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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
O contributo incontestável do Engenheiro João Vieira Lopes
A semana passada foi
divulgada a aliança ao nível das compras entre o grupo Casino, 14º grupo da distribuição
europeia e 15º grupo de distribuição ao nível mundial, e o grupo Dia.
Podemos observar que os
dois grupos possuem lojas próprias e lojas em franchising. Uma coisa não impede
a outra, quando se trata de aumentar a força, a capacidade de compra, a
comunicação e o impacto das insígnias para controlar os territórios e maximizar
os lucros.
Esta aliança, se for para a
frente, verá a criação de uma sociedade comum “ICDC” e, acrescentará uma nova
página ao capítulo dos acordos, já ricos, entre grupos. De facto, em termos sintéticos,
podem ser realçado os seguintes acordos já existentes:
Casino e Intermarché constituíram
em França a aliança “Incaa”, baseada nas negociações de grandes marcas;
Intermarché e Dia constituíram
em Portugal “Cindia”, baseada também nas negociações de grandes marcas;
Dia e Eroski constituíram em
Espanha uma aliança, baseada ela também nas negociações de grandes marcas.
Foi esta mesma ótica estratégica que, há uma década, levou o Engenheiro
João Vieira Lopes a arrimar a UniMark, central de compras portuguesa, à Euromadi,
central de compras ibérica.
Esta estratégia permitiu o
desenvolvimento de 3 pontos fundamentais e, hoje, indiscutíveis:
1- A
entrada da UniMark e dos seus associados na EuromadiPort, filial da Euromadi Ibérica,
foi um fator de estabilidade e de ganho de força. É de sublinhar que a Euromadi
é membro da EMD, central de compras internacional da qual Casino também faz
parte;
2- O
acesso a condições comerciais favoráveis, negociadas com os grandes
fornecedores da distribuição;
3- A
coordenação de negociações de compra das marcas próprias, num conjunto que vale
quase 11 vezes mais do que a própria UniMark.
“In fine”, a estratégia delineada e desenvolvida pelo Engenheiro
João Vieira Lopes permitiu ganhos para todos:
As empresas grossistas tradicionais
portuguesas conseguiram resistir à crise económico-financeira, e à pressão da
feroz concorrência dos grupos líderes da distribuição em Portugal;
As empresas de retalho
regionais ou locais conseguiram ter acesso às grandes marcas líderes e, a marcas
próprias com condições favoráveis;
Os retalhistas
independentes beneficiaram das excelentes condições de negociação das centrais
EuromadiPort e UniMark, condições comerciais de que beneficiam em pleno os
aderentes da insígnia Aqui é Fresco.
O fim de ano é sempre um momento propício para olhar para trás, para
ver o caminho percorrido e prever os desafios à vir, que serão - sem dúvida
nenhuma - ultrapassados com o empenho de todos.
Foto: Engenheiro João Vieira Lopes
Bom trabalho.
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB
domingo, 13 de dezembro de 2015
LPD - Loja de Pequena Dimensão - e fórmula do sucursalismo
Observando a quantidade de
novas lojas de tipo LPD que abriram, as Lojas de Pequena Dimensão parecem em
plena expansão. Em Lisboa, as LPD novas parecem crescer como cogumelos.
Não é uma história de novo eldorado, é apenas uma história de sobrevivência. Quando se vive o desemprego
e uma “promessa” de novo emprego com o ordenado mínimo, arriscar abrir uma loja
alimentar de bairro de tipo LPD faz todo o sentido. Toda a família ajuda, todos
arregaçam as mangas e ninguém conta as horas de trabalho, pois é a esse preço
que se consegue alcançar um rendimento correto.
Por outro lado, existem pequenas cadeias de lojas que se veem
gregas para alcançar um nível de rentabilidade mínimo!
As razões têm basicamente a
ver com os custos elevados de distribuição e de pessoal necessário para fazer
funcionar uma loja com uma larga amplitude horária. Os lucros desaparecem
rapidamente!
Desenvolver o sucursalismo, com gerentes independentes, pode ser
uma solução interessante para as empresas grossistas ou retalhistas que detêm
lojas de tipo LPD e que acham essas lojas pouco rentáveis.
