Explicar que
o sentido de circulação dos clientes é um ponto importante na definição do
layout de uma loja é uma tarefa difícil. Este ponto técnico é, muitas vezes,
visto como sendo um capricho do consultor, um ponto menor sem grande impacto no
comportamento dos clientes. No entanto, a prática mostra que uma boa
articulação da placa de venda favorece “in fine” o talão de compra!
Para refletir
A ideia é organizar o layout tendo em conta que a deslocação dos clientes deve ser prevista no sentido anti-horário, ou seja contrário ao movimento dos ponteiros do relógio.
A ideia é organizar o layout tendo em conta que a deslocação dos clientes deve ser prevista no sentido anti-horário, ou seja contrário ao movimento dos ponteiros do relógio.
Poderíamos
pensar que os sentidos, horário ou anti-horário, não representam diferenças significativas
e que debruçar-se sobre este tema é tempo perdido.
Mas, vejamos o que se passou nas pistas de atletismo
De 1886,
data dos primeiros jogos olímpicos modernos em Atenas, até 1912, os atletas
corriam no sentido horário, ou seja em conformidade com o movimento dos
ponteiros do relógio. Em 1913, foi decidido que o sentido das corridas seria no
sentido anti-horário.
Em causa,
as numerosas queixas de atletas que diziam sentir-se pouco à vontade com o
sentido horário e que diziam que esse sentido horário não lhes parecia natural.
É uma regra que deve ser respeitada a 100%?
A
elaboração de um layout deveria ter prioritariamente em consideração uma
deslocação anti-horário dos clientes, para colocar estes numa situação de bem-estar
que pode contribuir a mais compras ou seja a um talão de compra mais consistente
e portanto mais rentável para o ponto de venda.
Mais,
existem impedimentos difíceis de ultrapassar tais como as regulamentações e os
imperativos técnicos, impedimentos constatados essencialmente em lojas situadas
nos rés de chão de prédio.
No final quem tem a última
palavra é sempre o cliente que, através das suas compras, mostra o seu agrado
ou o seu desagrado, consciente ou inconsciente, às escolhas feitas pelo
retalhista ou pelo gestor; sendo verdade que se o retalhista faz o que quiser
do seu dinheiro, o gestor tem o dever de refletir mais, porque é responsável pelos
“meios” que lhe são confiados! No entanto, parece que há gestores que confundem
responsabilidade e direitos que lhes são dados pelo poder, um efémero poder!
Boa
reflexão e, bom trabalho.
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB