A observação da situação atual da
distribuição portuguesa, em termos de formatos hipermercados e supermercados, mostra
uma nítida supremacia dos grupos de distribuição integrados, com a Sonae e a JM
a representar perto de 45 % de quota de mercado e a fortalecer a sua liderança
em relação a épocas anteriores.
Nestes formatos, o comércio associado
representado por exemplo por Intermarché tem dificuldades em resistir à pressão
exercida pelos 2 líderes e, conhece um recuo da sua quota de mercado.
Portanto, 2 modelos, frente a frente, mostram diferenças de
resultados
que, quando persistem, podem penalizar o modelo mais fraco, porque o mercado favorece aquele que tem os melhores resultados com a atribuição de melhores rappeis comerciais, contribuições ao escoamento em todos os géneros... etc. De facto, o que é premiado é a capacidade de um grupo, ou seja do conjunto das lojas que representa, de ESCOAR.
que, quando persistem, podem penalizar o modelo mais fraco, porque o mercado favorece aquele que tem os melhores resultados com a atribuição de melhores rappeis comerciais, contribuições ao escoamento em todos os géneros... etc. De facto, o que é premiado é a capacidade de um grupo, ou seja do conjunto das lojas que representa, de ESCOAR.
Os grupos de distribuição do comércio integrado funcionam de forma
centralizada, onde a maior parte das decisões são tomadas a montante e depois
aplicadas por todos os pontos de venda. Uma boa retaguarda técnica de qualidade
a montante e, a obrigação de uma grande disciplina em termos de aplicação nas
lojas por todos os responsáveis dão os resultados que conhecemos.
Os grupos de distribuição do comércio associados funcionam a dois
níveis, porque existem dois níveis de decisão: a estrutura comum no topo da pirâmide
da organização e a direção de cada loja associada. Todavia, parece que cá em
Portugal os grupos de distribuição associados querem funcionar como se fossem
grupos integrados, o que é um erro!
O comércio associado deveria fazer viver a
sua diferença se não corre sérios riscos de entrar em fase de sobrevivência. Sem
diferenciação visível cada grupo é mais um, quando comparado aos grupos líderes,
e isso não permite imaginar alcançar a liderança nem a médio nem a longo prazo;
permite apenas sobreviver, com uma faturação de segunda categoria, uma
rentabilidade de segunda categoria e um impacto limitado na sociedade.
Fazer viver a sua diferença para os grupos de distribuição do
comércio associado
passa pelo fortalecimento técnico dos pontos de venda, o melhoramento dos
conhecimentos técnicos dos chefes de loja e chefes de secções. Como podemos
imaginar lojas onde os responsáveis não são capazes fazer exercícios de margem
compensada, refletir sozinhos de forma técnica e com base nas orientações da
central sobre a restruturação da loja no seu conjunto ou em parte? Como é
possível encarar o futuro quando na loja ninguém sabe utilizar o programa Excel
para fazer simulações e análises? Como adaptar a loja à realidade do seu
respetivo contexto territorial quando há falta de competências técnicas nas
lojas? Como fortalecer as performances de um negócio quando a sua gestão está principalmente
assente no saber fazer uma reposição?
Para os donos das lojas do comércio associado que querem fortalecer
a seu negócio
a mensagem é simples: invistam nos recursos humanos de qualidade, paguem
mais os vossos colaboradores chave, ajudem os vossos colaboradores chave a tornarem-se
técnicos, a passar tempo (de forma equilibrada) no escritório a refletir e a
fazer análises e projeções. O valor do investimento assumido terá um “return”
muito valioso para a empresa de que são donos e responsáveis.
RB
Já não seria nada mau se a esmagadora maioria dos pequenos retalhistas tivesse fizesse a gestão de stocks... muitos ainda nem fazem entradas de produtos
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