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terça-feira, 9 de outubro de 2012
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Os grossistas são interlocutores chave
Os
elementos conjunturais (a crise económica financeira) e os elementos estruturais
(a organização do setor e a atomização de empresas demasiadas pequenas e ainda
familiares), provocam turbulências no universo grossista português.
No entanto
os grossistas são
interlocutores chave que permitem ligações comerciais entre
produtores e uma multidão de retalhistas.
Para os
produtores ou fornecedores, os grossistas representam a possibilidade de ter
acesso a um escoamento dos seus produtos em numerosos territórios onde os
grupos da distribuição organizada não estão presentes e, permitem um acesso a
lojas de bairro e de rua nas cidades, que funcionam em complemento dos grupos
organizados. O processo é um processo de tipo afunilamento invertido, onde a
partir de um contato com uma central de compra grossista e/ou alguns contatos
com os respetivos grossistas, os fornecedores conseguem abastecer um leque
alargado de lojas.
Para os retalhistas,
os grossistas representam a possibilidade de comprar num só sitio a maioria das
mercadorias de que precisam para vender nas suas lojas. O retalhista pode assim
poupar tempo nas compras para se dedicar mais à GESTÂO do seu PONTO de VENDA.
Assim os destinos
de ambos parecem totalmente ligados, e a sobrevivência de um é a razão “sine qua none” da sobrevivência do outro.
O grossista deve cuidar:
×
Do seu território, e neste quadro fazer viver
o seu mercado;
×
Dos seus clientes retalhistas estabelecidos
que precisam de um apoio diário nas suas compras de mercadorias para revender
de forma lucrativa;
×
Dos seus clientes retalhistas estabelecidos,
em termos de acompanhamento técnico para o fortalecimento do negócio a retalho;
×
Dos novos retalhistas quando estes precisam
de encontrar um parceiro de negócio, capaz logo à partida de lhes proporcionar
um apoio em todos os aspetos do negócio;
O retalhista deve:
×
Utilizar o seu grossista como sendo o seu
armazém;
×
Evitar multiplicar o número de grossitas
fornecedores da sua loja pois isso não ajuda a loja, ao contrário penaliza a
mesma;
×
Informar e formar-se em termos de pontos de
gestão críticos para o acompanhamento diário das performances da sua loja;
×
Partilhar informações com o seu grossista sobre
o seu mercado, para se envolver na dinâmica comercial e marketing do grossista:
ambos têm muito a ganhar com isso;
×
Envolver-se em parceria de rede para trocar
ideias, debater ideias e afinal trabalhar em conjunto com outros colegas num
espírito de desenvolvimento e de fortalecimento de cada negócio.
O caminho
está traçado para ambos, grossista e retalhista, basta apenas seguir o trilho…
RB
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Consultoria técnica OPV "Organização do Ponto de Venda"
No
seguimento de pedidos de informações neste sentido, apresento os 3 pontos de
consultoria em termos de OPV “Organização do Ponto de Venda” que desenvolvo
para os meus clientes.
Devo no
entanto sublinhar que o ponto de partida é a partilha de um mesmo objetivo, que
consiste na procura do sucesso do Ponto de Venda.
Também,
no que me diz respeito, preciso que as relações estabelecidas com o dador de
ordem, em geral o retalhista ou um grossista, sejam francas, diretas, e que a
palavra dada tenha o mesmo valor do que um contrato assinado.
A
planta do layout da placa de venda
Tarefas: A partir de uma dada loja, fazer o layout específico que for mais adaptado
às características arquiteturais e geométricas dessa loja.
§ Determinar o
circuito cliente. Definir de forma geral como articular o espaço em função das
limitações quer técnicas, quer legais, quer de arquitetura.
§ A partir da entrada
da loja até às caixas de pagamento, organizar a deslocação dos clientes.
§ Favorecer um bom ambiente de compra para os potenciais “buyers”.
Nota 1: O trabalho de elaboração da planta tem a ver com o layout da placa de
venda. Em termos dos pontos específicos, tais como as secções com serviço como
por exemplo o talho, a charcutaria, a pastelaria, a peixaria, a
responsabilidade técnica será da empresa fornecedora de equipamento e/ou do
técnico do Haccp.
Nota 2: A planta proposta poderá ser alterada se surgirem dificuldades de ordem
técnica inultrapassáveis.
Nota 3: A altura das gôndolas e das murais será indicada, para que a empresa
fornecedora de equipamento possa orçamentar corretamente o equipamento necessário.
