Segundo
o artigo de Marta Cerqueira de 16 de Maio 2012, Jornal I Informação on-line, a cadeia Minipreço entra no
jogo dos golpes comerciais de forte impacto. Entre 16 e 19 de Maio, os
possuidores do cartão de fidelidade de Minipreço podem aproveitar uma promoção
de 50% na compra de qualquer carne, com o valor de compra limitado ao máximo de
20 € e o desconto, segundo o que parece, poderá ser utilizado 10 vezes.
É
uma promoção com certeza muito criativa, pois as condições estabelecidas impõem
limites:
-
De tempo, a promoção durará 4 dias;
-
De gastos por compra, obriga a gastar no máximo 20€;
-
De uso, o desconto poderá ser utilizado 10 vezes.
…
Sendo esperado que os clientes adiram à oportunidade durante os limites de
tempo, que voltem à loja várias vezes para utilizar de maneira ótima as 10
vezes possíveis, porque enquanto os clientes estiverem no Minipreço não estarão
no Pingo Doce e não terão tempo de estar nas outras insígnias.
Provavelmente,
Minipreço e Pingo Doce vão provocar um desespero nas outras insígnias, do Norte
ao Sul do país porque onde há um Pingo Doce há também no mínimo um Minipreço,
um Modelo, um Intermarché, um Lidl. A guerra, como o sugeri no “post” (Pingo
Doce…the day after) de 4 de maio, começou e vai durar e se calhar
amplificar-se.
§ Provavelmente,
Minipreço e Pingo Doce vão provocar um desespero nas outras insígnias, do Norte
ao Sul do país porque onde há um Pingo Doce há também no mínimo um Minipreço,
um Modelo, um Intermarché, um Lidl. A guerra, como o sugeri no “post” (Pingo
Doce…the day after) de 4 de maio, começou e vai durar e se calhar
amplificar-se.
§ Provavelmente, ainda
vamos ainda ouvir falar de desordem nas lojas; as brigas são normais em
condições especiais onde certas pessoas podem sentir-se lesadas.
§ Com certeza, os fornecedores
serão chamados a contribuir, “de bom agrado ou não”. É de prever que estas
ações promocionais sejam utilizadas pelos fornecedores para voltar a exercer
pressão nas categorias onde perderam a liderança a proveito das Marcas de
Distribuidor.
§ Com certeza, os
grupos de comerciantes independentes e associados serão os mais afetados por
estas ações, sobretudo os independentes donos de supermercados de média
dimensão, incapazes de responder à dinâmica comercial de grupos integrados.
Grupos como o Intermarché deverão ser capazes de desenvolver soluções alternativas,
que sejam capazes de garantir um bom fluxo de clientes nas lojas e um nível
rentabilidade suficiente para garantir os postos de trabalho e a remuneração
correta e digna dos dirigentes destas empresas.
As
razões desta guerra, são de duas ordens:
-
Interna, para ganhar quota de mercado e manter um certo nível de faturação, para
manter um bom nível de pressão negocial sobre os fornecedores;
mas
também
-
Externa, pois o grupo Jerónimo Martins ao investir na Colômbia vai encontrar
como concorrente de grande porte o grupo Carrefour (do qual faz parte o Minipreço
Dia%), assim tudo o que enfraquecer o grupo Jerónimo Martins em Portugal
representa para Carrefour uma vantagem concorrencial.
Afinal
o mundo é pequeno, decisões tomadas aqui podem ter consequências fortíssimas ali!!
RB
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