Nos últimos anos, a economia Portuguesa viveu sobressaltos fortes.
Uma crise severa que esmagou muitas famílias, e um movimento extraordinário de
euforia em grande parte ligada à explosão das atividades turísticas e imobiliárias.
Estes dois momentos opostos foram excelentes para muitos retalhistas donos de
lojas de pequena e média dimensão. Para muitos retalhistas, temo que este período
tenha ficado marcado apenas como o período das oportunidades desperdiçadas.
Olhando
para o que aconteceu
Os consumidores não voltaram às lojas que
ficavam perto das suas casas porque afinal se relembraram que gostavam dos
retalhistas, das suas pequenas lojas, dos produtos ali vendidos. Não! Os consumidores
voltaram às lojas de bairro, situadas ao pé das suas casas, porque não queriam
gastar dinheiro suplementar em gasolina e também porque o número de referências
nas lojas pequenas sendo menor, a tentação de comprar também o é. O corte nos
ordenados e os sacrifícios profundos anunciados para as próximas décadas tetanizaram,
e isso é totalmente percebível, a grande maioria dos cidadãos.
Os novos consumidores estrangeiros, vindos com
a onda de compra de casas em Portugal, foram clientes das lojas de proximidade
numa primeira ou segunda visita a Portugal porque ali encontravam os produtos básicos
necessários para uma estadia curta, e também porque para muitos deles o comércio
de merceeiro lhes fazia relembrar uma época acabada na terra deles.
A
bonança podia ter sido utilizada para reorganizar as lojas
O período era ideal para reorganizar os
pontos de venda, investir em novos equipamentos, rever a oferta comercial. Para
muitos retalhistas os consumidores tinham voltado à loja porque eles gostavam
dela assim! Em consequência, nada se fez. A ilusão foi demasiada forte!
Caronte vai ter muito trabalho
De facto, vamos assistir a
uma vasta saída de lojas do mercado do retalho alimentar de pequena e média
dimensão. Entre as lojas detidas por retalhistas demasiado velhos para continuarem
em atividade, as lojas sem capacidade de faturar o suficiente para pagar as
contas mínimas de energia e fiscais, e as lojas situadas em zonas de despovoação,
Caronte vai ter pouco tempo para descansar.
Mas, o mercado está sempre em movimento
No blog “A loja da minha rua”, já escrevi numerosas vezes sobre o movimento sem fim do mercado. O desaparecimento de certas lojas não significa o fim das lojas de pequena e média dimensão; significa apenas o fim de certas lojas, detidas por certos retalhistas, em certos sítios.A vontade de criar o seu próprio negócio é forte em certas pessoas que vão entrar nesse mercado com o intuito de vencer e de ter uma boa vida.
No blog “A loja da minha rua”, já escrevi numerosas vezes sobre o movimento sem fim do mercado. O desaparecimento de certas lojas não significa o fim das lojas de pequena e média dimensão; significa apenas o fim de certas lojas, detidas por certos retalhistas, em certos sítios.A vontade de criar o seu próprio negócio é forte em certas pessoas que vão entrar nesse mercado com o intuito de vencer e de ter uma boa vida.
Serão novas pessoas, com
uma energia nova, forte e pronta a ser utilizada e, viradas para as ideias
novas que hoje fazem a diferença.
O retalho de pequena e média dimensão está em movimento, um
movimento sem fim!
Boa
reflexão,
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB
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