Nota 4: A montagem do equipamento e os cuidados relativos à segurança e às normas
legais são da responsabilidade dos fornecedores de equipamento.
A
distribuição das categorias de produto
Tarefas: Definir no
papel o encadeamento das diferentes categorias tendo em conta o circuito do
cliente, e a necessária maximização das vendas.
▪ Definir de forma macro a repartição dos universos
e, subsequentemente as respetivas categorias principais.
▪ A distribuição das categorias de produtos diz
respeito ao encadeamento das categorias de forma coerente, de maneira a
reforçar o impacto do circuito. À saber que o objetivo deste trabalho é tornar
cada consumidor que entra na loja, um comprador, um “buyer” a 100%.
▪ Esta prestação é complicada e leva o seu tempo
porque envolve cada corredor da loja.
O
acompanhamento da implantação física dos produtos
Tarefas: No terreno,
juntamente com os colaboradores do dono da loja, participar e liderar a
implantação física da mercadoria no respetivo linear.
Nota 1: O número de dias de trabalho pressupõe de forma
imperativa a colocação à disposição de uma equipa de trabalhadores pela empresa
cliente.
Nota 2: Os dias de trabalho são de 8h. Cada hora
suplementar será acrescentada à fatura.
RB
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Os produtos de Primeiro Preço
Os produtos
de primeiro preço fazem parte da tipologia dos produtos e apresentam as
seguintes características:
•
Resposta às
dificuldades económicas das famílias;
•
Resposta para os
consumidores espertos;
• Resposta às evoluções
das exigências de qualidade por parte dos consumidores. O consumidor pode ser
comprador de produtos de Marca líder, de Marca do distribuidor “MDD”, ou de 1º
preço segundo o momento, ou o modo de utilização do produto.
•
Resposta ao Hard-discount
como a Lidl, o Minipreço…etc;
• Em contrapartida de
um preço baixo, os produtos 1º preço apresentam em geral uma qualidade inferior
aos outros produtos de Marca Nacional ou Internacional, ou do distribuidor. Quanto
maior for o valor acrescentado, mais importante será esta diferença qualitativa.
A crise
que assola Portugal desde 2008 provocou uma redistribuição da
representatividade das marcas no cabaz de compras, com as marcas MDD a avizinhar
os 40% e as marcas de primeiro preço os 4%, e a tendência aponta para um
aumento destes valores. De facto, as promessas de mais aperto fiscais, o
aumento do desemprego e a pressão sobre os salários vão acentuar ainda mais esta
tendência.
Parecem existir
no mercado várias reflexões no que respeita ao futuro dos primeiros preços.
- Há quem acredite no seu desaparecimento,
sábado, 22 de setembro de 2012
domingo, 16 de setembro de 2012
Defender o retalho alimentar independente
O retalho
independente está a viver momentos muito complicados, sob os efeitos conjugados
da crise financeira e económica global, da modificação do setor da distribuição
grossista e retalhista, e do aumento do nomadismo dos consumidores em
consequência das solicitações repetidas dos grupos mais fortes e mais
organizados.
O retalho independente atual está numa encruzilhada, porque tem
de sair de uma época ultrapassada e entrar claramente no futuro.
Os
principais males atuais do retalho alimentar independente de pequena dimensão que
devem ser resolvidos são:
- O
envelhecimento da profissão, com muitos retalhistas de idade superior a 60
anos;
- A má
localização de muitas lojas, outrora bem situadas mas que por várias
razões - como a alteração do trânsito nas cidades, a extensão das ruas, a
criação de novos bairros, a alteração das atividades económicas das zonas, o
envelhecimento da população…etc. – passaram a estar pessimamente situadas;
- A fraca
formação comercial dos retalhistas que os impossibilita de acompanhar o
mercado, e de competir com os outros intervenientes no mercado.
Em defesa de uma regeneração do retalho alimentar independente
devem ser apoiadas:
- A nova
onda de empresários que está a aparecer, porque a vida tem horror do vazio;
- Pessoas
com vontade de trabalhar por conta própria, com a capacidade de assumir riscos
e de trabalhar muito, e portanto de se tornarem retalhistas independentes de
grande interesse;
- As redes
grossistas que promovem o retalho alimentar, e que permitem uma sã concorrência
contra os grupos de comércio integrado;
- As
organizações que defendem o livre empreendedorismo e apoiam as pequenas e médias
empresas, familiares, inseridas em meios pequenos ou em mercados locais, capazes
de trabalhar para o desabrochamento das pessoas e da comunidade onde estão
inseridas.
RB
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