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sexta-feira, 2 de junho de 2017

Não, eu não concordo!

Agora está na Lei; deficientes e grávidas têm sempre prioridade nas filas e nos supermercados, a prioridade impõe-se seja qual for a caixa. Afinal, esta Lei penaliza e é discriminativa para muitas pessoas. 

Concordar com este Lei é fácil. Quem é que não quer ser bom para o próximo? A maioria das pessoas preocupa-se genuinamente com o bem-estar das pessoas que a rodeiam. Os exemplos não faltam, basta ver o sucesso das recolhas para o Banco Alimentar e de outros donativos feitos para dar a quem precisa. 

Mas ver os limites desta Lei também é muito fácil. Se por um lado esta Lei visa ajudar pessoas com dificuldades, por outro lado ela é totalmente cega em relação às necessidades de muitas outras pessoas e aos abusos de direito! 
Milhares de pessoas passam o dia a correr para pôr as crianças e ir buscá-las à escola, levá-las à explicação, às atividades paraescolares, para fazer o jantar, tratar da casa, da roupa …etc., sem falar de tantas outras pessoas que, porque vivem longe do sítio onde trabalham, devem imperativamente gerir o tempo de deslocação para evitar os momentos de maior transito. Lembro-me de uma mãe solteira que vivia na Margem Sul e que devia acordar o seu filho de 4 anos todos os dias da semana à 4h da manhã. Uma criança que já com 4 anos tinha olheiras de uma pessoa adulta! Estas pessoas não deveriam ser prioritárias e, não deveriam ser ainda mais prioritárias do que muitas grávidas? 
Porque de verdade - e penso que muitos leitores deste “Post” concordarão com o seguinte - muitas pessoas abusam de um direito que lhes proporciona uma Lei insatisfatória. Quantas vezes se veem idosas passar à frente, fazendo prevalecer a sua condição, e depois ficarem já fora das caixas, de pé, a falar tempo sem contar com conhecidos?! Quantas vezes se veem grávidas fazer prevalecer a sua condição e depois vê-las em outra ocasiões a saltar, nadar, jogar à bola na praia! Os exemplos não faltam. Regularmente, parece-me a mim que as crianças são levadas às compras como sendo uma chave, um meio de regatear e poder passar à frente de toda a gente. 

Verdade seja dita, também há idosas e grávidas que não fazem prevalecer a sua condição porque se calhar não se sentem pessoas assim tão diminuídas, e eu faço votos para que seja essa a razão principal. Mas também se veem muitos empregadas(os) de caixa a chamar essas pessoas para que passem à frente, prejudicando desta forma as pessoas que estiverem à frente delas, pessoas que se calhar têm imperativos de vida também pesados e tão importantes como a gravidez ou a idade. 

Se o legislador quer favorecer a natalidade, em vez de dar prioridade às grávidas em todas as caixas como bónus, que se debruce sobre os meios de proporcionar um bom futuro às gerações vindouras sem penalizar as outras franjas de população; as mães ficarão agradecidas! 

Boa reflexão 
O seu sucesso está nas suas mãos! 
RB

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