A aceleração das vendas de MDD e dos
1ºPreço é patente - Os 2 segmentos fazem
parte da política de marca dos distribuidores e, por consequência, fazem parte
de um misto interno de cada insígnia, no qual pode existir uma política
diferenciada entre MDD e 1º Preço ou uma política global de marca própria em
que há uma mistura tática dos 2 subsegmentos.
Provavelmente a situação atual não agrada a
ninguém;
Nem ao distribuidor, que não está
interessado em tornar-se líder de categoria porque não quer ter as obrigações
que esta situação acarreta (Inovar, fazer crescer a categoria, comunicar,
propor novos segmentos ou subsegmentos, analisar o mercado e as sua tendências
e agir), pois o distribuidor quer ser apenas seguidor, ser apenas a pedra no
sapato do fornecedor líder;
Nem ao fornecedor, que precisa de
fazer viver as suas marcas, rentabilizar as suas equipas, as suas fábricas, e
liderar os segmentos no qual atua;
Mas também não
agrada às empresas de comunicação, independentemente da respetiva
especificidade, que precisam das receitas da comunicação das marcas para viver…
e lucrar.
Prospetiva
As ferramentas informáticas, ferramentas
modernas em pleno crescimento, estão a colocar o conjunto da sociedade num
ambiente do “e-viver”. Hoje quem não
aceita a Internet como
meio de partilhar, conviver, amar, refletir, agrupar….e todas as outras vertentes outrora privadas e sociais da vida das pessoas, coloca-se a si próprio à margem da sociedade.
meio de partilhar, conviver, amar, refletir, agrupar….e todas as outras vertentes outrora privadas e sociais da vida das pessoas, coloca-se a si próprio à margem da sociedade.
Porquê abordar este ponto? Porque nos próximos
4/5 anos, é mais do que provável que o acesso ao consumidor seja bem diferente,
porque o televisor já não é um recetor apenas de imagem mas sim um computador.
Portanto, vamos passar de uma comunicação de massa a uma comunicação
diferenciada, segundo as características de cada utilizador da Internet. Tal
como atualmente, em função das nossas pesquisas e das nossas compras na
Internet, aparecem “flyers” e “banners” e outras publicidades nos nossos
computadores que nos visam diretamente, iremos receber nos nossos “televisores
- computadores” publicidades individualizadas, adaptadas a cada um de nós.
Os fabricantes vão com certeza utilizar
estas evoluções para fazer viver as suas marcas, as suas assinaturas. Os
fabricantes são experientes no campo da comunicação e sabem muito bem gerir a
dupla “desejos dos consumidores e características dos produtos”. Se os
distribuidores quiserem seguir os fabricantes, eles deverão colocar estas
despesas nos produtos e portanto perderão ou a rentabilidade ou os clientes!
No quadro do retalho alimentar de pequena
dimensão, do comércio independente e associado, a concentração da população nos
grandes centros urbanos (no caso português) joga bastante a favor das marcas de
fabricantes.
Uma reflexão sobre este tema parece-me incontornável
para todos os grupos de distribuição e mais ainda para as centrais grossistas
cuja atividade está muitíssima ligada ao futuro dos retalhistas independentes,
sobretudo donos de LPD (Loja de Pequena Dimensão).
RB
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