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domingo, 18 de março de 2018

Eu insisto – “a Data” é incontornável!


Segundo o feedback obtido, “o post” da semana parece não ter deixado ninguém indiferente. O meu propósito quando escrevo um artigo no blog é sugerir uma reflexão em relação a um tema que acho relevante para os meus clientes, quer grossistas quer retalhistas. Se o nosso mercado está sempre em movimento, temos forçosamente de constatar que ultimamente o movimento tornou-se bastante rápido ou seja, perder o comboio pode ser fatal. 

Portanto, insisto no ponto seguinte: As centrais de compras vão ter de fazer evoluir o seu modelo de negócio. 
A negociação é uma responsabilidade pesada para qualquer central de compras. É um facto adquirido mas, o modelo de negócio deve evoluir no sentido de criar um polo com a responsabilidade de gestão de “DADOS
Observando os negócios dos GAFA – Google, Amazon, Facebook, Apple – podemos observar que em termos operacionais estes grupos “sugam” toda a informação que podem em relação a qualquer individuo que faça um click numa página que esses grupos gerem. 
Há a informação que os indivíduos fornecem para abrir uma conta
- nome, apelido, data de nascimento, país de residência, contato telefónico e mail, morada, setor de atividade, profissão, etc.; 
Há a informação que os indivíduos fornecem para pagar
- utilizador de Paypal, Visa, Amex, Mastercard, transferência bancária, etc.; 
Há a informação que os indivíduos fornecem para receber as suas compras- Morada de entrega, dias desejados para a entrega, hora de entrega, etc.; 
Mas também porque a Internet é um Mundo que suga e memoriza tudo. Através das aplicações - “as apps”- , os indivíduos dão acesso às suas atividades, aos seus passatempos, aos seus vícios tais como beber álcool, fumar, aos alimentos que compram e que comem, aos seus hábitos de vida tais como ser ou não praticantes de desporto, consumidores de bens culturais, cinema, teatro, concertos, etc. 
Os exemplos supra representam apenas uma amostra curta de todo o leque das informações recolhidas sobre qualquer indivíduo, pelas empresas que percebem da importância da “Data”. 

Atualmente, os gigantes da Internet são provavelmente os melhores “profilers” dos mercados onde atuam. Uma grande parte dos seus rendimentos vem da venda de bases de dados extremamente valiosas para os estados, a indústria, as empresas de serviços, etc. 

Como existe a palavra subcontratante, os majores da Internet, que possuem uma base de dados consistente, autoproclamam-se “sobrecontratante”. A mensagem não pode ser mais clara: “se quer fazer negócio, tem de entrar na minha rede e acatar as minhas condições de acesso aos consumidores que deseja!” 
Esquema 
Falando recentemente do impacto atual e futuro da Internet no comércio e, falando de conceitos como a loja Amazon Go, alguém me disse: “Eles estão muito à frente”…. Eu respondi:” Eles não estão à frente, eles estão no presente e nós estamos muito atrás!”. 

Boa reflexão e bom trabalho,
O seu sucesso está nas suas mãos! 
RB

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