Existem razões bastante
interessantes para isso.
É uma resposta:
1- À
onda atual de interesse pelas lojas de pequena dimensão, para pequenos
investidores;
2- Para
quem quiser entrar no setor do retalho e ganhar experiência sem tomar grandes
riscos;
3- Para
quem quiser ter um emprego ao pé da sua casa, no bairro ou rua que conhece;
É também uma resposta para qualquer organização retalhista, para:
1- Gerir
e garantir a distribuição de mercadorias no seu “Território”;
2- Ou
melhor ainda, liderar a distribuição alimentar no seu “Território”;
3- Ajudar
colaboradores da empresa grossista ou retalhista a dar o passo para se tornarem
comerciantes e criar assim uma dinâmica de crescimento das pessoas na empresa;
4- Eliminar
os custos de pessoal, relativos à gestão de um Ponto de Venda;
5- Aliviar
um conjunto de custos de funcionamento da loja que caberão a quem ficar com a exploração
da loja.
Numa altura em que os grandes “players” da distribuição estão a
lutar pela conquista dos centros urbanos e periurbanos, pode valer a pena
fomentar uma alternativa de guerrilha, leve, flexível e que representa uma real
partilha de interesses.
Esquema: O sucursalismo, uma fórmula
interessante para as LPD
Bom trabalho.
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB
domingo, 6 de dezembro de 2015
O alvo natural das lojas de retalho alimentar é o “mass-market”
De vez em quando vêm à
superfície situações de incompreensão do mercado, quando se trata de mass-market.
O mass market é um termo que se refere ao mercado de massa ou seja a uma audiença
alargada, ou ainda ao mercado em geral.
Segundo os estudos sobre a distribuição da riqueza, em Portugal
o panorama seria o seguinte:
- 01% da população tem +/- 20%
da riqueza de Portugal
- 99% da população tem +/- 80%
da riqueza de Portugal
O marketing de mass-market
tem por objetivo o desenvolvimento de estratégias, e por consequência a
implementação de táticas para atrair e fechar negócio com a maior parte da
população, uma população que não é linearmente rica.
Esta distribuição da
riqueza acompanha a repartição por classe social, que mostra que as classes
Alta e Média-Alta correspondem à +/- 16% da população portuguesa.
A consequência para as lojas do retalho alimentar, em termos de
definição da política de preço, é a obrigação de se aproximarem das capacidades
de compra dos consumidores das classes Média, Média-baixa, e Baixa.
O conhecimento da estrutura
dos rendimentos dos portugueses e a compreensão dos estilos de vida dos portugueses
levam os tenores da distribuição a definir uma política de preço adaptada e,
verdadeiramente, regularmente agressiva, para atrair os consumidores e captar a
maior fatia das suas despesas de supermercado.
Para cada um deles, trata-se de decisões
técnicas que devem permitir atingir a liderança do mercado. Os retalhistas do comércio
independente e associado têm razão em utilizar os sites de venda on-line dos
grandes grupos portugueses de distribuição, para conhecer os PVP (Preços de
Venda Públicos) aceites pelos consumidores e controlar as suas próprias decisões
de “pricing”.
As regras de atuação no mass-market aplicam-se a todos os
retalhistas e, quem se afasta das médias geralmente observadas pode correr sérios
riscos de faturar aquém do desejado, perder frequentação na loja e, minimizar
os benefícios da loja.
Por exemplo, contrariamente
ao que se diz regularmente, o mercado turístico não é diferente do mercado
permanente e, nele aplicam-se as mesmas regras. Grupos outrora líderes
regionais, em regiões turísticas, desapareceram porque não perceberam que os
turistas tinham, através da Internet, acesso à informação, e tinham, através do
aluguer de veículos, a possibilidade de se deslocar com facilidade e de
escolher a loja onde o seu dinheiro rende mais!
Cada caso é um caso;
existem exemplos de lojas inseridas em contexto de classe social Alta e Média-Alta
e de rendimento elevado, que são de facto uma exceção a regra e não há regra
sem exceção.
