Parece que no setor alimentar o momento é de tristeza. Os donos
de lojas estão paralisados perante uma situação de confronto diário com uma
concorrência forte e agressiva. Hipnotizados pelos números de produtos
vendidos, eles esquecem-se de que o negócio é antes de tudo o mais um jogo de
sedução e de capacidade em fazer sonhar os consumidores.
Portugal é um país desenvolvido onde a
penúria alimentar não existe. Podem existir situações de
dificuldade de consumo dos lares, relacionadas com rendimentos baixos mas, o
acesso ao consumo não é negado a ninguém.
A densidade do aparelho
comercial é tal que há sempre uma loja ao pé da esmagadora maioria da
população.
Comprar produtos é portanto fácil,
qualquer loja serve! Os mesmos produtos da mesma marca existem em todas lojas.
Também, num reflexo compreensível de resposta às exigências da concorrência por
parte dos donos de lojas, o preço de venda é em geral similar. Numa visão
baseada na venda básica de produtos, o negócio é pouco lucrativo.
Os donos, os gestores
das lojas, devem evoluir e aceitar que
as suas lojas devem saber seduzir e fazer sonhar os consumidores. Os elementos da sedução e do fazer
sonhar são conhecidos, e nada complicados a pôr em prática:
A organização do ponto de venda.
Este primeiro elemento engloba em termos do exterior; toldo, fachada, parque de
estacionamento, iluminação e, em termos do interior; o layout, os equipamentos,
a distribuição das categorias, as implantações, a iluminação, a sinalética, os
cheiros…etc.
O sortido proposto aos clientes.
O sortido deve incluir produtos de marca de grande notoriedade mas, deve ser
completado por produtos que permitam satisfazer os desejos do momento tais como
viajar, através da compra de produtos étnicos, de se sentir “alguém”, através
da compra de produtos de nível de qualidade superior, de controlar a sua saúde
e a sua higiene de vida, através da compra de produtos biológicos, dietéticos,
saudáveis…etc.
A qualidade do acolhimento e do atendimento.
Como é que um cliente se pode sentir valorizado quando o acolhimento ou o
atendimento na loja é medíocre, para não dizer muito insuficiente? Há secções
onde a fraqueza do atendimento é tal que a experiência de compra se torna
negativa e leva os clientes a procurarem noutro sítio um melhor tratamento. Os
empregados das caixas de pagamento estão – neste ponto - em primeira linha: É
demasiado corrente ver empregados de caixa tratarem mal os clientes e contribuírem
para difundir uma imagem negativa da loja.
Qual é o cliente que pode ser seduzido e levado a sonhar uma
vida diferente numa loja que propõe a imersão num mundo de má organização, por
vezes com cheiros relutantes, falta de produtos diferenciadores e, mau
atendimento?
Boa
reflexão e bom trabalho,
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB