As
marcas próprias fazem parte da paisagem normal de qualquer loja do retalho;
aliás os consumidores estão totalmente familiarizados com as marcas Continente
quando vão ao Continente ou com as marcas Pingo Doce quando vão ao Pingo Doce. No
entanto, foi preciso mais tempo para os consumidores perceberam quais eram as
marcas próprias do Intermarché, que de facto utiliza marcas umbrelas ou seja
marcas controladas pelo distribuidor mas que não desvendam o nome do distribuidor.
Foi preciso que aparecesse a moda da estruturação da marca de 1º preço, com o
nome Top Buget no Intermarché, para que os produtos de marcas próprias do
Intermarché recebessem o selo identificador. A razão disto foi o facto do Top
Buget ser uma marca transversal a todas as categorias, de maneira que os
consumidores começaram a pensar que esta era a marca própria (MDD) do
Intermarché.
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terça-feira, 26 de junho de 2012
domingo, 17 de junho de 2012
O Preço, o pé de erva que esconde a floresta
Em 1995, publiquei um artigo na revista
Distribuição Hoje, que se intitulava “O chefe de secção de ontem até amanhã”, no
qual comparava os chefes de secção dos anos 90 aos cowboys. Uns e outros tinham
pontos comuns: a força de trabalho, a disponibilidade em termos de amplitudes
dos horários de trabalho e em termos geográficos, um carácter forte e uma forte
vontade de pertencer a uma equipa de vencedores cujo leme era negociar,
negociar e negociar as melhores condições.
Parece que nos momentos difíceis que
estamos a viver, este espírito está a pairar de novo sobre as equipas de compradores
das empresas de distribuição. É verdade que cada um deve levar a cabo as
tarefas para as quais é pago no fim do mês; o comprador deve comprar nas
melhores condições possíveis, para colocar no mercado os Produtos com a maior
possibilidade de escoamento e de rentabilidade para a sua empresa, e o
vendedor, deve negociar de maneira a fomentar o maior escoamento para a sua
empresa e evitar vender a perder dinheiro. Mas é verdade também que as
condições comerciais não são o único parâmetro que permite agradar ao cliente e
provocar o seu regresso com regularidade.
Para provocar o leitor e com o intuito de
provocar a toca de ideia, queria abrir uma janela de reflexão diferente para os
marketers das empresas de distribuição:
terça-feira, 12 de junho de 2012
O bolo é igual para todos, cada um come a fatia que pode!
O
artigo publicado a 8 de junho de 2012, no expresso on-line “Quota de mercado do Pingo Doce cresceu 32% em
maio” de Adriano Nobre,
apresenta as conclusões de um estudo da Kantar Worldpanel, em consequência das ações
promocionais do Pingo Doce.
Queria comentar 2
pontos das conclusões apresentadas:
A
promoção foi nacional, mas o impacto mais forte foi ao nível da região da
Grande Lisboa, região urbana por excelência, com uma forte concentração de
habitantes e também de pontos de venda. Isso explica o tal impacto, como também
a observação segundo a qual depois de ter feito as compras no Pingo Doce, um conjunto
de consumidores fez também compras em outras lojas, provavelmente nas suas
lojas habituais. Foram portanto operações comerciais que geraram um fluxo de
clientes superior ao normal, e que atraíram de facto pontualmente consumidores
geralmente não clientes do Pingo Doce.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Uma questão de ponto de vista
(Para o meu amigo Dr. Fernando Girão)
As ações comerciais do Pingo Doce continuam
a gerar comentários, aliás não pude evitar abordar este tema neste “post”!
Continuam a ser comentadas as gloriosas
campanhas promocionais do Pingo Doce de 2012 e também enaltecido o percurso de
Pingo Doce no decorrer das últimas décadas. Todavia, demasiadas vezes os comentários
publicados tratam do assunto como se;
Pingo Doce fosse o único grupo a praticar uma política de EDLP –
Every Day Low Prices “Preços baixos todos os dias”. Obviamente que não
é o único grupo a praticar o EDLP; todos os grupos o praticam. Será que alguém
pode apontar um grupo de destaque no panorama da distribuição portuguesa que
não o faz? O mercado é igual para todos os “players”, Sonae, JM, Intermarché,
Minipreço, Aldi, Lidl, Auchan…etc. O fundo de comercio é igual para cada um deles,
é o mass-market. Existem grupos com um posicionamento diferente, mas são poucos,
têm uma afirmação local e têm um impacto marginal quando comparados com o
mercado geral da distribuição; é o caso do grupo El Corte Inglês, na sua
vertente Supercor e da insígnia Apolónia.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Porquê o sucursalismo
Em seguimento do “Post” O
sucursalismo: A fórmula comercial que faz falta!, queria abordar as razões pelas quais acho
que o sucursalismo poderá representar um novo eixo de desenvolvimento.
A situação da distribuição portuguesa apresenta
um panorama onde estão presentes grupos de distribuição organizados, quer sob a
forma do comércio associado quer sobre a forma do comércio integrado, e um
conjunto de lojas de pequena dimensão chamadas lojas de proximidade e de
conveniência. Nos grandes “players”, podemos distinguir os puros integrados, os
puros associados e os mistos.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
O sucursalismo: A fórmula que faz falta!
No contexto do retalho alimentar, quem for profissional da área
conhece um vocabulário técnico que descreve as diferentes formas do comércio e
fórmulas comerciais:
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Metro vende as suas 30 lojas Makro no Reino-Unido - Quid de Portugal?
O grupo alemão Metro está a vender os seus 30 cash & carry Makro no
Reino-Unido. A falta de resultados satisfatórios ditou este desfecho.
Agora, “quid” da Makro em Portugal, que, como toda a profissão sabe, está a passar por uma fase de reestruturação
profunda da sua atividade em consequência de resultados fracos. Se o motivo da saída
da Makro do Reino-Unido está relacionado com resultados medíocres e um mercado fragilizado
pela crise económico-financeira, Makro Portugal poderá possivelmente seguir o
mesmo destino.
Agora vamos
estar atento às evoluções do Grupo Metro em termos de redefinição das suas
prioridades, e vamos imaginar cenários plausíveis de continuidade das lojas
Cash & Carry com uma outra insígnia... como por exemplo e imaginando coisas…
Continente.
RB
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