Segundo o feedback obtido, “o post” da semana parece não ter
deixado ninguém indiferente. O meu propósito quando escrevo um artigo no blog é
sugerir uma reflexão em relação a um tema que acho relevante para os meus
clientes, quer grossistas quer retalhistas. Se o nosso mercado está sempre em movimento, temos forçosamente
de constatar que ultimamente o movimento tornou-se bastante rápido ou seja,
perder o comboio pode ser fatal.
Portanto, insisto no ponto seguinte: As centrais de compras vão ter de fazer
evoluir o seu modelo de negócio.
A negociação é uma responsabilidade pesada para
qualquer central de compras. É um facto
adquirido mas, o modelo de negócio deve evoluir no sentido de criar um polo
com a responsabilidade de gestão de
“DADOS.
Observando os negócios dos
GAFA – Google, Amazon, Facebook, Apple – podemos observar que em termos
operacionais estes grupos “sugam” toda a informação que podem em relação a
qualquer individuo que faça um click numa página que esses grupos gerem.
Há a informação que os indivíduos fornecem para
abrir uma conta:
- nome, apelido, data de
nascimento, país de residência, contato telefónico e mail, morada, setor de
atividade, profissão, etc.;
Há a informação que os indivíduos fornecem para
pagar,
- utilizador de Paypal,
Visa, Amex, Mastercard, transferência bancária, etc.;
Há a informação que os indivíduos fornecem
para receber as suas compras, - Morada de entrega, dias
desejados para a entrega, hora de entrega, etc.;
Mas também porque a Internet
é um Mundo que suga e memoriza tudo. Através das aplicações - “as apps”- , os
indivíduos dão acesso às suas atividades, aos seus passatempos, aos seus vícios
tais como beber álcool, fumar, aos alimentos que compram e que comem, aos seus
hábitos de vida tais como ser ou não praticantes de desporto, consumidores de
bens culturais, cinema, teatro, concertos, etc.
Os exemplos supra
representam apenas uma amostra curta de todo o leque das informações recolhidas
sobre qualquer indivíduo, pelas empresas que percebem da importância da “Data”.
Atualmente, os gigantes da
Internet são provavelmente os melhores “profilers”
dos mercados onde atuam. Uma grande parte dos seus rendimentos vem da venda de
bases de dados extremamente valiosas para os estados, a indústria, as empresas
de serviços, etc.
Como existe a palavra
subcontratante, os majores da Internet, que possuem uma base de dados
consistente, autoproclamam-se “sobrecontratante”. A mensagem não pode ser mais
clara: “se quer fazer negócio, tem de entrar na minha rede e acatar as minhas
condições de acesso aos consumidores que deseja!”
Esquema
Falando recentemente do impacto atual e futuro da Internet no comércio
e, falando de conceitos como a loja Amazon Go, alguém me disse: “Eles estão muito
à frente”…. Eu respondi:” Eles não estão à frente, eles estão no presente e nós
estamos muito atrás!”.
Boa
reflexão e bom trabalho,
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB