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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Prospetiva - Marcas de fornecedores versus MDD… Amanhã será diferente?

Ponto da situação
A aceleração das vendas de MDD e dos 1ºPreço é patente - Os 2 segmentos fazem parte da política de marca dos distribuidores e, por consequência, fazem parte de um misto interno de cada insígnia, no qual pode existir uma política diferenciada entre MDD e 1º Preço ou uma política global de marca própria em que há uma mistura tática dos 2 subsegmentos.

Provavelmente a situação atual não agrada a ninguém;

Nem ao distribuidor, que não está interessado em tornar-se líder de categoria porque não quer ter as obrigações que esta situação acarreta (Inovar, fazer crescer a categoria, comunicar, propor novos segmentos ou subsegmentos, analisar o mercado e as sua tendências e agir), pois o distribuidor quer ser apenas seguidor, ser apenas a pedra no sapato do fornecedor líder;

Nem ao fornecedor, que precisa de fazer viver as suas marcas, rentabilizar as suas equipas, as suas fábricas, e liderar os segmentos no qual atua;

Mas também não agrada às empresas de comunicação, independentemente da respetiva especificidade, que precisam das receitas da comunicação das marcas para viver… e lucrar. 

Prospetiva

As ferramentas informáticas, ferramentas modernas em pleno crescimento, estão a colocar o conjunto da sociedade num ambiente do “e-viver”. Hoje quem não aceita a Internet como
meio de partilhar, conviver, amar, refletir, agrupar….e todas as outras vertentes outrora privadas e sociais da vida das pessoas, coloca-se a si próprio à margem da sociedade.

Porquê abordar este ponto? Porque nos próximos 4/5 anos, é mais do que provável que o acesso ao consumidor seja bem diferente, porque o televisor já não é um recetor apenas de imagem mas sim um computador. Portanto, vamos passar de uma comunicação de massa a uma comunicação diferenciada, segundo as características de cada utilizador da Internet. Tal como atualmente, em função das nossas pesquisas e das nossas compras na Internet, aparecem “flyers” e “banners” e outras publicidades nos nossos computadores que nos visam diretamente, iremos receber nos nossos “televisores - computadores” publicidades individualizadas, adaptadas a cada um de nós.

Os fabricantes vão com certeza utilizar estas evoluções para fazer viver as suas marcas, as suas assinaturas. Os fabricantes são experientes no campo da comunicação e sabem muito bem gerir a dupla “desejos dos consumidores e características dos produtos”. Se os distribuidores quiserem seguir os fabricantes, eles deverão colocar estas despesas nos produtos e portanto perderão ou a rentabilidade ou os clientes!

No quadro do retalho alimentar de pequena dimensão, do comércio independente e associado, a concentração da população nos grandes centros urbanos (no caso português) joga bastante a favor das marcas de fabricantes.

Uma reflexão sobre este tema parece-me incontornável para todos os grupos de distribuição e mais ainda para as centrais grossistas cuja atividade está muitíssima ligada ao futuro dos retalhistas independentes, sobretudo donos de LPD (Loja de Pequena Dimensão).

RB

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