Estamos a viver uma época extraordinária, uma
época onde andam, ainda lado a lado, dois mundos; um em vias de extinção e um
outro que está a dar rápidos passos na direção de um futuro em plena
efervescência, no qual as evoluções acontecem a cada minuto.
Para confirmar isso, basta ler os artigos
publicados nas redes sociais para constatar a velocidade dos acontecimentos
Para falar
de empresas de sucesso, hoje fala-se de Unicórnios, empresas valorizadas em mil
milhões de dólares capazes de levantar 100 milhões de dólares, ou de
Minotauros, empresas valorizadas em mais de mil milhões de dólares e capazes de
levantar mil milhões de dólares numa rodada de mesa. Em 2019, parece que há 10 startups portuguesas que se podem tornar
Unicórnios.
A
sociedade está cada vez mais “uberizada”;
se se falar de um serviço de táxi também se fala de transporte privado urbano, se
se falar de hotelaria fala-se também de alojamento local, se se falar de
restauração fala-se também de “eat at a local”.
Os
sucessos das startups são frutos da vontade
dos seus criadores de abraçar as oportunidades que aparecem, para desenvolver
ideias extraordinárias baseadas nas inovações nas áreas das tecnologias, das ciências,
etc., que tem como ponto comum a gestão das Datas.
Um outro
ponto carateriza estas novas empresas: a obrigação de continuar a inovar sem
tréguas, para evitar passar à história.
Na área da
distribuição, podemos também observar esse frenesim de inovação para chegar à
frente ou para evitar perder a liderança do mercado. O status quo é impossível! Em consequência disso aparecem novos
formatos de loja, novos equipamentos para apresentar novas categorias de
produtos, inovações em termos de logística, novas apps, novas formas de
comunicar com os diferentes segmentos de mercado. Não há tempo para respirar!
Em paralelo, o “sempre foi assim” obstina-se
a querer uma coisa impossível; que o tempo pare, ou ainda melhor que volte a uma
época onde a vida parecia mais fácil.
O “sempre foi assim” fica
parado, a olhar para ontem, culpa a ingratidão do mercado, fustiga as ideias
novas que só podem ser ideias do diabo, procura tranquilizar-se fazendo parte
de um club de empresários que partilham os mesmos receios, as mesmas inibições!
Afinal o “ sempre foi assim” fica parado, miseravelmente desconectado da
realidade e acabará por desaparecer. Porque de fato o “ sempre foi assim”
desaparece, demorando mais ou menos tempo, mas desaparece!
Na área da distribuição,
milhares de pequenas lojas do retalho alimentar independente e associado presas
do “ sempre foi assim” vão desaparecer nos próximos 10 anos, levando com elas
um conjunto de grossistas também adeptos do mesmo club. Como duvidar que será
diferente? Como eu o escrevi no post “"O metrônomo” de 24 deSetembro de 2017,
Caronte vai ter muito trabalho!
Mas, como a Vida tem horror do vazio, novos comércios aparecem,
detidos por jovens talentos que querem e quererão ousar novas ideias, quer em
termos de formatos de loja, de inserção de novas tecnologias, de promoção de
novos produtos ou de formas de consumir. Já estão a ser articulados os sucessos
de amanhã, quer no mercado dos retalhistas, quer no mercado dos grossistas. A semana
passada um cliente meu disse-me que ficava espantado com a inércia dos
grossistas tradicionais e com a dinâmica das novas estruturas que aparecem!
Pois…uns vão morrer, outros estão a construir os tempos futuros!
Boa reflexão
e bom trabalho,
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB
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