Segundo um estudo recente, uma larga maioria dos consumidores
continua a dizer que gosta de fazer compras nas lojas físicas. A compra on-line
desenvolve-se mas, a loja física continua a ser um sítio de referência para
muitas pessoas. Os consumidores, por serem mais conhecedores porque mais
informados ou mais atentos, não fazem as suas compras apenas com o preço em
foco. Existem outros motivos de compra!
O consumidor precisa de se sentir à vontade na loja que visita
O conforto que proporciona uma
loja é um elemento de base, pois é a base da descontração do cliente e da sua
capacidade em comprar de forma relaxada. O conforto que proporciona uma
loja vê-se no nível de higiene, no ambiente criado, na largura dos corredores,
na boa e pertinente iluminação dos espaços e dos produtos expostos.
O consumidor gosta de sonhar
Qualquer pessoa precisa de se
inventar um mundo, o seu próprio mundo de ternura e de valores. Não é uma
questão de idade, nem de sexo, nem de profissão, nem de dinheiro; é apenas a
forma que tem o indivíduo para fugir de um mundo real que pode não ser
exatamente o que ele quer ou, para fazer viver ou reviver a criança que existe
nele.
O consumidor precisa de se proteger
Os programas informativos são
fonte de angústia sobre a real qualidade dos alimentos que enchem as
prateleiras. Os consumidores são aconselhados a terem cuidado com a taxa de
gordura e de glúcidos, com a proveniência das matérias-primas ou com o uso de
pesticidas de herbicidas que poluem e degradam a qualidade dos produtos.
O consumidor não quer envelhecer Até 2030, ou seja daqui a menos
de 15 anos, as projeções demográficas apontam para um crescimento forte do
segmento dos seniores. Aliás estas projeções dizem que em 2030, um terço da
população será sénior ou seja composta por pessoas com idade superior a 60
anos. E de facto, vêem-se nas lojas cada vez mais seniores a comprar produtos
bio, dietéticos e outros chás para tentar travar o envelhecimento e as
respetivas consequências em termos de degenerescência!
O consumidor é mais individualista e quer obter “prazer” Se calhar em consequência das
evoluções desejadas ou não das últimas décadas, o consumidor parece estar mais
virado para o seu prazer direto. O que um indivíduo faz é feito essencialmente
para satisfazer a sua sede de prazer direto e imediato. A moda, as novas
tecnologias, os divertimentos televisivos refletem isso. A escolha dos produtos
é uma resposta a este “amor” de si próprio.
Neste contexto global, parece evidente que o
retalhista dono de uma loja do retalho alimentar deve ter cuidado com os pontos
seguintes:
- Uma loja feia, suja, mal iluminada, terá
dificuldade em vencer e mesmo em sobreviver;
- Uma má escolha do sortido, como por
exemplo a multiplicação das marcas próprias e dos produtos de 1º preço e/ou de
fraca qualidade, é suicidário e incompreensível em termos de marketing e
comerciais;
- Uma loja confusa em termos de
distribuição das categorias e da implantação dos produtos, leva o cliente a
comprar menos e, aumenta os custos de gestão da loja porque apontar as faltas e
fazer a reposição é mais complicado e penoso.
E também, parece evidente que uma loja do
retalho alimentar deve evoluir para apresentar as características desejadas
pelos consumidores em geral, ou seja:
- Cuidar do ambiente geral da loja;
- Selecionar um sortido de acordo com as
características dos consumidores que fazem parte da zona de atração da loja;
- Organizar a loja a partir de um circuito
que facilita a deslocação dos clientes e proporciona uma experiência de compra
positiva e agradável;
- Distribuir as categorias de produtos em
função do circuito traçado e implantar os produtos para facilitar a leitura da
oferta;
- Tentar responder em todos os quadrantes
do negócio às expetativas dos clientes em termos de sonho, de bem-estar, de
saúde e, de valorização pessoal.
Esquema
Cada um sabe de si, mas cada um faz a cama na qual se
deita e deve saber responsabilizar-se pelos erros que faz!
Bom trabalho
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB