Inscritos como seguidores do blog

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

As Frutarias puras, em alerta laranja!

Um destaque na imprensa sobre as Frutarias MonteCristo, do grupo Frutas Ernesto S.A., foi suficiente para que a “frutaria” seja vista como a atividade dos ovos de ouro! Grande engano!
O grupo Frutas Ernesto S.A. conseguiu desenvolver uma fórmula comercial baseada na venda de frutas e legumes. Deve ser destacado por isso mas, também deveria ser posto em relevo a grande quantidade de trabalho, de energia e de esforço, e o risco assumido pelos seus criadores.
Uma fórmula comercial nem sempre é duplicável em quaisquer circunstâncias; não basta copiar uma ideia para fazer fortuna! 
A frutaria deve estar localizada num sítio de grande passagem, ter uma amplitude horária adaptada ao ritmo de vida do território, propor um nível de serviço coerente com o posicionamento da loja, apresentar um sortido adaptado aos consumidores da zona de atração em termos de referências propostas e de qualidade dos produtos e, o responsável da frutaria deve ser capaz de gerir a política de preço e a quebra, que é um dos pontos nevrálgico desta atividade.
Para uma empresa especializada nesta atividade, como o grupo Frutas Ernesto S.A., a gestão das frutas e legumes numa grande parte do circuito permite alcançar resultados positivos. 
No caso de uma frutaria independente, limitada na sua estrutura física, limitada na sua faturação - porque as frutas e legumes representam +/-18% das vendas de uma loja de retalho alimentar, confrontada a uma concorrência viva de todos os outros “players” no mercado e ao regresso à produção própria de quem tem uma horta, alcançar um nível de rentabilidade satisfatório é um exercício bastante complicado. 
Não quero dizer que uma frutaria não pode ter sucesso aqui ou ali, quero apenas alertar os donos destas lojas especializadas que devem olhar bem para os números e tomar uma decisão. Por exemplo, em muitos casos, os donos de frutaria deveriam analisar a pertinência de propor uma oferta complementar às frutas e legumes ou seja, sem perder a excelência nas frutas e legumes fazer evoluir o seu ponto de venda no sentido do minimercado, com um sortido mais abrangente e portanto mais capaz de favorecer a vinda de consumidores.
Os grossistas deveriam também analisar as oportunidades de maior escoamento proporcionado pelas frutarias que precisam de evoluir.
RB

2 comentários:

  1. muito bom o seu comentário,, existe um mini mercado que vive paredes meias com a grande distribuição, e tomaram o caminho das frutas . e parece-me que tem feito sucesso .dê uma olhada na pagina do facebook da loja e veja o trabalho realizado ,https://www.facebook.com/SupermercadoBananeiro/

    ResponderEliminar
  2. Coviran não é uma insígnia especializada na venda de Frutas e legumes. Esta loja é generalista ou seja, vende um leque de produtos que deve satisfazer as necessidades diárias de uma família. As frutas e legumes representam um ponto fulcral para comunicar aos clientes o nível de frescura e de qualidade da loja no seu conjunto. Também é de realçar que quer no verão - com as frutas, quer no inverno - com os citrinos e as hortaliças, a secção das frutas e legumes é uma secção imperativa. Caro anónimo, obrigado pelo seu comentário.

    ResponderEliminar

O Blog foi feito para proporcionar um espaço de expressão dos atores do mundo do comercio. Encorajo cada leitor a intervir, e a ser um elemento valioso de trocas construtivas para todos.