Os
elementos conjunturais (a crise económica financeira) e os elementos estruturais
(a organização do setor e a atomização de empresas demasiadas pequenas e ainda
familiares), provocam turbulências no universo grossista português.
No entanto
os grossistas são
interlocutores chave que permitem ligações comerciais entre
produtores e uma multidão de retalhistas.
Para os
produtores ou fornecedores, os grossistas representam a possibilidade de ter
acesso a um escoamento dos seus produtos em numerosos territórios onde os
grupos da distribuição organizada não estão presentes e, permitem um acesso a
lojas de bairro e de rua nas cidades, que funcionam em complemento dos grupos
organizados. O processo é um processo de tipo afunilamento invertido, onde a
partir de um contato com uma central de compra grossista e/ou alguns contatos
com os respetivos grossistas, os fornecedores conseguem abastecer um leque
alargado de lojas.
Para os retalhistas,
os grossistas representam a possibilidade de comprar num só sitio a maioria das
mercadorias de que precisam para vender nas suas lojas. O retalhista pode assim
poupar tempo nas compras para se dedicar mais à GESTÂO do seu PONTO de VENDA.
Assim os destinos
de ambos parecem totalmente ligados, e a sobrevivência de um é a razão “sine qua none” da sobrevivência do outro.
O grossista deve cuidar:
×
Do seu território, e neste quadro fazer viver
o seu mercado;
×
Dos seus clientes retalhistas estabelecidos
que precisam de um apoio diário nas suas compras de mercadorias para revender
de forma lucrativa;
×
Dos seus clientes retalhistas estabelecidos,
em termos de acompanhamento técnico para o fortalecimento do negócio a retalho;
×
Dos novos retalhistas quando estes precisam
de encontrar um parceiro de negócio, capaz logo à partida de lhes proporcionar
um apoio em todos os aspetos do negócio;
O retalhista deve:
×
Utilizar o seu grossista como sendo o seu
armazém;
×
Evitar multiplicar o número de grossitas
fornecedores da sua loja pois isso não ajuda a loja, ao contrário penaliza a
mesma;
×
Informar e formar-se em termos de pontos de
gestão críticos para o acompanhamento diário das performances da sua loja;
×
Partilhar informações com o seu grossista sobre
o seu mercado, para se envolver na dinâmica comercial e marketing do grossista:
ambos têm muito a ganhar com isso;
×
Envolver-se em parceria de rede para trocar
ideias, debater ideias e afinal trabalhar em conjunto com outros colegas num
espírito de desenvolvimento e de fortalecimento de cada negócio.
O caminho
está traçado para ambos, grossista e retalhista, basta apenas seguir o trilho…
RB
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