Os consumidores já não estão interessados em comprar produtos!
Para a maioria deles o tempo é a medida essencial, básica e incompressível, que
determina o perímetro dentro do qual se pode ganhar dinheiro e gozar dos
pequenos prazeres da vida. Preparar as refeições todos os dias é visto por
muitas pessoas como uma tarefa que ocupa tempo, um tempo não remunerado e que,
por causa da repetição da tarefa, não procura nem gozo nem prazer.
Os consumidores são cada vez mais sensíveis às
refeições pré-preparadas ou prontas-a-comer, que libertam tempo e eliminam uma
tarefa “chata”. Tendo em
conta essa orientação forte do mercado, o retalhista do comércio alimentar
deveria:
Definir o cardex ideal da sua
loja para responder às expetativas dos consumidores que compõem a sua zona de
atração.
Cada
território, cada zona do país tem uma geografia física e uma geografia humana. A
geografia física expõe as características naturais de uma zona, tais como o seu
relevo, os seus rios e ribeiros, a composição do solo, etc. A geografia humana
trata das pessoas que vivem em determina zona, das suas características de vida
e da sua adaptação a esta zona.
Nesta
perspetiva é pertinente pensar que cada loja possa ter um cardex próprio,
definido consoante a desencriptação das características da zona de atração de
clientes, feita pelo retalhista.
No Post “O
futuro do retalho independente será a especialização” de 20 de Maio de 2018 https://alojadaminharua.blogspot.com/2018/05/o-futuro-do-retalho-independente-sera.html, realcei a necessária especialização do retalho
alimentar de pequena e média dimensão “LPMD”.
Definir os equipamentos
adequados e necessários para conservar, expor as mercadorias e vendê-las em
boas condições.
Vender
soluções alimentares engloba a venda de pratos pré-preparados ou prontos-a-comer:
frescos, congelados e, enlatados. Se a venda de produtos enlatados é simples, a
venda de produtos frescos e congelados obriga a ter equipamentos refrigerados
ou congelados próprios.
Como vender um leque importante de produtos frescos,
sem ter um móvel de conservação com tamanho suficiente para expô-los? Toda
gente sabe que os olhos comem em primeiro lugar ou seja, expor produtos frescos
em más condições “mata” a venda e mata a reputação da loja!
O
retalhista deve definir o modo de venda que quer utilizar. Pode cingir-se
apenas à venda de produtos pré-preparados frescos em Livre Serviço, ou
congelados, ou ainda enlatados mas, pode também escolher ter uma seção de venda
de refeições prontas-a-comer ou pré-preparadas em venda ao peso, com
atendimento do cliente. Cada modo de venda tem as suas especificidades e
portanto cada modo acarreta obrigações legais especificas que devem ser
respeitadas.
Definir os Recursos Humanos
capazes de realçar o posicionamento da loja.
No que toca
aos alimentos, ao seu aspeto, à sua exposição, à sua manipulação, os
consumidores podem rapidamente ficar de pé atrás se qualquer coisa os deixar a pensar
em qualquer desleixo ao longo do processo!
As pessoas
que atendem e servem os clientes devem ter uma postura e uma atuação irrepreensível.
Os clientes não podem ter dúvidas em relação à qualidade dos produtos
pré-preparados ou prontos-a-comer frescos que estão a comprar.
Mas o
retalhista pode escolher vender apenas os produtos que podem faltar na casa do
cliente ou seja vender “a pingar”: 1 pacote de açúcar, 1 pacote de sal, 1
porção de queijo de barrar…etc., e aceitar a faturação fraca que este
posicionamento provoca!
Afinal, o
lavrador colhe o que semeou!
Boa
reflexão e bom trabalho,
O seu sucesso está nas suas mãos!
RB