O
ponto da situação atual só pode sublinhar as dificuldades com que se deparam as
empresas grossistas:
Os
consumidores estão a mudar, sob diversas pressões, em termos de comportamento
de compra. De facto, a maior parte deles vive o desemprego ou a incerteza do
dia de amanhã, a descida do seu poder de compra, a descida dos subsídios a que
estavam habituados e os aumentos; das portagens, do preço da gasolina,…etc;
Os
grupos de distribuição, quer da distribuição organizada associada como Intermarché
quer integrada como Jerónimo Martins, Auchan e Sonae (para citar os players de
maior impacto), entraram numa corrida para evitar perder quota de mercado, com
um medo - afinal legítimo - de perder a sua capacidade negocial e por
consequência tudo o que daí decorre, como o nível de “rappel”, de contribuição
dos fornecedores, e de valor intrínseco da empresa – sabendo que o valor de uma
empresa de distribuição é função de sua capacidade de escoamento;
Os
retalhistas do comércio independente, de proximidade e geralmente de pequena
dimensão, estão a viver um período crítico, em razão de vários fatores penalizadores
- o envelhecimento da profissão, mesmo se se nota a vinda de pessoas mais
jovens; a inadaptação da localização dos pontos de venda; a inserção das lojas
em zonas de consumo reduzido porque a população da respetiva zona de atração
envelheceu; a partilha do mercado com cadeias de distribuição organizada de
forte poder de atração - entre outras coisas;
A tentação, a maléfica tentação, é
alargar o perímetro de atuação do cash, com a vontade de ir buscar mais
clientes, e portanto mais faturação, além. Mas, será que esta
estratégia é a melhor? Afinal, aumentar o perímetro de atuação do cash quer
dizer: