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domingo, 6 de janeiro de 2019

Estamos a iniciar um Ano Novo …. Uma nova época de grande agitação!


Mais um! Poderá ser mais um do mesmo ou mais um diferente. Se for do mesmo vindo de uma situação caótica, 2019 será assustador. Mas se a trajetória vier ou for reorientada para a recuperação e as melhorias, 2019 deveria ser um ano promissor. 

As receitas de ontem dificilmente farão sucesso hoje 
As receitas de ontem foram criadas para responder a um mercado com certas características sociodemográficas, laborais, tecnológicas, científicas, etc., que não são as características de hoje e ainda menos de amanhã. 
Os processos têm de ser totalmente revistos, as ideias atualizadas. A produção mudou, introduzindo novos processos de fabricação, novas matérias primas, para responder às exigências novas do mercado. Os fornecedores adaptaram os seus modos operatórios ao aparecimento e à afirmação das centrais de compras e agora aos novos canais da economia digital.   
Os grossistas independentes e os retalhistas do comércio alimentar independente e associado não podem acreditar no regresso do Rei Dom Sebastião! As 3 últimas décadas demostraram que viver das conquistas passadas não travou o declínio de um comércio que conheceu no passado uma grande época de glória

As receitas têm de ser totalmente repensadas 
Redefinir as receitas tem de vir das pessoas, grossistas ou retalhistas, que vivem o comércio diariamente. Se a vontade de mudar não existe porque as pessoas não querem, não podem ou não compreendem, não há nada a fazer; a missa está dita! Perceber que as receitas devem ser repensadas exige muito dos patrões porque os obriga a “rebentar” com uma organização, uma estrutura, um modo operatório que passou à história. 
Nos anos 90, lembro-me de ouvir inúmeras vezes os retalhistas de Norte a Sul de Portugal explicarem-me que tinham tanta força que iam exigir do Presidente da câmara municipal que vetasse a abertura de grandes superfícies comerciais. Todos sabemos que em vez de querer vetar a vinda de concorrentes, os retalhistas deveriam ter mudados a forma de trabalhar as suas lojas. 
Lembro-me de ter tantas vezes alertado os grossistas sobre a necessidade de repensar a organização das suas empresas e de desenvolver uma rede de lojas próprias modernas, para poderem controlar o escoamento nas suas zonas de atuação de forma a combater a concorrência e a representar uma alternativa credível de escoamento para os fornecedores. 

Estamos a iniciar um Ano novo e faço votos para que a direção tomada tenha sido a boa. 
Boa reflexão e bom trabalho, 
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB

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