Esquema
Bom trabalho.
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB
domingo, 29 de novembro de 2015
O comércio, um edifício em constante construção
O comércio é inerente à
atividade social do Homem e tem como base a troca entre duas pessoas. A atividade
comercial é inata e, velha como o mundo e, tal como o mundo o comércio evolui
em função das pessoas, das condições ambientais e das tecnologias.
A base é a troca, tudo o resto tem a ver com meras adaptações às
evoluções das condições de Vida
Não é preciso de ter uma
loja para fazer negócio. Cada pessoa pode combinar a venda, a compra ou o
aluguer de bens e serviços, com uma outra pessoa sem nada mais do que a vontade
de o fazer.
A loja é “o meio” que foi
desenvolvido para dar um quadro físico ao encontro entre pessoas que querem
vender e outras que querem comprar produtos e/ou serviços.
A loja tornou-se, no
decorrer do século passado e até aos dias de hoje, “um produto marketing”
objeto de todos os cuidados para favorecer a troca num quadro físico agradável,
simpático e criador de emoção. A sedução dos clientes passou por uma loja
atraente e repleta de cuidados visuais.
A troca continua a ser básica, a loja física é um elemento de
peso mas, as evoluções tecnológicas da sociedade estão a enriquecer a relação.
Contrariamente às ideias que
se querem difundir é pouco provável que as novas tecnologias deem cabo das
lojas físicas. As novas tecnologias estão a ser
utilizadas por grupos de distribuição “clássicos”, que querem acompanhar as
evoluções para não perder o contacto com milhares de consumidores, conquistados
por novas formas de fazer as suas compras.
O comércio é um edifício em constante evolução, um mosaico que
conta sem descanso a evolução das nossas sociedades.
Enquanto haverá Homem,
haverá Troca, é a base do edifício. A loja vai perdurar ainda
por muito tempo, ela é o ponto de encontro físico essencial entre os consumidores
e os produtos e/ou serviços. Dizer que as lojas físicas vão desaparecer seria
uma visão apocalíptica pouco sustentada por argumentos sérios.
A evolução tecnológica das
lojas é inelutável, porque os consumidores foram totalmente conquistados pela
Internet, com Microsoft, Google, Facebook …etc. A Internet é o verdadeiro
universo no qual se reconhece qualquer jovem e, é a população jovem que está a
fazer evoluir o edifício e a moldá-lo!
Esquema: O comércio, um edifício em
construção
Bom trabalho.
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB
domingo, 15 de novembro de 2015
Quando há conflito de interesses, o interessado serve-se primeiro!
Após quase uma década de
crise económico-financeira aguda, podemos observar uma dinâmica no mundo da
distribuição.
Em termos de lojas de
pequena dimensão (LPD), vemos que os filhos de comerciantes, que outrora não
queriam saber do negócio dos pais, e que o achavam demasiado pesado, cansativo
e pouco valorizado, percebem que, pelo contrário, a função de comerciante é uma
função nobre, indispensável para a sociedade tanto ao nível económico como ao
nível social e, que pode trazer imensas satisfações profissionais e pessoais.
A dinâmica do retalho de proximidade está a provocar um apetite
generalizado
Até há poucos anos, existia
um pensamento ecuménico, partilhado entre grandes distribuidores, fornecedores
de grandes marcas e consultores universitários, que apontava para um desaparecimento
puro e simples das lojas alimentares de pequena dimensão. Por exemplo, nos anos
2000, a Makro redefiniu as suas prioridades baseando-se neste pressuposto.
Hoje, o formato LPD está claramente
a interessar toda gente, desde os grandes atores da distribuição até ao individuo
que decide ser um retalhista independente puro e duro!
Investir numa loja é arriscado
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Intermarché acredita plenamente no mercado Português!
O grupo Intermarché
acredita plenamente no mercado português e nesta ótica, vai abrir novas lojas
em Portugal daqui a 2020.
O investimento previsto é
de 270 milhões de Euros até 2020 e, deverá permitir um aumento significativo do
número de lojas em relação ao parque atual.
Esquema - Investimentos previstos até 2020
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