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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Minipreço entra no jogo.......e responde ao Pingo Doce

Segundo o artigo de Marta Cerqueira de 16 de Maio 2012, Jornal I Informação on-line, a cadeia Minipreço entra no jogo dos golpes comerciais de forte impacto. Entre 16 e 19 de Maio, os possuidores do cartão de fidelidade de Minipreço podem aproveitar uma promoção de 50% na compra de qualquer carne, com o valor de compra limitado ao máximo de 20 € e o desconto, segundo o que parece, poderá ser utilizado 10 vezes.
É uma promoção com certeza muito criativa, pois as condições estabelecidas impõem limites:
- De tempo, a promoção durará 4 dias;
- De gastos por compra, obriga a gastar no máximo 20€;
- De uso, o desconto poderá ser utilizado 10 vezes.
… Sendo esperado que os clientes adiram à oportunidade durante os limites de tempo, que voltem à loja várias vezes para utilizar de maneira ótima as 10 vezes possíveis, porque enquanto os clientes estiverem no Minipreço não estarão no Pingo Doce e não terão tempo de estar nas outras insígnias.
Provavelmente, Minipreço e Pingo Doce vão provocar um desespero nas outras insígnias, do Norte ao Sul do país porque onde há um Pingo Doce há também no mínimo um Minipreço, um Modelo, um Intermarché, um Lidl. A guerra, como o sugeri no “post” (Pingo Doce…the day after) de 4 de maio, começou e vai durar e se calhar amplificar-se.
§ Provavelmente, Minipreço e Pingo Doce vão provocar um desespero nas outras insígnias, do Norte ao Sul do país porque onde há um Pingo Doce há também no mínimo um Minipreço, um Modelo, um Intermarché, um Lidl. A guerra, como o sugeri no “post” (Pingo Doce…the day after) de 4 de maio, começou e vai durar e se calhar amplificar-se.
§ Provavelmente, ainda vamos ainda ouvir falar de desordem nas lojas; as brigas são normais em condições especiais onde certas pessoas podem sentir-se lesadas.
§ Com certeza, os fornecedores serão chamados a contribuir, “de bom agrado ou não”. É de prever que estas ações promocionais sejam utilizadas pelos fornecedores para voltar a exercer pressão nas categorias onde perderam a liderança a proveito das Marcas de Distribuidor.
§ Com certeza, os grupos de comerciantes independentes e associados serão os mais afetados por estas ações, sobretudo os independentes donos de supermercados de média dimensão, incapazes de responder à dinâmica comercial de grupos integrados. Grupos como o Intermarché deverão ser capazes de desenvolver soluções alternativas, que sejam capazes de garantir um bom fluxo de clientes nas lojas e um nível rentabilidade suficiente para garantir os postos de trabalho e a remuneração correta e digna dos dirigentes destas empresas.
As razões desta guerra, são de duas ordens:
- Interna, para ganhar quota de mercado e manter um certo nível de faturação, para manter um bom nível de pressão negocial sobre os fornecedores;
mas também
- Externa, pois o grupo Jerónimo Martins ao investir na Colômbia vai encontrar como concorrente de grande porte o grupo Carrefour (do qual faz parte o Minipreço Dia%), assim tudo o que enfraquecer o grupo Jerónimo Martins em Portugal representa para Carrefour uma vantagem concorrencial.

Afinal o mundo é pequeno, decisões tomadas aqui podem ter consequências fortíssimas ali!!
RB

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