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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

"Aqui é Fresco" - Uma fórmula de “Comércio Associado” flexível

Num mercado retalhista cada vez mais competitivo e refém de condições económicas adversas, a rede “Aqui é Fresco” está a mostrar um bom dinamismo.

As razões desta dinâmica parecem-me ligadas a vários fatores simples:
§ A vontade política da direção da Unimark, que conseguiu insuflar uma dinâmica baseada no forte apoio operacional ao retalho alimentar detido por retalhista independentes;
§ O forte envolvimento dos associados da Unimark, que nos seus respetivos territórios do Norte ao Sul do país, conseguiram transmitir aos seus retalhistas clientes os benefícios que representa a rede Aqui é Fresco para os seus membros;
§ As turbulências do mercado, abalado pelo desaparecimento da empresa Manuel Nunes & Fernandes e pelas dificuldades da GCT;
§ A procura por parte de um conjunto de retalhistas independentes de uma solução de “Comercio Associado” flexível, e que respeita a sua independência em termos de decisões comerciais e de marketing críticas;

Como já comentei em vários “posts”, e segundo as relações contínuas que mantenho com muitos retalhistas do Norte ao Sul do país, parece-me que as soluções de “Comércio Associado” rígidas e pouco respeitadoras da independência dos retalhistas terão dificuldades em vencer, porque não se pode pedir ao retalhista de investir, de tomar todos os riscos e simultaneamente privá-lo de decidir o que acha bem ou mal para o seu mercado e para a rentabilidade do seu negócio. Na minha opinião, os projetos rígidos vão conhecer dificuldades e deverão evoluir para uma fórmula do sucursalismo.

Afinal a rede “Aqui é Fresco” da central de compras grossista Unimark representa uma lufada de ar “Fresco” para os comerciantes que ousam erguer-se num mercado em crise e que ousam enfrentar condições adversas. Nunca foi tão importante sublinhar que a união faz a força!

Não posso deixar de saudar todas as pessoas, grossistas, retalhistas, vendedores, estudantes que regularmente leem este “blog” e, em privado me demostram tanta simpatia.
RB

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Os grossistas são interlocutores chave

Os elementos conjunturais (a crise económica financeira) e os elementos estruturais (a organização do setor e a atomização de empresas demasiadas pequenas e ainda familiares), provocam turbulências no universo grossista português.

No entanto os grossistas são interlocutores chave que permitem ligações comerciais entre produtores e uma multidão de retalhistas.
Para os produtores ou fornecedores, os grossistas representam a possibilidade de ter acesso a um escoamento dos seus produtos em numerosos territórios onde os grupos da distribuição organizada não estão presentes e, permitem um acesso a lojas de bairro e de rua nas cidades, que funcionam em complemento dos grupos organizados. O processo é um processo de tipo afunilamento invertido, onde a partir de um contato com uma central de compra grossista e/ou alguns contatos com os respetivos grossistas, os fornecedores conseguem abastecer um leque alargado de lojas.
Para os retalhistas, os grossistas representam a possibilidade de comprar num só sitio a maioria das mercadorias de que precisam para vender nas suas lojas. O retalhista pode assim poupar tempo nas compras para se dedicar mais à GESTÂO do seu PONTO de VENDA.

Assim os destinos de ambos parecem totalmente ligados, e a sobrevivência de um é a razão “sine qua none” da sobrevivência do outro.

O grossista deve cuidar:
×   Do seu território, e neste quadro fazer viver o seu mercado;
×   Dos seus clientes retalhistas estabelecidos que precisam de um apoio diário nas suas compras de mercadorias para revender de forma lucrativa;
×   Dos seus clientes retalhistas estabelecidos, em termos de acompanhamento técnico para o fortalecimento do negócio a retalho;
×   Dos novos retalhistas quando estes precisam de encontrar um parceiro de negócio, capaz logo à partida de lhes proporcionar um apoio em todos os aspetos do negócio;

O retalhista deve:
×   Utilizar o seu grossista como sendo o seu armazém;
×   Evitar multiplicar o número de grossitas fornecedores da sua loja pois isso não ajuda a loja, ao contrário penaliza a mesma;
×   Informar e formar-se em termos de pontos de gestão críticos para o acompanhamento diário das performances da sua loja;
×   Partilhar informações com o seu grossista sobre o seu mercado, para se envolver na dinâmica comercial e marketing do grossista: ambos têm muito a ganhar com isso;
×   Envolver-se em parceria de rede para trocar ideias, debater ideias e afinal trabalhar em conjunto com outros colegas num espírito de desenvolvimento e de fortalecimento de cada negócio.

