Em Portugal, a densidade do aparelho
comercial é tal que os comerciantes ou os gestores devem ter uma abordagem
abrangente das lojas que gerem. É preciso lembrar que uma loja é um produto proposto
a um mercado de consumidores num espaço geográfico determinado.
Uma loja é um produto proposto a consumidores
Se uma loja é a obra da
determinação de uma pessoa, ela tem como vocação a satisfação dos outros, estes
outros sendo, numa visão angélica, todos os consumidores que vivem ou passam a
maior parte do dia à sua volta. No absoluto, a ideia é a plena satisfação dos
consumidores e a captação de 100% do mercado.
O problema é que no mesmo
espaço geográfico, no mesmo território, outros comerciantes, donos de outras
lojas quererem chegar ao mesmo objetivo!
A única solução, para liderar
o mercado, é apresentar a melhor proposta de satisfação aos consumidores do território.
O comerciante deve dar a conhecer a
existência da sua loja
A ideia é simples mas
tantas vezes ignorada, deixando assim o mercado aberto para quem se dá ao
trabalho – e também ao custo – de colocar setas de direção nas redondezas da
loja para indicar aonde a mesma se se encontra.
Num país onde o turismo tem
um lugar de destaque, tornar visível a loja no seu território deveria ser um “B+A=BA”
da ação do comerciante. Os turistas que vêm passar alguns dias de férias em
Portugal têm mais que fazer do que perder tempo à procura de uma loja. Quem é visível
é servido em primeiro.
O comerciante deve cuidar do aspeto exterior
da sua loja
Se os comerciantes concordam
com o facto de que o primeiro contato visual é de extrema importância, porque pode
despertar sensações positivas ou negativas, eles deveriam zelar para que a sua
loja vista de fora seja sedutora. Muitas vezes não é o caso!
O aspeto da fachada, do
toldo, dos equipamentos de exposição exterior dos produtos, da iluminação,
conjugados com o nível de higiene e de limpeza indicam, do lado de fora da loja,
o que o consumidor encontrará no interior da loja.
Seduzir tem as suas regras.
O interior da loja deve ser coerente com a
imagem divulgada no exterior
Existe uma prática que
consiste em fazer um “refresh” do exterior da loja sem mexer no interior, é um
erro crasso!
A sedução implica uma promessa de satisfação,
de alegria, de felicidade. Uma promessa não cumprida é considerada como uma traição
e, a traição leva à rejeição.
Assim, o interior da loja
deveria ser regularmente alvo de remodelação, de um “refresh”, capaz de
comunicar vida, dinâmica, modernidade, etc. aos clientes da loja. As gôndolas
que têm mais de 15 anos de vida deveriam ser substituídas, os balcões do talho,
da charcutaria e até os check-out deveriam ser regularmente substituídos.
Aliás, na medida em que
vivemos num mercado em constante movimento, que implica o aparecimento de novos
produtos e de novas formas de consumir, o “refresh” do interior das lojas
deveria ser uma evidência.
Os estudos de mercado
apontam para um desejo bastante forte dos consumidores em comprar mais perto de
casa, em lojas de tamanho humano mas, nenhum estudo aponta para um desejo dos consumidores
em ser clientes de uma loja velha, mal iluminada, malcheirosa e mal organizada!
Boa
reflexão e bom trabalho,
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB
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