O post, “O retalho em
movimento”, publicado no dia 02/04/2012 na rúbrica novidades, mostrava a colocação de uma loja virtual no metro de
Seoul na Coreia do Sul, utilizando como suporte as paredes envidraçadas do
metro e como meio de comunicação o smartphone e a tecnologia “NFC”.
A tecnologia “NFC” é uma tecnologia de
comunicação sem fios baseada no uso da rádio frequência para a troca de dados
entre um aparelho de leitura – neste caso o smartphone – e um alvo – neste caso
um QR code ou um código de barras - situado a curta distância.
Esta tecnologia começa a ser difundida, mesmo
que a um ritmo ainda lento, porque corresponde à evolução de vida dos
indivíduos cada vez mais ligados ao seu smartphone desde o início até ao fim do
dia. A sublinhar que o smartphone é de facto um computador miniaturizado, com
funções múltiplas, uma delas sendo o telefone. Amanhã existirão muitas
aplicações que se tornarão “quase” impreteríveis para cada um de nós. A nossa sociedade
atual, para o bem e para o mal, é a sociedade da informação, tudo se sabe e se
transmite com grande velocidade. Os marketeers, porque é o trabalho deles, estão
empenhados em imaginar conteúdos, ações e formas de atrair os consumidores para
o que querem promover, divulgar…etc.
A “NFC”, quer queiramos quer não, fará parte
do nosso dia-a-dia, tal como já faz parte do dia-a-dia dos Sul-Coreanos. Não há
dúvida de que os grandes grupos de distribuição vão utilizar esta tecnologia
para se aproximarem ainda mais dos consumidores, para chegarem à noção do “One
to One”.
Em termos do retalho
independente, esta tecnologia pode representar uma ameaça ou uma oportunidade,
segundo o empenho das associações de comerciantes, das centrais de compras ou
de outras organizações profissionais que permitem de pôr os meios em comum.
- A ameaça seria o fruto de não fazer nada e
deixar as empresas organizadas de retalho integrado ou associado utilizar esta
tecnologia, para obterem uma relação privilegiada numa perspetiva de serem
únicas com cada consumidor. Nesse caso, os retalhistas independentes
tornar-se-iam os donos de pontos de venda em vias de extinção.
- A oportunidade seria o fruto de ter
consciência de que estas ferramentas se vão tornar elementos de diferenciação
em relação à concorrência e, de comunicação privilegiada com o mercado, visto
numa lógica de tipologia de consumidores, ou numa lógica de segmentação do
mercado, ou ainda numa lógica de relação de proximidade direta entre uma
organização e o consumidor final. Neste caso, os retalhistas independentes tornar-se-iam
donos de pontos de venda capazes de criar valor acrescentado, bastante
interessante para o consumidor final, mas também para os fornecedores.
Numa altura em que se fala sobretudo do preço
como sendo o parâmetro mais relevante do comércio, queria chamar a atenção dos retalhistas e das centrais de
compras, porque de facto são parceiros de negócio, para a importância de refletir
sobre as consequências do desenvolvimento do “NFC” e sobre as ações a
desenvolver, de forma a subir para
carruagem do comboio na altura certa.
RB