O apoio a domicílio dos idosos no interior do país
No interior do país, em
zonas de população envelhecida, as grandes insígnias de distribuição não são as
únicas a estrangular o retalho tradicional de pequena dimensão, pois as
empresas ou organizações de apoio dos idosos a domicílio representam uma
concorrência suplementar em pleno desenvolvimento. Entre a concorrência de lojas
organizadas e agradáveis que sabem gerir o tráfego de clientes e os serviços de
apoio a domicílio dos idosos, é provável que o retalho alimentar tradicional de
pequena dimensão sofra até desaparecer.
Meu Super e a problemática urbana
Como é que a Sonae vai
gerir a problemática do confronto urbano entre as lojas Meu Super – insígnia de
lojas em franchising- e as lojas Modelo Bom Dia – insígnia de lojas próprias
que atuam no mesmo perímetro geográfico? Sabendo que no caso da rede em
franchising é o franquiado que toma todos os riscos financeiros e portanto
patrimoniais, não há um risco de conflito entre a Sonae e os franquiados?
Seria
interessante saber se os responsáveis da insígnia Meu Super estariam dispostos
a assinar sem hesitações um contrato de franchising com a Meu Super, sabendo que
amanhã podem apanhar nas redondezas a concorrência de uma loja Modelo Bom Dia!
As MDD, um segmento incompreendido pelo setor tradicional
Em numerosas lojas do
retalho alimentar tradicional ainda é costume ver na mesma prateleira, lado a
lado, 2 ou 3 produtos da marca do distribuidor. É um erro comercial porque isso
fragmenta um segmento alternativo à marca líder e gera mais confusão na cabeça
do cliente, sem trazer benefícios para a loja. É um erro em termos de gestão da
prateleira, porque numa loja de pequena dimensão uma referência a mais provoca
uma perda desnecessária de linear. É um erro em termos de gestão porque é mais
uma linha de produtos a gerir, um stock maior que o retalhista deve financiar e
um risco de quebra relativo à data de validade dos produtos. Neste “funesto joguinho”
há 2 culpados: o retalhista que faz más opções comerciais e, o grossista, que além
da MDD da central à qual pertence coloca muitas vezes a sua própria MDD no
mercado.
Os reformados do Norte da Europa em Portugal
Nos últimos 4 anos falou-se
bastante do impacto dos reformados dos países do Norte da Europa em Portugal e,
nomeadamente, no Alojamento local e na nova dinâmica da construção civil. São 2
elementos que fizeram mais por Portugal do que as medidas do governo para
melhorar o quotidiano dos portugueses.
A primeira observação é relativa
a uma dupla: encarecimento dos preços de arrendamento de quartos e restauração
e, restabelecimento da ordem e de medidas de segurança nos países da Africa do
Norte e do Médio Oriente. 2018 foi, segundo as informações
comunicadas pela imprensa, um ano de reconquista do turismo para a Tunísia e o
Egito. Portugal não vai perder a sua capacidade de atração mas vai ter de
partilhar os turistas com outros destinos mais competitivos, quer em termos de
custo de viagem quer em termos de custo da estadia.
A segunda observação é
relativa ao imobiliário. Os compradores de casas, vindos do Norte da Europa, reformaram-se
recentemente e querem aproveitar os benefícios fiscais e uma boa vida num país pacífico
e calmo. Mas, o envelhecimento também é sinónimo de início de problemas de saúde
e, quando surgem problemas de ordem médica as pessoas preferem voltar ao seu
país de origem em vez de ficarem hospitalizadas num país onde não falam a língua.
É possível que nos próximos tempos possamos assistir à tendência de venda de
casas dos proprietários da primeira onda de compradores. Seria uma operação de
pegar na mais-valia realizada e de regresso ao país de origem.
4 temas, para uma boa semana de reflexão!
Boa reflexão e bom trabalho,
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB
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