O caminho está traçado para ambos, grossista e retalhista, basta apenas seguir o trilho…
RB

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Consultoria técnica OPV "Organização do Ponto de Venda"

No seguimento de pedidos de informações neste sentido, apresento os 3 pontos de consultoria em termos de OPV “Organização do Ponto de Venda” que desenvolvo para os meus clientes.
Devo no entanto sublinhar que o ponto de partida é a partilha de um mesmo objetivo, que consiste na procura do sucesso do Ponto de Venda.
Também, no que me diz respeito, preciso que as relações estabelecidas com o dador de ordem, em geral o retalhista ou um grossista, sejam francas, diretas, e que a palavra dada tenha o mesmo valor do que um contrato assinado.

A planta do layout da placa de venda
Tarefas: A partir de uma dada loja, fazer o layout específico que for mais adaptado às características arquiteturais e geométricas dessa loja.
§ Determinar o circuito cliente. Definir de forma geral como articular o espaço em função das limitações quer técnicas, quer legais, quer de arquitetura.
§ A partir da entrada da loja até às caixas de pagamento, organizar a deslocação dos clientes.
§ Favorecer um bom ambiente de compra para os potenciais “buyers”.

Nota 1: O trabalho de elaboração da planta tem a ver com o layout da placa de venda. Em termos dos pontos específicos, tais como as secções com serviço como por exemplo o talho, a charcutaria, a pastelaria, a peixaria, a responsabilidade técnica será da empresa fornecedora de equipamento e/ou do técnico do Haccp.
Nota 2: A planta proposta poderá ser alterada se surgirem dificuldades de ordem técnica inultrapassáveis.
Nota 3: A altura das gôndolas e das murais será indicada, para que a empresa fornecedora de equipamento possa orçamentar corretamente o equipamento necessário.
Nota 4: A montagem do equipamento e os cuidados relativos à segurança e às normas legais são da responsabilidade dos fornecedores de equipamento.

A distribuição das categorias de produto
Tarefas: Definir no papel o encadeamento das diferentes categorias tendo em conta o circuito do cliente, e a necessária maximização das vendas.
Definir de forma macro a repartição dos universos e, subsequentemente as respetivas categorias principais.
A distribuição das categorias de produtos diz respeito ao encadeamento das categorias de forma coerente, de maneira a reforçar o impacto do circuito. À saber que o objetivo deste trabalho é tornar cada consumidor que entra na loja, um comprador, um “buyer” a 100%.
Esta prestação é complicada e leva o seu tempo porque envolve cada corredor da loja.

O acompanhamento da implantação física dos produtos
Tarefas: No terreno, juntamente com os colaboradores do dono da loja, participar e liderar a implantação física da mercadoria no respetivo linear.           

Nota 1: O número de dias de trabalho pressupõe de forma imperativa a colocação à disposição de uma equipa de trabalhadores pela empresa cliente.
Nota 2: Os dias de trabalho são de 8h. Cada hora suplementar será acrescentada à fatura.
RB

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Os produtos de Primeiro Preço

Os produtos de primeiro preço fazem parte da tipologia dos produtos e apresentam as seguintes características:

   Resposta às dificuldades económicas das famílias;
   Resposta para os consumidores espertos;
Resposta às evoluções das exigências de qualidade por parte dos consumidores. O consumidor pode ser comprador de produtos de Marca líder, de Marca do distribuidor “MDD”, ou de 1º preço segundo o momento, ou o modo de utilização do produto.
   Resposta ao Hard-discount como a Lidl, o Minipreço…etc;
  Em contrapartida de um preço baixo, os produtos 1º preço apresentam em geral uma qualidade inferior aos outros produtos de Marca Nacional ou Internacional, ou do distribuidor. Quanto maior for o valor acrescentado, mais importante será esta diferença qualitativa.
A crise que assola Portugal desde 2008 provocou uma redistribuição da representatividade das marcas no cabaz de compras, com as marcas MDD a avizinhar os 40% e as marcas de primeiro preço os 4%, e a tendência aponta para um aumento destes valores. De facto, as promessas de mais aperto fiscais, o aumento do desemprego e a pressão sobre os salários vão acentuar ainda mais esta tendência.

Parecem existir no mercado várias reflexões no que respeita ao futuro dos primeiros preços.
- Há quem acredite no seu desaparecimento,