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segunda-feira, 28 de maio de 2012

O que prometem os próximos anos

A difícil situação económica na qual Portugal está atolado não marca o fim das mudanças, que fazem parte de uma dinâmica de vida, ao nível da distribuição alimentar. A crise passará e os atores da distribuição voltarão a questionar-se sobre a melhor forma de conquistar o mercado.
E o futuro é promissor em novidades para responder às evoluções das expectativas dos consumidores, eles mesmo condicionados por mudanças na sua maneira de viver;
- As evoluções terão de
se fazer tendo em conta o envelhecimento do mercado e, nós sabemos que o fator da idade influi no comportamento de compra; a quantidade de alimentos a comer é menor, o desejo de consumir em geral torna-se mais modesto. Será portanto de prever um conjunto de ações, por parte de líderes da indústria e do comércio, cujo objetivo será convencer que os “Seniores” podem alcançar a felicidade consumindo. Assim, em termos de lojas alimentares, podemos esperar o aumento de lojas de formato inferior a 500m2 e portanto mais perto das pessoas, mais posicionadas como “dispensa” diária do consumidor.
- As evoluções terão de ter em conta o comportamento da geração “polegar”, a geração para quem o mundo gira em volta do teclado do telemóvel e, para quem as compras já não se fazem como antigamente, sobretudo as compras alimentares que são para ela “uma seca”. As lojas deverão ser diferentes, porque os avanços tecnológicos serão utilizados para permitir que esta geração “polegar” faça as suas compras onde quiser, na loja “In sitio” ou à distância, com levantamento da mercadoria diferida ou entrega da mesma à porta.
- As evoluções deverão ter em consideração o necessário controlo da despesa energética, sobre a pressão do fim anunciado dos combustíveis fósseis, e o consequente encarecimento da fatura a pagar pelos particulares e pelos comerciantes e os industriais. Os profissionais do comércio sabem muito bem que hoje em dia a fatura energética de uma loja alimentar é muito puxada, porque são necessários equipamentos técnicos para a conservação dos produtos frescos e congelados fortemente representados nas vendas das lojas alimentares e, porque uma loja moderna deve de facto ser bem iluminada. Assim, é de prever uma atualização das lojas em termos de redefinição das características dos equipamentos e dos componentes técnicos, no sentido de suavizar a fatura energética. É de perceber que numa atividade com uma margem líquida baixa, as lojas que conseguirão o controlo da despesa energética serão muito mais rentáveis e mais perenes do que aquelas que deixarão “passar o comboio”.
- As evoluções terão de ter em conta a evolução da compra, no sentido de compras feitas no momento para responder ao momento, ou seja compras de pouca quantidade de cada vez. Esta situação é com certeza benéfica para qualquer comerciante ou grupo de distribuição que souber fidelizar os seus clientes. Para voltar a sublinhar o primeiro ponto abordado supra, lojas de dimensão inferior a 500m2 serão muitíssimo bem posicionadas neste aspeto. Este ponto tem como elemento subjacente a importância dos meios logísticos.

O futuro está em marcha, com o seu cortejo de novidades e de inovações, uma quantidade delas já está à vista ou já foi anunciada; às vezes falta apenas a visão política e/ou a vontade política de incluir estas evoluções numa estratégia global e de definição de conceito de loja para amanhã. Na minha opinião, as bases negociais tradicionais serão insuficientes para resistir à pressão exercida pelas evoluções sociais, tecnológicas...etc.
RB




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