Inscritos como seguidores do blog

quinta-feira, 31 de maio de 2012

O sucursalismo: A fórmula que faz falta!

No contexto do retalho alimentar, quem for profissional da área conhece um vocabulário técnico que descreve as diferentes formas do comércio e fórmulas comerciais:
O comércio independente: Comércio detido por um retalhista totalmente independente. Ele define sozinho a estratégia a seguir e as táticas a pôr em prática para maximizar as vendas e a rentabilidade da sua Loja. Ele não deve satisfações a ninguém e pode fazer as suas compras onde lhe apetecer.
O comércio associado: Comércio detido em parte ou na sua totalidade por um retalhista  que faz parte de um conjunto, partilhando meios comuns na ótica de beneficiar de regalias ou vantagens, por exemplo comerciais ou de marketing, que isoladamente não conseguiria obter. Existem várias formas de comércio associado, que vão desde a associação simples e pouco exigente até modelos que criam relações rígidas entre os associados, ou entre os associados e a Empresa promotora do projeto.
O comércio integrado: Comércio detido por uma entidade, que pode ser uma Empresa, um grupo de pessoas ou um indivíduo. As decisões são tomadas pela direção, e aplicam-se de forma igual a todos os elementos do grupo. Cada loja tem à sua frente um responsável, nomeado para a função, assalariado, e devendo respeitar e aplicar as decisões tomadas pela direção.
O contrato de franchising, chamado de forma corrente O Franchising: É um contrato, portanto um documento que regula ou define de forma jurídica, as relações entre um franchisado ou franquiado, e um franchisador ou franquiador. Para resumir, por um lado há um franchisador que detém um know-how (saber fazer) específico, por exemplo em termos comerciais ou produtivos e que é capaz de dar apoio, comercial, jurídico, marketing,…etc, e por outro lado há um franchisado que deseja adquirir o direito de utilizar o Know-how do franchisador e ter acesso aos apoios técnicos e que, para isso, aceita pagar uma joia de entrada, trazer capital para efetuar os investimentos necessários, garantir que vai trabalhar e que vai pagar royalties ou seja remunerará o franchisador.

Estas palavras são geralmente conhecidas, porque fazem parte do panorama comercial português, e cada profissional sabe que os retalhistas de rua são em geral retalhistas do comércio independente, que Pingo Doce, Continente, Jumbo são insígnias do comércio integrado e que Intermarché, Meu Super, Coviran são insígnias do comércio associado.

Todavia, em Portugal poucas pessoas conhecem o sucursalismo(*) mas, como os períodos de grandes turbulências são também períodos de grandes oportunidades, vou apostar que o sucursalismo se vai desenvolver em Portugal, e que será - na minha opinião - o ferro de lança da expansão dos grupos do comércio integrado, porque as condições contextuais nunca foram tão propícias a isso.
No próximo “Post” explicarei porque é que, na minha opinião, o sucursalismo vai ser implementado em Portugal, e as consequências que isso vai ter ao nível do comércio associado e independente.

(*)Sucursalismo: Organização comercial baseada numa rede alargada de lojas - as sucursais - que são totalmente subordinadas às decisões da « Casa mãe », cabeça da rede; trata-se portanto de comércio integrado.
RB

Sem comentários:

Enviar um comentário

O Blog foi feito para proporcionar um espaço de expressão dos atores do mundo do comercio. Encorajo cada leitor a intervir, e a ser um elemento valioso de trocas construtivas para todos.