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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

A escolha é simples - Mutação ou Desaparecimento do retalho alimentar independente e/ou associado!

Estamos a viver um momento como nunca visto em termos de retalho alimentar. Um momento de verdadeira rutura! Uma rutura profunda provocada pela evolução dos estilos de vida dos consumidores, e as evoluções ou melhor dizendo as revoluções permanentes e ultra rápidas das tecnologias e do contexto concorrencial. 

As lojas herdades dos anos 80 estão a morrer 
No interior do país, as mercearias antigas, que não souberam acompanhar as evoluções, estão a morrer. As razões são a inadaptação das lojas em termos visuais, de sortido, e dos equipamentos, a vinda de insígnias de grupo de distribuição organizados, o envelhecimento da população que vê crescer o fornecimento a domicílio de comida pronta elaborada por associações de apoio às pessoas da terceira idade. 
As cidades foram santuários do retalho de pequena dimensão durante décadas porque os custos de distribuição eram elevados e o preço do metro quadrado de espaço era proibitivo. Mas, após terem completado a malhagem dos subúrbios, os grupos de distribuição instalaram-se duravelmente no coração dos bairros. 
O retalho alimentar independente preferiu vociferar contra os hipermercados que cercavam as cidades mas que não eram concorrentes diretos dos bairros intramuros, que de reforçar a sua posição em termos qualitativos. 

As fórmulas do comércio evoluíram 
No decorrer dos últimos 40 anos o comércio retalhista viu florescer novas fórmulas comerciais. Às mercearias ao estilo de outrora, as mercearias com balcão de atendimento, juntaram-se as mercearias em livre-serviço, os minimercados, os supermercados, os hipermercados, as lojas de hard-discount e agora, o comércio on-line proposto pelos grupos de distribuição clássicos e os “pure players”, dos quais a empresa norte-americana Amazon é a representante mais conhecida. Como já foi dito no blog Alojadaminharua, O mercado é um mil folhas (ver post https://alojadaminharua.blogspot.pt/2016/11/o-mercado-e-um-mil-folhas.html); os diferentes formatos de lojas e as diferentes fórmulas comerciais vão coexistir. Todavia, devemos ser lúcidos, não sobreviverão as lojas, feias, sujas, mal equipadas, com um sortido inadequado, dirigidas por um dono totalmente ultrapassado. Não! Não haverá espaço para esta tipologia de comércio! 

A mutação é inelutável 
É cada vez mais claro que, no retalho alimentar independente e/ou associado, uma mutação é inelutável. 
1-O layout das lojas deverá ser adequado à localização da loja. A época de um layout nacional igual, de Norte a Sul de Portugal, acabou. Até numa metrópole  como Lisboa ou Porto, o layout de uma loja terá de ser refletido em função da sua localização ou seja, em função da tipologia da zona; 
2-O sortido de uma loja deverá ser refletido da mesma forma; não em função de um esqueleto nacional mas sim em função da tipologia dos ocupantes reais e observados da zona; 
3-A política de serviços incluindo os horários de abertura da loja, o atendimento específicos dos clientes em determinadas seções, os serviços complementares, deverá ser também ajustada à realidade da localização da loja. 
4-As novas tecnologias devem entrar nas lojas e fazer parte das ferramentas marketing de animação do Ponto de Venda. O folheto papel é um meio de comunicação e apenas um! Os consumidores, na sua grande maioria, têm um smartphone ou um tablet e, uma grande parte de população está presente nas redes sociais. A maioria dos consumidores vive o dia-a-dia conectada! As lojas do retalho alimentar independente e/ou associado não podem continuar a viver “na pré-história” da distribuição. 
A mutação é inelutável! 
Boa reflexão, 
O seu sucesso está nas suas mãos! 
R

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