso originou de repente uma dinâmica do comércio
alimentar de proximidade.
Portanto,
durante a última década, 2 elementos fortes funcionaram como vantagens reais
para os retalhistas independentes do setor alimentar.
Os retalhistas que souberam
aproveitar desta bonança para reorganizar a sua loja, redefinir o seu layout,
articular uma pertinente e coerente distribuição de categorias, reimplantar os
produtos de forma a privilegiar uma boa leitura da oferta mercadológica
proposta, podem contar com momentos favoráveis e portadores de expetativas positivas
para o futuro.
Para os retalhistas que não
fizeram nada, e que não aproveitaram esta bonança para melhorar o rosto do seu
negócio, os dias a vir serão muito nublados e mesmo críticos.
O comportamento do consumidor resulta da sua perceção do valor do
produto. O consumidor não quer o mais barato, ele quer o melhor ao melhor
preço!
Esquema
Nunca é tarde
de mais para reagir!
Contatos
úteis:
UniMark,
Crl: No link seguinte, procurem o grossista associado da UniMark que estiver mais
perto da sua loja. http://unimark.pt/contactos
Aqui é Fresco: Procurem no link seguinte o grossista e o vosso interlocutor
privilegiado para conhecer a Rede Aqui é Fresco, e o conceito desenvolvido por
esta insígnia especializada no comércio retalhista associado. http://aquiefresco.com/contactos
Bom
trabalho e boa reflexão
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB
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